Sinal verde a negócio bilionário: superintendência do Cade aprova aquisição do Novo Atacarejo pelo Grupo Mateus
Negócio foi aprovado sem restrições e tem receita bruta anual estimada em R$ 10 bilhões

Com receita anual bruta estimada em R$ 10 bilhões, a formação de um gigante nordestino no segmento atacadista e varejista de alimentos ganhou sinal verde. A aquisição do Novo Atacado Comércio de Alimentos - Novo Atacarejo - pelo Grupo Mateus foi aprovada, sem restrições, pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O despacho foi publicado no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com o processo, a combinação de negócios envolve 22 lojas do Grupo Mateus em Alagoas, Paraíba e Pernambuco e 30 unidades do Novo Atacarejo nos dois últimos Estados.
Além das lojas, cinco centros de distribuição das empresas serão integrados. Conforme consta no despacho do Cade, “as requerentes, a operação representa uma oportunidade para que as empresas possam combinar seus negócios em Alagoas, Paraíba e Pernambuco, de modo a possibilitar sua expansão em praças complementares e para novos mercados relevantes”.
- LEIA TAMBÉM: Fraternidade de investidores que reúne nomes ilustres do mercado está aceitando novos membros
“A partir da operação, são esperadas sinergias comerciais, melhorias operacionais e logísticas, além de ganhos de eficiências, com otimização de custos, despesas e investimentos, que resultarão em criação de valor para os consumidores", afirmaram as empresas ao Cade.
O anúncio da compra do Novo Atacarejo pelo Grupo Mateus foi feito em meados de dezembro. Na ocasião, as empresas destacaram que a união se daria, especificamente, nos mercados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas, mas não incluiria os negócios de eletrodomésticos do Grupo Mateus nesses estados – estes continuarão a ser operados de forma independente pela companhia, por meio das suas subsidiárias operacionais.
Mais de R$ 10 bilhões ao ano
Conforme fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando a transação, o Novo Atacarejo é uma importante rede de atacarejo regional que auferiu uma receita bruta de mais de R$ 5,6 bilhões nos 12 meses terminados em 30 de setembro de 2024.
Leia Também
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
No mesmo período, as lojas e centros de distribuição do Grupo Mateus localizados nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba auferiram faturamento bruto de cerca de R$ 4,9 bilhões.
Assim, a combinação desses negócios na região resulta em uma companhia com receita bruta de cerca de R$ 10,5 bilhões por ano.
Quem é o Novo Atacarejo?
Atualmente, o Novo Atacarejo opera 32 lojas em Pernambuco, duas lojas na Paraíba e um centro de distribuição, e possui modelo de negócios e direcionamento similares aos do Grupo Mateus.
Seus acionistas de referência têm forte histórico no setor de varejo de alimentos no Brasil. "A família Assis, atual controladora do Novo Atacarejo, sempre se destacou por sua excelência na condução de negócios no setor de varejo alimentar, tendo sido fundadora da rede de supermercado Bretas, em Minas Gerais", explica o fato relevante.
"A implementação da Operação representará o fortalecimento da estratégia de expansão regional do Grupo Mateus oferecendo para os clientes da região uma experiência de compra cada vez mais completa, com base nas bandeiras Mix Mateus, Mateus e Novo. Além disso, o movimento de consolidação está alinhado com o propósito de contribuir com o desenvolvimento econômico das regiões Norte e Nordeste do país por meio da geração de empregos formais diretos e indiretos", diz o documento.
De vento em popa: o fortalecimento do Grupo Mateus
Em meados do ano passado, o Grupo Mateus anunciou o pagamento de dividendos milionários aos seus acionistas. O pagamento de juros sobre o capital próprio (JPC) no valor total de R$ 134,8 milhões, refletindo a robustez da operação do grupo.
O grupo Mateus foi fundado em 1986 no Maranhão e tem um valor de mercado da ordem de pouco menos de R$ 17 bilhões. Nesta sexta-feira (13), as ações fecharam em queda de 2,48%, negociadas a R$ 7,47.
A varejista opera em mercados onde o poder de compra é inferior à média brasileira e há uma maior presença de beneficiários de programas sociais.
Na avaliação de analistas do mercado financeiro, o Grupo Mateus, do ponto de vista operacional, os custos logísticos de atuar nas regiões Norte e Nordeste são elevados, ainda mais levando em conta que uma parte relevante da base da cadeia de suprimentos fica no Sudeste, o que tende a aumentar os prazos de entrega e o frete.
Mas isso também abre espaço para uma competição menor, dando ao grupo a vantagem do que os analistas chamam de “primeiro movimento”, especialmente em pequenos mercados locais.
“No geral, isso significa que o Grupo Mateus é capaz de compensar os maiores custos logísticos por meio de uma margem bruta mais elevada e alavancagem operacional”, escrevem os analistas.
*Com informações de Estadão Conteúdo.
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Imóvel na planta: construtora pode levar 6 meses para baixar hipoteca após quitação? Se ela não pagar dívida ao banco, posso perder meu imóvel?
É comum que contratos de compra de imóvel na planta prevejam um prazo para a liberação da hipoteca após a quitação do bem, mas ele pode ser bem dilatado; qual o risco para o comprador?
Mercado de arte viveu mais um ano de desaceleração, com queda de 12% das vendas, aponta relatório
A indústria vive um período de transformação, que envolve mudanças no comportamento e no perfil dos colecionadores de arte
Dólar livre na Argentina: governo Milei anuncia o fim do controle conhecido como cepo cambial; veja quando passa a valer
Conhecido como cepo cambial, o mecanismo está em funcionamento no país desde 2019 e restringia o acesso da população a dólares na Argentina como forma de conter a desvalorização do peso
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Banco do Brasil (BBSA3) pode subir quase 50% e pagar bons dividendos — mesmo que a economia degringole e o agro sofra
A XP reiterou a compra das ações do Banco do Brasil, que se beneficia dos juros elevados no país
Direcional (DIRR3) registra R$ 1,2 bi em vendas líquidas na prévia do 1T25 — ação se destaca com nova faixa do Minha Casa Minha Vida
Os números da prévia operacional da construtora vieram em linha com as expectativas, mas ação ganha destaque no mercado com Minha Casa Minha Vida
JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano
Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026
Cyrela (CYRE3): Lançamentos disparam mais de 180% (de novo) e dividendos extraordinários entram no radar — mas três bancões enxergam espaço para mais
Apesar da valorização de mais de 46% na bolsa, três bancos avaliam que Cyrela deve subir ainda mais
China dá ‘palavra final’ aos EUA sobre taxas: a partir de agora, Trump será ignorado; Wall Street reage
Índices de NY operam em alta ao longo desta tarde
China bate de frente com Trump mais uma vez e mercados tremem — bancões vão segurar as pontas em Wall Street?
JP Morgan, Wells Fargo e Morgan Stanley reportaram resultados fortes no primeiro trimestre de 2025 e as ações estão em alta
Acabou a magia? Ir pra Disney está mais caro, mas o ‘vilão’ dessa história não é Donald Trump
Estudos mostram que preços dos ingressos para os parques temáticos subiram mais do que a inflação americana; somado a isso, empresa passou a cobrar por serviços que antes eram gratuitos
Como declarar renda fixa — como CDB, Tesouro Direto, LCI, LCA e mais — e COE no imposto de renda 2025
Títulos de renda fixa — mesmo os isentos! — e Certificados de Operações Estruturadas (COE) são declarados de forma semelhante. Veja como informar o saldo e os rendimentos dessas aplicações financeiras na sua declaração
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
Mais uma dor de cabeça: Cade barra participação da EMS nas decisões da rival Hypera (HYPE3)
A EMS é negada de participar na eleição de novo conselho da rival após ter oferta de aquisição recusada e considerada hostil pela Hypera
Petroleiras em pânico mais uma vez: petróleo volta a cair e a arrasta Brava (BRAV3), Petrobras (PETR4) e companhia
A euforia da véspera já era. Com tarifas contra China elevadas a 145%, temor de recessão ainda está aqui
BofA, Itaú BBA e Santander reforçam recomendação de investimento na Sabesp (SBSP3) após anúncio de precatório bilionário
Segundo os bancos, o acordo com a prefeitura de São Paulo pode resultar numa geração de valor presente líquido que pode representar até 2% do valor de mercado da Sabesp
Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)
Diretores de empresas listadas têm salários médios de R$ 5,6 milhões anuais no Brasil; JBS (JBSS3) vai além, com R$ 32,8 mi, e Brisanet (BRIT3) fica aquém, com R$ 500 mil
Relatório da XP analisou a remuneração média de diretores estatutários de 152 empresas de capital aberto, entre os anos de 2021 a 2024. Veja os destaques