BTG Pactual (BPAC11) abocanha operação da Julius Baer no Brasil para turbinar unidade de family office; ações sobem na B3
Uma das principais gestoras independentes do país e líder no segmento de alta renda, a Julius Baer Brasil possui em torno de R$ 61 bilhões em ativos sob administração

O BTG Pactual (BPAC11) anunciou na madrugada desta terça-feira (07) a aquisição da Julius Baer Brasil, a divisão brasileira de gestão de patrimônio, por R$ 615 milhões.
Uma das principais gestoras independentes do país e líder no segmento de wealth management (gestão de fortunas), a Julius Baer Brasil atualmente possui em torno de R$ 61 bilhões em ativos sob administração.
A unidade brasileira da gestora suíça conta com escritórios em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, onde atende a clientes nos segmentos de alta e ultra-alta renda, gestores de relacionamento e profissionais de investimento.
De acordo com o comunicado enviado à CVM, a aquisição da Julius Baer Brasil faz parte da estratégia de expansão do segmento de family office do BTG. Uma vez concluída a operação, a unidade de negócios do banco passará a gerir mais de R$ 100 bilhões em ativos.
Na avaliação do Goldman Sachs, a área de assessoria financeira do BTG tem demonstrado uma receita mais previsível e resiliência mesmo diante das altas taxas de juros no Brasil.
O segmento de wealth management do BTG representou 16% da receita total estimada para 2024 — e os analistas do Goldman preveem que essa participação aumente para 19% até 2026, sem considerar a transação anunciada hoje.
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A Julius Baer no Brasil após a compra pelo BTG Pactual (BPAC11)
O fechamento da transação de venda da Julius Baer Brasil para o BTG Pactual (BPAC11) está condicionado ao cumprimento de condições precedentes, incluindo aprovações regulatórias como o aval do Banco Central.
A expectativa é que o negócio seja concluído ainda no primeiro trimestre de 2025.
Mesmo com a venda para o BTG Pactual (BPAC11), a Julius Baer vai continuar a atender os clientes brasileiros a partir de outras localidades.
Ou seja, o negócio internacional da gestora no Brasil segue inalterado.
Na região das Américas e Península Ibérica, a Julius Baer tem presença no México, Chile, Uruguai, Colômbia e Espanha.
“Após uma revisão completa de nossos negócios domésticos no Brasil ao longo dos últimos 12 meses, concluímos que, para o benefício dos nossos clientes, é importante que preservemos a abordagem de multi-family office enquanto aprimoramos as capacidades de investimento e a tecnologia. A aquisição de nossa franquia brasileira doméstica pelo BTG torna isso possível e permite oferecer uma proposta de valor atraente e diferenciada”, disse Carlos Recoder, head da região Américas e Península Ibérica da Julius Baer.
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Segundo o NeoFeed, a decisão da Julius Baer de vender a divisão brasileira de gestão de fortunas vem num momento de declínio da operação no país.
Além de ver os ativos sob gestão caírem de R$ 80 bilhões para R$ 61 bilhões nos últimos anos, a unidade brasileira também tem operado no vermelho, forçando a gigante suíça a injetar R$ 300 milhões em 2024, de acordo com o Brazil Journal.
O que dizem os analistas
Para o Goldman Sachs, o valuation do BTG Pactual (BPAC11) continua atrativo, com os papéis atualmente negociados a um múltiplo de 7,2 vezes a relação preço/lucro estimado para 2025.
O múltiplo representa um prêmio em relação aos bancos incumbentes privados brasileiros, que negociam, em média, a 6,1 vezes o P/L.
No entanto, os pares partem de um nível de lucratividade relativamente mais baixo — enquanto a rentabilidade (ROE) do BTG está crescendo a partir de uma base significativamente mais alta, sustentada por uma receita mais estável e diversificada.
O banco manteve recomendação de compra para as units BPAC11, com preço-alvo de R$ 40,00 para os próximos 12 meses, uma valorização potencial de 45% em relação ao último fechamento.
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