IPCA-15 desacelera e retorna à margem de tolerância da meta de inflação, mas um detalhe preocupa mais do que os preços dos alimentos
Prévia da inflação oficial desacelerou a +0,11% na passagem de dezembro para janeiro e a +4,50% no acumulado em 12 meses; no entanto, resultado do IPCA-15 ficou acima das projeções dos analistas
A prévia da inflação oficial no Brasil voltou para dentro da margem de tolerância do Banco Central (BC) em janeiro de 2025.
O IPCA-15 desacelerou de +0,34% em dezembro de 2024 para +0,11% agora, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado em 12 meses, o índice de preços desacelerou de +4,71% para +4,50%.
Com isso, a prévia da inflação oficial posiciona-se exatamente no teto da margem de tolerância da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
À primeira vista, a desaceleração do IPCA-15 inflação para dentro dos parâmetros da meta é uma boa notícia.
Isso porque o Banco Central encontra-se no meio de um ciclo de alta dos juros — deflagrado justamente com o objetivo de ancorar as expectativas de inflação.
No entanto, talvez a notícia não seja tão boa quanto se esperava.
Economistas de mercado antecipavam deflação de 0,01% na passagem de dezembro para janeiro e desaceleração a +4,36% na inflação acumulada em 12 meses.
Leia Também
Para Lucas Barbosa, economista da AZ Quest, o resultado do IPCA-15 em janeiro torna o trabalho do Banco Central ainda mais difícil.
Alimentos seguem pressionando a inflação
A alta dos preços dos alimentos mais uma vez figurou como principal vilão da inflação.
O grupo Alimentação e Bebidas apresentou alta de 1,06% na passagem de dezembro para janeiro.
Individualmente, o preço do tomate subiu 17,12% e o do café moído avançou 7,07% no período analisado pelo IBGE.
Hoje, inclusive, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros de governo para discutir medidas capazes de aliviar a inflação dos gêneros alimentícios.
Para Bruno Balassiano, do BTG Pactual, a composição do índice como um todo veio significativamente pior do que se esperava.
O único grupo a apresentar queda nos preços em janeiro foi o de Habitação, que recuou 3,43% e de algum modo contrabalanceou o índice cheio.
O que preocupa mais do que a inflação dos preços alimentos
A alta dos preços dos alimentos vem puxando a inflação há meses.
Agora, no entanto, um item preocupa ainda mais do que a alimentação, segundo André Valério, economista sênior do banco Inter.
É o chamado núcleo da inflação, que mede a alta dos preços sem levar em consideração itens mais voláteis, como alimentos e combustíveis.
Em janeiro, o núcleo da inflação aumentou 0,67%. Trata-se da leitura mensal mais salgada desde fevereiro de 2023. No acumulado em 12 meses, a variação do núcleo chegou a +4,43%.
“O comportamento do núcleo sugere maior inflação de demanda em janeiro, o que é corroborado pelo comportamento da inflação de serviços”, afirma Valério.
Na avaliação de Valério, embora negativo, o resultado do IPCA-15 em janeiro não altera a expectativa em relação à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, marcada para quarta-feira que vem.
Em dezembro, o Copom emitiu forward guidance, antecipando altas de 1 ponto porcentual da taxa Selic nas reuniões de janeiro e março.
Deixando R$ 100 mil na mesa: abrir mão da liquidez diária na renda fixa conservadora pode render até 40% a mais no longo prazo
Simulação do banco Inter com CDBs mostra quanto é possível ganhar a mais, no longo prazo, ao se optar por ativos sem liquidez imediata, ainda que de prazos curtos
O fim do ‘sonho grande’ da Cosan (CSAN3): o futuro da empresa após o fracasso do investimento na Vale e com a Selic em 15%
A holding de Rubens Ometto ainda enfrenta desafios significativos mesmo após zerar a participação na Vale. Entenda quais são as perspectivas para as finanças e as ações CSAN3 neste ano
Metralhadora giratória: Ibovespa reage às primeiras medidas de Trump com volta do pregão em Nova York
Investidores ainda tentam mensurar os efeitos do retorno de Trump à Casa Branca agora que a retórica começa a se converter em ações práticas
O Bradesco (BBDC4) vai atravessar a correnteza? Para o BTG, recuperação será um processo demorado. Saiba se vale a pena comprar a ação agora
Em meio ao aumento da Selic, os analistas esperam um posicionamento ainda mais cauteloso do Bradesco, com a desaceleração do crescimento dos empréstimos em 2025
Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025
Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje
Agenda econômica: reunião do CMN e prévia da inflação se destacam no Brasil, na semana em que Trump retorna à Casa Branca
A semana ainda reserva política monetária no Japão e indicadores econômicos europeus e dos Estados Unidos.
Trump 2.0 será “imparável em uma extensão que nunca vimos antes”, diz presidente da Eurasia
O republicano toma posse nesta segunda-feira (20). O Seu Dinheiro conversou com o cientista político e presidente da Eurasia, Ian Bremmer, sobre essa volta à Casa Branca, e ele deu pistas do que vem por aí.
Entre a paciência e a ansiedade: Ibovespa se prepara para posse de Trump enquanto investidores reagem a PIB da China
Bolsas internacionais amanhecem em leve alta depois de resultado melhor que o esperado da economia chinesa no quarto trimestre de 2024
HLOG11 tem resultado negativo em dezembro e conclui venda de galpão por R$ 52 milhões – mas cotistas não vão ver o dinheiro pingar na conta
Segundo relatório gerencial de dezembro, o fundo imobiliário HLOG11 sofreu com a alta da taxa Selic, porém vacância do fundo segue baixa
Onde investir 2025: Alta dos juros abre oportunidades para comprar fundos imobiliários com desconto; veja indicações de FIIs para este ano
Caio Araujo, analista da Empiricus Research; Mauro Dahruj, gestor da Hedge Investimentos; e Ricardo Vieira, responsável pelo setor de Real Estate do Pátria, avaliam o cenário para os fundos imobiliários em 2025 e dizem onde investir nesse mercado
A Nova Zelândia é aqui: Ibovespa tenta manter recuperação em dia de IBC-Br e varejo nos EUA depois de subir quase 3%
Enquanto a temporada de balanços começa em Wall Street, os investidores buscam sinais de desaquecimento econômico no Brasil e nos EUA
Onde investir 2025: o ano da renda fixa? Onde estão as oportunidades (e os riscos) no Tesouro Direto e no crédito privado com a Selic em alta
Com risco fiscal elevado e cenário externo desfavorável, 2025 exige conservadorismo e proteção contra a inflação; saiba quais títulos públicos e privados comprar
Agora vai? Ibovespa engata alta de mais de 2% junto com Nova York e chega aos 122 mil pontos; dólar fecha em baixa de R$ 6,0252
Dados de inflação e da indústria nos EUA mexem com as bolsas aqui e lá fora, mas tem banco grande dizendo que a euforia pode ser exagerada; entenda os motivos
O Grand Slam do Seu Dinheiro: Vindo de duas leves altas, Ibovespa tenta manter momento em dia de inflação nos EUA
Além da inflação nos EUA, Ibovespa deve reagir a Livro Bege do Fed, dados sobre serviços e resultado do governo
Onde investir 2025: Inflação a 10% e dólar a R$ 10? O que pode salvar a economia enquanto o mercado se prepara para o pior
Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset, e Felipe Miranda, fundador e estrategista-chefe da Empiricus, revelam os riscos e oportunidades para o investidor neste ano
Starbucks decreta fim do ‘home office’ gratuito nas suas lojas norte-americanas; wi-fi na cafeteria agora só para quem consumir
A mudança acontece em um momento de forte pressão para a gigante do segmento de cafeterias, com queda nas vendas e preocupações com a segurança em suas lojas nos EUA
Olha nos classificados: Depois da leve alta de ontem, Ibovespa se prepara para mais um dia difícil pela frente hoje
Petróleo acima dos US$ 80 e juros das Treasuries de 10 anos próximos de 5% mantêm pressão sobre os mercados financeiros internacionais
IPVA 2025: com Selic nas alturas, vale a pena pagar à vista com desconto, ou melhor parcelar e investir o valor? Fizemos as contas!
Considerando a alta da taxa de juros no país, o especialista Guilherme Casagrande avalia quando vale a pena parcelar o IPVA
BC terá de elevar Selic a níveis “extremamente elevados” ou admitir dominância fiscal, diz SPX
Caso o governo não adote novas medidas fiscais, o ajuste virá pela inflação, que vai aumentar “até que o estoque de dívida perca relevância”, diz a SPX
Tem certeza que nada presta? Ibovespa tenta recuperação em meio a dados fortes na China, prévia do PIB e inflação nos EUA
Além da agenda de indicadores, mercado já se prepara para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos