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Dani Alvarenga
FII DO MÊS

Fundo imobiliário favorito do mês teve retorno de quase 12% no último ano; confira os FIIs mais recomendados para se proteger da alta dos juros em janeiro

Com a alta da Selic desafiando o setor imobiliário, os FIIs de papéis vêm sendo a principal aposta para janeiro – e o fundo mais recomendado para o mês faz parte da classe

Dani Alvarenga
9 de janeiro de 2025
7:01 - atualizado às 16:03
Selo Melhores Fundos Imobiliários 2 | Fundo Imobiliário Bresco Logística BRCO11 FIIs Magazine Luiza Fundo Imobiliário
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O ano começou com perspectivas negativas pairando sobre a economia brasileira. O primeiro Boletim Focus de 2025, divulgado pelo Banco Central (BC),  mostrou que os economistas de mercado projetam que a taxa básica de juros do país chegue a 15% até o final deste ano.

Com um cenário de desafios pela frente, especialistas em fundos imobiliários recalibraram as carteiras recomendadas, apostando em ativos menos afetados pela alta da Selic. E é aí que os FIIs de papel ganham destaque, já que investem em títulos de crédito do setor e podem até lucrar com a elevação das taxas.

Dessa forma, o favorito nas recomendações para janeiro é um representante da classe. Com portfólio composto por 42 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), o Pátria Recebíveis Imobiliários (HGCR11) foi indicado por três instituições financeiras  diferentes neste mês.

O PagBank, uma das instituições a recomendar o FII, reforça que a perspectiva de que o Banco Central continue elevando as taxas de juros deve fazer com que o HGCR11 continue pagando bons proventos. Isso porque 86% dos títulos do fundo são indexados à inflação, mas 14% são atrelados ao CDI.

Além do HGCR11, outros fundos imobiliários chamaram a atenção dos dez bancos e corretoras procurados pelo Seu Dinheiro. Confira abaixo todos os FIIs presentes ‘no top 3’ para janeiro:

  • Entendendo o FII do Mês: Todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com mais indicações.

Campeão de janeiro: a tese por trás do HGCR11

Com patrimônio de R$ 1,5 bilhão e mais de 100 mil cotistas, o HGCR11 aposta em ativos de renda fixa, como o CRI, nos segmentos de varejo e logística, os quais representam 39% e 30% do patrimônio líquido do fundo, respectivamente.

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Na visão do Santander, uma das casas a recomendar o FII, apesar de um dos principais pontos de risco do fundo ser uma eventual inadimplência dos ativos, o HGCR11 possui garantias imobiliárias “relevantes para o cenário atual”.

O fundo também chama atenção dos investidores pelos lucros que vem gerando aos investidores, tendo distribuído R$ 0,95 por cota em dezembro. Além disso, nos 12 meses de 2024, o FII apresentou um retorno de 11,75%. 

Na visão do banco, o fundo ainda tem espaço para ir além: o Santander projeta um dividend yield de 12% até o fim deste ano.

Além disso, a casa destaca que as cotas do HGCR11 estão sendo negociadas com desconto de 4% em relação ao valor patrimonial.

Destronado do ranking de FIIs, KNCR11 ainda está no radar

Apesar de ter sido destronado pelo HGCR11, o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) – vencedor da última edição do FII do mês – segue entre as principais recomendações de janeiro, tendo sido indicado pelo banco Daycoval* e pela RB Capital.

Com mais de 377 mil cotistas e um patrimônio líquido de R$ 7 bilhões, o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) é um dos três maiores fundos imobiliários de papel da bolsa brasileira.

Segundo relatório de dezembro, os dividendos pagos no mês, de R$ 1,00 por cota, representaram uma rentabilidade isenta de Imposto de Renda de 0,98%, ou 124% do CDI.

*A carteira de FIIs indicada pelo banco Daycoval visa oportunidades em setores além do imobiliário, dessa forma, há indicações de ativos atrelados ao agronegócio, debêntures e infraestrutura. Segundo a instituição, a estratégia adotada tem o objetivo de gerar um fluxo de renda recorrente ao investidor sem "se prender apenas a ativos imobiliários".

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