🔴 JÁ FEZ A DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 2025? VEJA O PASSO A PASSO CLICANDO AQUI

Guilherme Castro Sousa

SELIC VS DÓLAR

Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial

Imagem: iStock/ Agência Brasil/ Montagem Seu Dinheiro

A guerra comercial atravessa fronteiras e nesta terça-feira (22) ocupa o Senado brasileiro. Em uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da câmara alta do Legislativo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicou que a taxa Selic vem sendo utilizada como instrumento de contenção cambial — uma defesa do real brasileiro à força do dólar.

Segundo Galípolo, é comum que países emergentes sejam forçados a manter os juros elevados, mesmo em cenários de desaceleração econômica. O objetivo é simples: oferecer um prêmio maior ao investidor estrangeiro, atrair capital e, assim, proteger a moeda local de processos de desvalorização.

Nas suas palavras, “muitas vezes você vê autoridades monetárias de países emergentes, mesmo num momento de desaceleração econômica, tendo de manter a taxa de juros mais elevada para oferecer um prêmio maior para quem decidir investir no país e aí conter um processo de desvalorização da sua própria moeda”.

O líder da política monetária brasileira explicou que, no final de 2024, esse processo tornou menos atrativo apostar contra o real, tornando o carry trade da moeda brasileira mais vantajoso em comparação com outras moedas emergentes.

“O processo que foi feito no final do ano, de elevação da taxa de juros, direcionou para que você pudesse ultrapassar o prêmio para quem estava apostando, por exemplo, em moeda mexicana e tornar menos atrativo apostar contra a moeda brasileira”, explicou.

Galípolo também reforçou o impacto dessa estratégia sobre a inflação. Com 60% a 70% da produção de alimentos no Brasil tendo alguma correlação com o dólar, manter o real valorizado é uma forma indireta, porém eficiente, de conter a alta de preços — especialmente em itens essenciais da cesta básica.

Leia Também

O Brasil em meio ao fogo cruzado global

Apesar da atuação doméstica, o principal vetor para os preços de mercado, segundo Galípolo, está além das fronteiras. O cenário internacional, em especial a política monetária dos Estados Unidos, tem sido determinante para o posicionamento do Banco Central brasileiro.

A atual guerra comercial e tarifária entre grandes potências tem ampliado as incertezas sobre o crescimento global e desorganizado cadeias produtivas. A revisão das projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) ilustra o impacto dessa turbulência.

Galípolo delineou três possíveis cenários para os desdobramentos da disputa tarifária:

Desescalada tarifária – O caminho mais brando. Países chegam a acordos, retomando uma trajetória econômica mais previsível e menos tensionada.

“Essa desaceleração vai se esvaindo e você vai caminhando para a trajetória que já era mais ou menos aguardada e retomando a trajetória que era pensada”, comentou.

Escalada tarifária – A hipótese mais crítica. O aumento das tarifas rompe as cadeias produtivas, gera distorções econômicas e pode combinar inflação com baixo crescimento — um rompimento do tradicional “trade-off” entre atividade e preços.

“O trade-off tradicional, a troca tradicional que você está imaginando entre preços e atividade econômica, talvez não responda da maneira que a gente foi treinado para pensar num cenário como esse. Você pode ter menos atividade econômica e com preços mais elevados”.

Restrição à China – Um cenário estratégico. Os EUA poderiam direcionar sua política tarifária à China, preservando suas alianças tradicionais e racionalizando o conflito.

Oportunidade relativa

Em meio à tensão global, o Brasil pode encontrar uma posição estratégica. A diversificação da pauta comercial e o dinamismo do mercado interno funcionam como vantagens competitivas que podem fazer o país se destacar, mesmo em um contexto adverso.

“Não é que fique melhor com a guerra tarifária, mas voltamos àquela ideia da relatividade. O Brasil pode ser uma economia que tem os pares e, por isso, se destaque positivamente pela sua diversificação na pauta comercial, nas relações comerciais e pela relevância do mercado doméstico do ponto de vista do dinamismo”, afirmou Galípolo.

*Com informações do Estadão Conteúdo

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE MALAS PRONTAS

JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos

23 de abril de 2025 - 9:45

A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia

23 de abril de 2025 - 8:06

Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell

DIA 93

A festa do estica e puxa de Donald Trump

22 de abril de 2025 - 20:09

Primeiro foram as tarifas recíprocas e agora a polêmica envolvendo uma possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell

CRIPTO PRA VOCÊ

Solana (SOL) no Itaú: banco expande sua oferta de criptomoedas e adiciona 3 novos tokens no app

22 de abril de 2025 - 18:15

Além do bitcoin (BTC) e do ethereum (ETH), disponíveis desde 2024, Itaú adiciona XRP, solana (SOL) e USDC ao seu catálogo de investimentos

MERCADOS

Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284

22 de abril de 2025 - 17:20

Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados

NEM ELON MUSK ESCAPA

Tesla (TSLA34) não escapa das tarifas contra a China e BofA corta preço alvo das ações pela segunda vez no ano — mas resultados trimestrais do 1T25 devem vir bons 

22 de abril de 2025 - 16:34

Bank of America reduz preço-alvo em antecipação ao relatório trimestral previsto para esta terça-feira; resultados devem vir bons, mas perspectiva futura é de dificuldades

DE VOLTA AO JOGO

Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor

22 de abril de 2025 - 14:31

Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação ao comportamento do ouro

VACA LEITEIRA

JBS (JBSS3): Vêm mais dividendos bilionários por aí? Bancão enxerga oportunidade de retornos e diz que é hora de colocar os papéis na carteira

22 de abril de 2025 - 10:41

Apesar de ser a companhia com um dos maiores retornos, ainda há obstáculos no caminho da JBS

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell

22 de abril de 2025 - 8:11

Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano

DIA 92

Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros

21 de abril de 2025 - 17:12

O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) em alta: criptomoeda vai na contramão dos ativos de risco e atinge o maior valor em semanas

21 de abril de 2025 - 17:03

Ambiente de juros mais baixos costuma favorecer os ativos digitais, mas não é só isso que mexe com o setor nesta segunda-feira (21)

CEDEU, MAS NEM TANTO

Putin não aguentou a pressão? Rússia diz que pode negociar a paz direto com a Ucrânia — mas mantém condições

21 de abril de 2025 - 16:53

Presidente russo sinaliza na direção do fim do conflito, mas não retira condições para o fim da guerra no leste da Europa

CONTAS DE PASSAGEM

O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano

21 de abril de 2025 - 16:08

Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas

METAL MAIS QUE PRECIOSO

É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano

21 de abril de 2025 - 15:01

Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos

PAPO RETO

Acabou a brincadeira: China faz alerta contundente aos países que fizerem acordo com Trump

21 de abril de 2025 - 12:31

Enquanto isso, Pequim tenta usar a Coreia do Sul para triangular exportações e escapar dos efeitos das tarifas norte-americanas

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A bolsa de Nova York sangra: Dow Jones cai quase 1 mil pontos e S&P 500 e Nasdaq recuam mais de 2%; saiba o que derrubou Wall Street

21 de abril de 2025 - 11:16

No mercado de câmbio, o dólar perde força com relação a outras moedas, atingindo o menor nível desde março de 2022

MERCADO EXTERNO

A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump

21 de abril de 2025 - 10:26

Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado

21 de abril de 2025 - 8:15

Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)

SD Select

Nvidia cai mais de 6% com ‘bloqueio’ de Trump em vendas de chips para China e analista prefere ação de ‘concorrente’ para investir agora; entenda

21 de abril de 2025 - 8:00

Enquanto a Nvidia sofre com as sanções de Donald Trump, presidente americano, sobre a China, outra ação de inteligência artificial está se destacando positivamente

CRISE À VISTA?

A coisa está feia: poucas vezes nas últimas décadas os gestores estiveram com tanto medo pelo futuro da economia, segundo o BofA

20 de abril de 2025 - 17:25

Segundo um relatório do Bank of America (BofA), 42% dos gestores globais enxergam a possibilidade de uma recessão global

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar