🔴 IMPOSTO DE RENDA 2025: BAIXE GUIA GRATUITO E DESCUBRA UMA FORMA PRÁTICA DE FAZER A DECLARAÇÃO – VEJA COMO

Maria Carolina Abe

Maria Carolina Abe

É jornalista formada pela ECA-USP, com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais para Jornalistas pela B3. Tem mais de 25 anos de experiência e passagem pelas principais redações do país - entre elas, Estadão, Folha, UOL e CNN Brasil. Atualmente, é editora de Empresas no Seu Dinheiro.

OLHO NO DETALHE

Ação da Minerva (BEEF3) dispara na bolsa mesmo após frigorífico sair de lucro para prejuízo; qual foi a boa notícia então?

Balanço foi o primeiro após empresa concluir aquisição de ativos da Marfrig no Brasil, Argentina e Chile

Maria Carolina Abe
Maria Carolina Abe
20 de março de 2025
12:50 - atualizado às 13:17
Minerva Foods (BEEF3).
A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,567 bilhão no 4T24 - Imagem: Divulgação

A Minerva Foods (BEEF3) divulgou seus resultados nesta quinta-feira (20) — e os números da última linha do balanço vieram em vermelho.

A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,567 bilhão no 4T24, em comparação com lucro de R$ 19,8 milhões no 4T23. No consolidado de 2024, houve prejuízo líquido de R$ 1,564 bilhão, ante lucro de R$ 395 milhões em 2023.

Ainda assim, a ação da Minerva (BEEF3) figura entre as maiores altas do Ibovespa, chegando a subir 11,09%, a R$ 6,20, por volta do meio-dia.

O que, então, os investidores viram de positivo no balanço? Fomos conferir.

O que teve de bom no balanço da Minerva (BEEF3)

Nem só notícias ruins trouxe o balanço da Minerva. Os analistas do BB Investimentos, por exemplo, consideraram os resultados positivos.

“Em pleno trimestre marcado pelo início da operação dos ativos adquiridos da Marfrig, pressionando a rentabilidade operacional e o capital de giro, a companhia foi capaz de manter uma margem Ebitda positiva, com geração de caixa operacional robusta”, escreveram os analistas.

Leia Também

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 943,7 milhões no 4T24, 55,8% acima dos R$ 605,9 milhões apurados no 4T23. A empresa destacou que o valor foi recorde para um trimestre. O Ebitda do ano passado foi de R$ 3,130 bilhões, com crescimento de 22,1%.

A margem Ebitda ficou em 8,8%, ante 9,8% no quarto trimestre de 2023.

O Goldman Sachs afirmou que a Minerva apresentou um trimestre forte, superando em 21% o consenso da Bloomberg no nível de Ebitda, com o Brasil sendo novamente o principal responsável pelas surpresas no trimestre.

Os analistas do BB reforçaram, ainda, que as ações apresentam valorização acima de 30% nos últimos 30 dias, e avaliaram o atual contexto internacional favorável ao papel. “(…) dado o atual patamar de câmbio e a guerra tarifária ocorrendo entre Estados Unidos e China, a Minerva, na qualidade de líder de exportações na América do Sul, encontra-se em posição bastante favorável para desfrutar desse cenário positivo para as exportações”, afirmaram.

O BB mudou a recomendação da ação BEEF3 para compra, mantendo o preço-alvo de R$ 10 ao fim do ano (ante R$ 6,20 hoje).

O Goldman manteve a sinalização de compra, com preço-alvo mais baixo. "Com uma China potencialmente mais forte, uma demanda doméstica amplamente inelástica no Brasil e o foco contínuo da administração na integração de aquisições, reiteramos nossa recomendação de compra (preço-alvo de R$ 6,65 e potencial de alta de 19%) para as ações da BEEF3”, escreveram Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann.

A avaliação dos analistas do BTG Pactual foi menos “empolgada” com os resultados, mas ainda assim positiva. “Após analisar o demonstrativo de resultados, ainda sentimos um certo alívio”, escreveu o banco. O BTG conta com uma recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 7 e potencial de alta de 13,27%.

Aquisição de ativos da Marfrig concluída

Sobre a aquisição dos ativos da Marfrig, a operação, anunciada em 2023, foi concluída em novembro de 2024, com a incorporação de 13 unidades industriais e um centro de distribuição localizados no Brasil, Argentina e Chile. Com essa expansão, a Minerva passou a operar 46 unidades industriais.

"A aquisição representa uma oportunidade estratégica única para expandirmos nossa presença e reforçarmos nosso protagonismo no setor, aproveitando sinergias operacionais e comerciais que trarão ganhos de escala e maior eficiência", disse o CEO Fernando Queiroz, em comunicado à imprensa.

Segundo avaliação do Goldman Sachs, a aquisição acrescentou aproximadamente 5% aos resultados consolidados da Minerva.

A aquisição também foi destacada no relatório do BTG. “Em menos de dois meses, os novos ativos representaram 7% das vendas no trimestre. Com a capitalização de mercado representando menos de 20% do valor da empresa, a tese de investimento em ações depende essencialmente da capacidade da Minerva de entregar a desalavancagem do balanço. Seguimos reconhecendo o sólido histórico da Minerva em M&As, mas mantemos uma postura cautelosa, considerando o que vemos como um investimento de alto risco e alta recompensa”, escreveram Thiago Duarte, Pedro Soares, Guilherme Guttilla e Bruno Henriques.

Mais detalhes do balanço da Minerva

A receita líquida no período de outubro a dezembro somou R$ 10,714 bilhões, alta de 73,8% em comparação ao período correspondente de 2023 (R$ 6,166 bilhões) e também recorde para um trimestre. No consolidado de 2024 avançou 26,7%, para R$ 34,069 bilhões.

A receita bruta da companhia somou R$ 11,443 bilhões no quarto trimestre, alta de 75,8% na comparação anual.

A receita bruta com o mercado externo atingiu R$ 6,102 bilhões, alta de 39,4% ante igual intervalo de 2023.

Já no mercado interno atingiu R$ 5,341 bilhões, avanço anual de 150,3%, impulsionado pelo efeito sazonal do final do ano e pelo fortalecimento das marcas da empresa no Brasil.

A Minerva contabilizou 409,6 mil toneladas de carne vendidas no quarto trimestre, 15,6% acima do igual período do ano passado. O abate total, de 1,186 milhão de animais, cresceu 10,0% na comparação anual.

O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 3,7 vezes, superior a um ano antes, quando foi de 2,8 vezes. A empresa destacou que o resultado foi alcançado após o desembolso relativo à aquisição dos ativos da Marfrig na América do Sul. O fluxo de caixa livre do quarto trimestre foi de R$ 990 milhões.

(Com informações de Estadão Conteúdo e Money Times)

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses

21 de março de 2025 - 5:42

Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira

AINDA PRECISA DE APROVAÇÃO

Natura (NTCO3): a proposta de incorporação que pode dar um pontapé para uma nova fase

20 de março de 2025 - 20:21

Operação ainda precisa ser aprovada em assembleia e passar pelo aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

REESTRUTURAÇÃO DE DÍVIDAS

Sequoia (SEQL3): Justiça aprova plano de recuperação extrajudicial — e acionistas agora deverão votar a emissão de novas ações 

20 de março de 2025 - 16:29

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (20) o processo de reestruturação com credores não financeiros do Grupo Move 3 Sequoia

FORTES EMOÇÕES

Hapvida (HAPV3) abre em forte queda, depois vira e opera em alta; entenda o que motivou esta montanha-russa

20 de março de 2025 - 15:08

Papéis caíram mais de 8% nos primeiros momentos do pregão, mas no começo da tarde subiam 3,5%

REAÇÃO AO BALANÇO

Mater Dei (MATD3) cai mais de 10% na bolsa após divulgação de lucro 59% menor no quarto trimestre

20 de março de 2025 - 14:03

Após a divulgação dos resultados abaixo das expectativas no quarto trimestre, a companhia anunciou o cancelamento de ações mantidas em tesouraria

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom

20 de março de 2025 - 8:18

Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais

ENTREVISTA EXCLUSIVA

CEO da Lojas Renner aposta em expansão mesmo com juro alto jogando contra — mas mercado hesita em colocar ações LREN3 no carrinho 

20 de março de 2025 - 5:53

Ao Seu Dinheiro, o presidente da varejista, Fabio Faccio, detalhou os planos para crescer este ano e diz que a concorrência que chega de fora não assusta

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui

19 de março de 2025 - 17:18

O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita

O DRAGÃO VOLTOU

A bolsa da China vai engolir Wall Street? Como a pausa do excepcionalismo dos EUA abre portas para Pequim

19 de março de 2025 - 13:32

Enquanto o S&P 500 entrou em território de correção pela primeira vez desde 2023, o MSCI já avançou 19%, marcando o melhor começo de ano na história do índice chinês

REAÇÃO AO RESULTADO

Vivara (VIVA3) brilha na B3 após praticamente dobrar lucro no 4T24 e anunciar expansão de lojas em 2025. É hora de comprar as ações?

19 de março de 2025 - 12:15

Junto ao balanço forte, a Vivara também anunciou a expansão da rede de lojas em 2025, com a previsão de 40 a 50 aberturas de unidades das marcas Vivara e Life

REAÇÃO AO BALANÇO

Nem os dividendos da Taesa conquistaram o mercado: Por que analistas não recomendam a compra de TAEE11 após o balanço do 4T24

19 de março de 2025 - 11:05

O lucro líquido regulatório da empresa de energia caiu 32,5% no quarto trimestre. Veja outros destaques do resultado e o que fazer com os papéis TAEE11 agora

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje

19 de março de 2025 - 10:30

Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais

19 de março de 2025 - 8:35

Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos

COMPRAR OU NÃO COMPRAR?

Grupo SBF (SBFG3) salta na bolsa após balanço do quarto trimestre — mas resultado não impressionou tanto assim; confira a avaliação dos analistas

18 de março de 2025 - 17:02

Apesar do mercado estar indicando animação com os resultados do Grupo SBF, o balanço dividiu opiniões entre as casas de análises

DEPOIS DO BALANÇO…

Yduqs nas alturas: YDUQ3 sobe forte e surge entre as maiores altas do Ibovespa. O que fazer com a ação agora?

18 de março de 2025 - 13:15

A empresa do setor de educação conseguiu reverter o prejuízo em lucro no quarto trimestre de 2024, mas existem pontos de alerta nas linhas do balanço

APÓS DOIS ANOS DE ESPERA

JBS (JBSS3) de malas prontas para Nova York: Com BNDES ‘fora’ da jogada, frigorífico avança em planos de dupla listagem

18 de março de 2025 - 9:46

A controladora J&F Investimentos e a BNDESPar firmaram acordo que elimina o principal risco para a aprovação da dupla listagem do frigorífico nos Estados Unidos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não é um pássaro (nem um avião): Ibovespa tenta manter bom momento enquanto investidores se preparam para a Super Quarta

18 de março de 2025 - 8:16

Investidores tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais enquanto Lula assina projeto sobre isenção de imposto de renda

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?

17 de março de 2025 - 20:00

Dado que a renda variável carrega, ao menos a princípio, mais risco do que a renda fixa, para se justificar o investimento em ações, elas precisariam pagar mais nessa comparação

DESTAQUES DA BOLSA

Frigoríficos no vermelho: por que as ações da Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) figuram entre as maiores quedas do Ibovespa hoje

17 de março de 2025 - 15:21

O desempenho negativo do setor deve-se principalmente à confirmação de surto da gripe aviária mortal H7N9 nos EUA; entenda

MERCADOS HOJE

Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York

17 de março de 2025 - 13:36

Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar