Já é possível comprar Melania: mulher de Trump lança a própria criptomoeda antes da posse — novo presidente dos EUA também entrou nessa
A meme coin opera em alta nesta segunda-feira (20), e especialistas dizem o que esperar — ou não — do novo governo e dos ativos digitais

Quando Donald Trump iniciou a campanha para presidente dos EUA, em meados do ano passado, ele assumiu um compromisso: fomentar as criptomoedas. O republicano nem mesmo tomou posse — marcada para esta segunda-feira (20) — e a nova primeira-dama já deu os primeiros passos nesse mercado.
Em uma postagem no domingo à noite no X, Melania Trump anunciou que os investidores já "poderiam comprar $MELANIA agora".
Melania estava sendo negociado em alta, cotado a US$ 9,15, segundo dados da CoinMarketCap, com capitalização de mercado de US$ 1,76 bilhão.
Mas quem acha que o meme coin — uma criptomoeda que se inspira em comunidades on-line e memes da internet — de Melania Trump foi feito para investimento, se engana. Em um aviso no site oficial, avisa os compradores em potencial:
"São itens colecionáveis digitais destinados a funcionar como uma expressão de apoio e engajamento aos valores incorporados pelo símbolo MELANIA e a arte associada, e não se destinam a ser, ou a ser o assunto de, uma oportunidade de investimento, contrato de investimento ou segurança de qualquer tipo”.
Leia Também
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Trump também tem sua própria criptomoeda
Trump também tem sua própria meme coin, que foi lançada na sexta-feira (17), por meio da rede Solana Blockchain.
No início da tarde de hoje, a Official Trump caía 8,01%, para ser negociada a US$ 53,79, de acordo com a CoinMarketCap. O valor de mercado é de US$ 10,74 bilhões.
Na manhã de hoje, a criptomoeda de Trump era a maior meme coin na rede Solana por capitalização de mercado, de acordo com dados da CoinGecko, com a de Melania Trump em quarto lugar.
No site oficial, a criptomoeda de Trump — retratada com uma imagem do novo presidente dos EUA levantando o punho no ar — é comercializada como "um pedaço da história", enquanto o próprio Trump é rotulado como "o presidente cripto".
Para João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, tanto a Melania como a Official Trump subiram bastante nos lançamentos, mas devem perder fôlego adiante.
"São lançamentos importantes porque abre de novo o caminho para os tokens, para os colecionáveis. Volte-se a criar a esperança de fazer um dinheiro rápido", afirma Piccioni, alertando que é preciso entender o propósito do ativo digital para evitar golpes.
- SAIBA MAIS: É hoje – estratégia do ‘robô da bolsa’ mostra como brasileiros podem buscar média de até R$ 500 por dia
Vem aí decreto pró-criptomoedas?
De acordo com especialistas, Trump estaria planejando lançar um decreto tornando as criptomoedas uma prioridade nacional.
Além de prometer lançar 1 bilhão de tokens "Official Trump" nos próximos três anos, o republicano também planeja criar uma reserva nacional de bitcoin (BTC).
A promessa levou o mercado a superar marcos importantes, com o BTC superando US$ 100 mil pela primeira vez na história.
Os especialistas, no entanto, se dividem sobre a implementação das promessas de Trump sobre o mercado das criptomoedas.
“As ações decepcionarão a retórica da campanha, mas Trump cumprirá mais promessas do que as pessoas esperam. No entanto, algumas das ideias mais utópicas, como reservas de bitcoin, provavelmente não se concretizarão”, diz o cientista político e presidente da Eurasia, Ian Bremmer, ao Seu DInheiro.
Você pode conferir aqui o bate-papo com Bremmer sobre o segundo mandato de Trump.
Já Marcello Cestari, analista e trader da Empiricus Gestão, e Fabrício Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin, são mais otimistas.
“Não é tarde [para comprar bitcoin]. Ainda estamos no começo [de uma trajetória longa]. É fundamental que uma parcela significativa do portfólio de investidores em cripto esteja alocada em bitcoin. Ele é a base de tudo e concentra a maior parte dos recursos da maioria dos investidores”, diz Tota.
No programa Onde Investir em 2025 — que você pode conferir aqui — Cestari afirma que o novo governo de Trump pode levar o bitcoin a novas máximas.
“Eu acho que o bitcoin pode bater na casa dos US$ 150 mil este ano. Devo revisar a projeção ao longo de 2025, mas olhando para hoje, essa é minha estimativa. Estou bem otimista, e o bull market de 2025 tende a ser parecido com o de 2017 e o de 2021, ainda que tenhamos uma configuração diferente do mercado”, diz.
ONDE INVESTIR EM 2025: Bitcoin a US$ 200 mil? As criptomoedas para comprar agora
Investidor, atenção
Vale lembrar que as criptomoedas em geral podem ser voláteis. O bitcoin — a moeda digital mais valiosa do mundo — é conhecida por subir ou cair milhares de dólares em um único dia.
Moedas alternativas, ou altcoins, como ether e XRP, provaram ser ainda mais propensas a flutuações.
Já os tokens podem ser criados por qualquer pessoa com uma conexão de internet.
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
COP30: O que não te contaram sobre a maior conferência global do clima e por que ela importa para você, investidor
A Conferência do Clima será um evento crucial para definir os rumos da transição energética e das finanças sustentáveis no mundo. Entenda o que está em jogo e como isso pode impactar seus investimentos.
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam
Nada de iPhones mais caros? Governo Trump recua e isenta tarifas para smartphones, chips e computadores pessoais
Governo dos EUA exclui smartphones, servidores e chips das tarifas de 145%, em movimento visto como alívio estratégico para a Apple e o setor de tecnologia
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Mercado de arte viveu mais um ano de desaceleração, com queda de 12% das vendas, aponta relatório
A indústria vive um período de transformação, que envolve mudanças no comportamento e no perfil dos colecionadores de arte
A resposta de Lula a Donald Trump: o Brasil não é um parceiro de segunda classe
O presidente brasileiro finalmente sancionou, sem vetos, a lei de reciprocidade para lidar melhor com casos como o tarifaço dos EUA
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Vítima da guerra comercial, ações da Braskem (BRKM5) são rebaixadas para venda pelo BB Investimentos
Nova recomendação reflete o temor de sobreoferta de commodities petroquímicas no cenário de troca de farpas entre Estados Unidos e o restante do mundo
JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano
Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026
China dá ‘palavra final’ aos EUA sobre taxas: a partir de agora, Trump será ignorado; Wall Street reage
Índices de NY operam em alta ao longo desta tarde
China bate de frente com Trump mais uma vez e mercados tremem — bancões vão segurar as pontas em Wall Street?
JP Morgan, Wells Fargo e Morgan Stanley reportaram resultados fortes no primeiro trimestre de 2025 e as ações estão em alta
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Acabou a magia? Ir pra Disney está mais caro, mas o ‘vilão’ dessa história não é Donald Trump
Estudos mostram que preços dos ingressos para os parques temáticos subiram mais do que a inflação americana; somado a isso, empresa passou a cobrar por serviços que antes eram gratuitos
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
O pior está por vir — e não é mais tarifa: o plano de Trump que pode expulsar as empresas chinesas da bolsa
Circula nos corredores da Casa Branca e do Congresso norte-americano um plano que pode azedar de vez a relação entre as duas maiores economias do mundo