Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025
Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje

Donald Trump toma posse nesta segunda-feira para uma segunda temporada na Casa Branca.
Ele é apenas o segundo presidente norte-americano a tentar a reeleição, perder e voltar quatro anos depois. O primeiro foi Grover Cleveland, no fim do século 19.
Os eventos relacionados à posse de Trump terão início no fim da manhã, no horário de Brasília, mas nada de muita gente na rua nem de discursos a céu aberto.
Faz um frio de rachar em Washington. De acordo com os meteorologistas, a temperatura máxima do dia na capital norte-americana atingirá gloriosos 4ºC. Negativos.
Os detalhes dos eventos relacionados à posse você confere na matéria da Dani Alvarenga.
No que depender de Trump, porém, a chapa vai esquentar quando ele entrar no Salão Oval para o primeiro episódio de sua segunda temporada na Casa Branca.
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Ele promete assinar o maior número de decretos em um primeiro dia de governo na história dos EUA.
Trata-se de uma guinada ultraconservadora.
Na mira de Trump estão os imigrantes, as leis ambientais, os direitos reprodutivos das mulheres, a comunidade LGBTQIAPN+ e outros alvos de sua retórica beligerante.
Entre outras coisas, ele promete remover as poucas amarras restantes para as redes sociais, banir a palavra “desinformação” e estabelecer uma “definição biológica de sexo”.
De qualquer modo, a segunda temporada de Trump não se resumirá ao primeiro episódio.
Para saber o que esperar de Trump, a Carolina Gama entrevistou Ian Bremmer, cientista político e presidente da consultoria Eurasia.
Na avaliação de Bremmer, Trump será “imparável em uma extensão como nunca vimos antes”.
Ele lança luz sobre o que, de fato, será cumprido das promessas de campanha, fala da relação do republicano com o governo Lula e também aborda as guerras — comerciais e geopolíticas — em que Trump pode se meter (e das quais pode correr).
Enquanto isso, os mercados financeiros internacionais amanheceram com um tom levemente positivo antes da posse de Trump.
Destaque para o mercado de criptomoedas, com o bitcoin estabelecendo novas máximas históricas.
O que você precisa saber hoje
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ANOTE NO CALENDÁRIO
Agenda econômica: reunião do CMN e prévia da inflação se destacam no Brasil, na semana em que Trump retorna à Casa Branca. A semana ainda reserva política monetária no Japão e indicadores econômicos europeus e dos Estados Unidos.
CONSEQUÊNCIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL
Nova ‘corrida do ouro’? Degelo na Groenlândia revela reservas de metais raros, mas logística pode ser um problema maior que Trump. Derretimento do gelo no extremo norte do planeta revelou algumas das maiores reservas minerais inexploradas do mundo.
SOB PRESSÃO
Banco Central fará primeira intervenção no dólar em 2025 no dia da posse de Donald Trump nos EUA. Banco Central venderá US$ 2 bilhões nesta segunda-feira em dois leilões de linha; entenda como e quando ocorrem as operações.
REFORMA TRIBUTÁRIA
Fundos Imobiliários e Fiagros serão taxados? Entenda o impasse gerado pelo veto de Lula na reforma tributária. A lei complementar da reforma tributária trouxe a possibilidade da taxação dos fundos; entidades de investidores criticaram a medida, que pode afetar os fundos imobiliários e Fiagros.
RUMO À PAZ
O começo do fim: Israel aprova cessar-fogo em Gaza e oficializa trégua com o Hamas; primeira fase do acordo começou neste domingo. O cessar-fogo entre Israel e Hamas faz parte da primeira fase do acordo apresentado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, neste mês. As negociações buscam dar fim ao conflito que já dura mais de 15 meses.
AOS 45 DO SEGUNDO TEMPO
Apesar dos pesares: China cresce mais do que o esperado e atinge meta de expansão do PIB para 2024. Aceleração da atividade econômica no último trimestre do ano e estímulos do governo ajudaram o país a atingir a meta.
SALDO NEGATIVO
A polêmica continua: 67% da população acredita que Pix ainda pode ser taxado – e a culpa da confusão é do governo, indica pesquisa Quaest. De acordo com o diretor da Quaest, a confusão sobre taxação do Pix gerou desconfiança da população em relação ao governo.
INJEÇÃO BILIONÁRIA
Após aquisição de participação acionária, Vibra (VBBR3) quer engordar o caixa da Comerc em R$ 1,5 bilhão. Com o aumento de capital da Comerc, a Vibra vai expandir a participação acionária em 99,10%.
ELA CHEGOU
Imposto sobre consumo: entenda as principais mudanças da reforma tributária e quando as regras começam a valer. Sancionada ontem (16) pelo presidente Lula, a lei complementar simplificará a cobrança de impostos no país.
INVESTIMENTOS NO EXTERIOR
Onde investir 2025: Sob o efeito Trump — as melhores oportunidades para quem quer ter retorno em dólar e um alerta sobre o mercado lá fora. No evento organizado pelo Seu Dinheiro, especialistas dizem se vale a pena se expor aos EUA na gestão do republicano, se as big techs continuarão brilhando e apontam armadilhas que os brasileiros devem evitar.
EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL
AgroGalaxy (AGXY3) retoma antecipação de recebíveis com FIDC TerraMagna e mira na expansão das vendas. As operações do FDIC Terra Magna, voltados exclusivamente para os recebíveis da AgroGalaxy (AGXY3), estavam paralisadas desde setembro do ano passado.
MAIS UMA PARA A CONTA
Depois do Reino Unido, Randoncorp (RAPT4) agora mira os EUA em nova aquisição milionária; confira os detalhes do negócio. Conselho de administração da companhia aprovou a aquisição da AXN Heavy Duty, sediada em Louisville.
NO CÉU
Fusão da Azul com a Gol reflete nos céus da Embraer (EMBR3); ação sobe com otimismo em relação à redução de risco de crédito. Papéis da Embraer (EMBR3) chegaram a ter uma alta de 2% no pregão de hoje; a animação inclui possível venda de novos jatos.
SETOR IMOBILIÁRIO
Depois de um 2024 farto, cenário macro deve afetar os resultados da Allos (ALOS3) este ano — mas nem tudo será culpa da economia. Para o Itaú BBA, ritmo em 2025 será mais lento para a administradora de shopping; veja se ainda vale a pena comprar a ação.
FOI PELOS ARES
‘Entretenimento garantido’: Foguete Starship de Elon Musk explode e afeta rotas de voos comerciais. A expectativa da SpaceX era que o sétimo teste da Starship durasse uma hora; no entanto, a missão não durou nem dez minutos.
NOVOS INVESTIMENTOS
Braskem (BRKM5) vai investir R$ 614 milhões para aumentar a capacidade de produção de petroquímicos; ações sobem na B3. Ao todo, serão sete projetos para a ampliação da atual capacidade de produção de produtos químicos na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas.
TIJOLO POR TIJOLO
Concreto e acima do esperado: Direcional (DIRR3) reporta vendas 66% acima do ano anterior; BTG mantém recomendação de compra. A velocidade de vendas da Direcional também teve um incremento bem significativo e saltou de 19% no 4T23 para sólidos 25% de outubro a dezembro do ano passado.
RECOMPRA DE AÇÕES
Ação da Cogna (COGN3) ficou barata: empresa quer tirar mais de 144 milhões de papéis de circulação após perder 61% do valor na bolsa. Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cogna a aprovar um programa de recompras robusto como esse — e isso pode beneficiar os acionistas; entenda.
MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO
CEO da Cruzeiro do Sul (CSED3) renuncia após três anos no comando; ações amargam queda de 25% na B3 em 12 meses. Fabio Fossen continuará na posição até 14 de fevereiro de 2025; veja quem assumirá a liderança na rede de faculdades.
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Portfólio identifica empresas que se beneficiam ou abordam temas relacionados a critérios ambientais, sociais e de governança e que estão com valuation atrativo
Ação da Embraer (EMBR3) sobe mais de 3% após China dar o troco nos EUA e vetar aviões da Boeing
Proibição abre espaço para a companhia brasileira, cujas ações vêm sofrendo com a guerra comercial travada por Donald Trump
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Cálculos feitos pela equipe do Bradesco mostram o tamanho do tombo da economia global caso o presidente norte-americano não recue em definitivo das tarifas
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
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Os investidores do FII não parecem estar assustados com a inadimplência — mas existe um motivo para a animação dos cotistas
Depois de derreter mais de 90% na bolsa, Espaçolaser (ESPA3) diz que virada chegou e aposta em mudança de fornecedor em nova estratégia
Em seu primeiro Investor Day no cargo, o CFO e diretor de RI Fabio Itikawa reforça resultados do 4T24 como ponto de virada e divulga plano de troca de fornecedor para reduzir custos
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Méliuz (CASH3) quer adotar o bitcoin como estratégia de longo prazo e conselho convoca assembleia para deliberar sobre os novos planos
A empresa realizou um estudo para planejar a adoção da nova estratégia. Os acionistas que não tiverem interesse serão reembolsados no valor de suas ações
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
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Trump vai recuar e mesmo assim cantar vitória?
Existe um cenário onde essa bagunça inicial pode evoluir para algo mais racional. Caso a Casa Branca decida abandonar o tarifaço indiscriminado e concentrar esforços em setores estratégicos surgirão oportunidades reais de investimento.
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Citando Michael Hartnett, o excepcionalismo norte-americano se transformou em repúdio. O antagonismo nos vocábulos tem sido uma constante: a Goldman Sachs já havia rebatizado as Magníficas Sete, chamando-as de Malévolas Sete
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Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos