‘Ter moeda e ativos fortes não é especulação, é legítima defesa’, diz TAG Investimentos; veja as recomendações da gestora para 2025
Em carta mensal, gestora prevê Selic terminal a 17% e forte desaceleração do crescimento econômico brasileiro e diz que as taxas de juros dos Estados Unidos seguirão definindo o destino dos ativos globais

Não faz sentido para o investidor ter 100% dos investimentos no Brasil, um país que concentra apenas 2% dos ativos globais. E não, nem o CDI alto compensa a desvalorização cambial.
Para a TAG Investimentos, uma das maiores gestoras de patrimônio independentes do Brasil, o investimento no exterior e a exposição ao dólar e a outras moedas fortes vão continuar sendo recomendações pertinentes para 2025.
“Uma carteira conservadora rodando em USD + 3% ao ano bate o CDI em horizontes de médio e longo prazo”, escreveu a TAG na sua carta aos clientes de janeiro. “Ter um percentual não desprezível em moeda e ativos fortes não é especulação, é legítima defesa.”
No entanto, isso não significa abandonar completamente os ativos brasileiros. Na carta de janeiro, a gestora chama a atenção para os seguintes investimentos:
- Ativos ligados à inflação, como as NTN-Bs, também chamadas de títulos Tesouro IPCA+;
- Debêntures de empresas triplo A (com baixo risco de crédito), atreladas também ao IPCA e isentas de imposto de renda;
- Ações de empresas com fluxos de caixa estáveis e protegidos contra a inflação, como as de energia elétrica, concessões rodoviárias, shoppings, água e esgoto (as chamadas utilities); e
- Por fim, os imóveis.
“A despeito do desconforto da volatilidade e marcação a mercado, esses ativos se beneficiam não só no cenário ruim de inflação desancorando, como também em uma eventual normalização das coisas”, diz a carta.
Para a TAG, a assimetria é positiva para o médio prazo, de 18 a 24 meses. A recomendação é que os investidores aproveitem os “ótimos preços” dos ativos de renda fixa e variável no momento, buscando ganhos no futuro.
Leia Também
No momento atual, a gestora considera que já há muita negatividade sendo considerada nos preços, ao passo que a probabilidade de uma boa notícia não foi precificada.
O que esperar do cenário macroeconômico de 2025?
Pensando em um escopo mais amplo da economia em 2025, os especialistas consideram que o grande “senhor do destino” dos ativos globais será a taxa de juros dos Estados Unidos.
Segundo a TAG, as mudanças nas políticas migratórias e as tarifas aos produtos importados – anunciados extraoficialmente por Donald Trump, que toma posse dia 20 de janeiro – devem causar inflação de curto prazo, o que já está precificado.
A dúvida segue sendo em relação à situação fiscal do país. “O crescimento da dívida americana já é incômoda, mesmo para um país que é emissor da reserva de valor global”, opinam.
A expectativa é que a curva de juros torne-se mais favorável para os ativos de risco, caso o governo consiga fazer um corte de gastos eficiente e reduzir o déficit dos atuais 7% do PIB (Produto Interno Bruto) para 3% do PIB.
No contexto nacional, o fiscal também é um dos incômodos do mercado.
A TAG faz uma comparação com a Argentina, que vive uma espécie de “Plano Real” sob o governo Javier Milei, com forte superávit fiscal e controle da inflação.
Em trajetória oposta, o Brasil vive um cenário de crescimento desordenado da dívida interna e aumento dos gastos. Dado esse cenário, a gestora projeta uma inflação ao redor de 6% em 2025 e juros terminais na casa de 17%.
“O resultado disso é uma queda brutal de expectativas e investimentos, o que nos levará para uma forte desaceleração do crescimento econômico em 2025”, concluem.
Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China
Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%
Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho
Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda
“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora
Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados
O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês
CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos
Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)
Trump dobra a aposta e anuncia tarifa de 104% sobre a China — mercados reagem à guerra comercial com dólar batendo em R$ 6
Mais cedo, as bolsas mundo afora alcançaram fortes ganhos com a sinalização de negociações entre os EUA e seus parceiros comerciais; mais de 70 países procuraram a Casa Branca, mas a China não é um deles
Wall Street sobe forte com negociações sobre tarifas de Trump no radar; Ibovespa tenta retornar aos 127 mil pontos
A recuperação das bolsas internacionais acompanha o início de conversas entre o presidente norte-americano e os países alvos do tarifaço
Minerva (BEEF3): ações caem na bolsa após anúncio de aumento de capital. O que fazer com os papéis?
Ações chegaram a cair mais de 5% no começo do pregão, depois do anúncio de aumento de capital de R$ 2 bilhões na véspera. O que fazer com BEEF3?
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Minerva prepara aumento de capital de R$ 2 bilhões de olho na redução da alavancagem. O que muda para quem tem ações BEEF3?
Com a empresa valendo R$ 3,9 bilhões, o aumento de capital vai gerar uma diluição de 65% para os acionistas que ficarem de fora da operação
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Equatorial (EQTL3): Por que a venda da divisão de transmissão pode representar uma virada de jogo em termos de dividendos — e o que fazer com as ações
Bancões enxergam a redução do endividamento como principal ponto positivo da venda; veja o que fazer com as ações EQTL3
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada
Após o ‘dia D’ das tarifas de Trump, ativo que rende dólar +10% pode proteger o patrimônio e gerar lucros ‘gordos’ em moeda forte
Investidores podem acessar ativo exclusivo para buscar rentabilidade de até dólar +10% ao ano
Retaliação da China ao tarifaço de Trump derrete bolsas ao redor do mundo; Hong Kong tem maior queda diária desde 1997
Enquanto as bolsas de valores caem ao redor do mundo, investidores especulam sobre possíveis cortes emergenciais de juros pelo Fed
Empiricus aumenta posição em Meta (M1TA34) e TSMC (TSMC34) em carteira com as ações internacionais mais recomendadas para abril; entenda os motivos
Com a atualização da carteira, a casa de análises busca janela de oportunidade para capitalizar nas quedas recentes com empresas bem posicionadas