A ‘dor de cabeça’ do governo Lula em 2025: Alckmin diz que o país cumprirá arcabouço fiscal com rigor, mas cita preocupação com juros
Apesar dos desafios monetários, o vice-presidente prevê o ano como promissor, com o crescimento do PIB puxado pelo agronegócio

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil cumprirá “rigorosamente” o arcabouço fiscal.
Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira (9), ele disse que o país crescerá economicamente neste ano, mas citou preocupação com a taxa de juros.
“Acredito que o Brasil vai crescer. Aliás, já cresceu no ano que foi encerrado em 2024”, comentou, citando os índices de desemprego e a evolução no setor industrial.
“Tivemos um bom ano. E o ano de 2025, qual é a preocupação? Os juros. Porque realmente a taxa de juros freia um pouco a economia”, afirmou o vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Mesmo com tal preocupação, Alckmin se mostrou otimista e disse que, em 2025, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro deve crescer mais de 4%. “Isso ajuda bastante”, comentou. “Vamos trabalhar mais, mas o Brasil vai crescer”, disse.
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A economia em 2024 e o arcabouço fiscal
No terceiro trimestre de 2024, o PIB brasileiro voltou a superar as expectativas.
A economia nacional cresceu 0,9% na comparação com o segundo trimestre. Já em relação ao mesmo período de 2023, o crescimento do PIB atingiu 4,0%.
No entanto, quem decepcionou no PIB do terceiro trimestre foi o agronegócio, que registrou contração de 0,8% na leitura trimestral e recuou 0,9% na leitura anual.
Na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central sinalizou a possibilidade de um aperto monetário prolongado em 2025. Vale lembrar que, na última reunião de 2024, o Copom elevou a taxa de juros a 12,25%.
A questão fiscal tem sido um dos temas centrais do governo Lula. A alta dos juros básicos pelo BC para domar os preços eleva o gasto do governo com pagamento de juros da dívida pública e aumenta o problema fiscal.
Além disso, economistas têm apontado a nova regra fiscal como insustentável se nada for feito, uma vez que despesas obrigatórias como benefícios previdenciários e os pisos da saúde e educação têm crescido em um ritmo superior ao teto de gastos do arcabouço.
Mudanças no governo Lula
O vice-presidente também disse que Lula não deve fazer uma reforma ministerial, mas apenas “mudanças pontuais” na Esplanada.
Em meio às incertezas sobre a continuidade do ministro da Defesa, José Múcio, no governo, Alckmin elogiou o trabalho do chefe da pasta e afirmou que Múcio pode continuar no cargo.
“Não acredito que o presidente Lula vá fazer uma reforma ministerial, acho que ele fará mudanças pontuais, como fez na área da comunicação do governo”, afirmou.
Alckmin na Defesa?
Nesta semana, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, comunicou sua saída do cargo para dar lugar ao publicitário Sidônio Palmeira. De acordo com Pimenta, Lula quer um perfil diferente do seu na Secom.
Hoje, Alckmin aproveitou para elogiar o trabalho feito por Múcio à frente da Defesa, pontuando o desempenho na "pacificação" das Forças Armadas.
No final do ano passado, Múcio voltou a dizer a Lula que considerava ser a hora de deixar o governo, alegando que a família o queria mais por perto.
“Eu sei que isso [trabalho no governo] pode sacrificar um pouco a família, enfim, mas é um trabalho importante que deveria continuar. Então vamos aguardar, eu acho que o José Múcio faz um bom trabalho e pode continuar”, disse Alckmin.
Questionado se aceitaria o cargo na Defesa, caso fosse convidado, o vice-presidente respondeu: "Missão é missão, mas o meu candidato a ministro da Defesa chama-se José Múcio.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
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