Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) lideram quedas do Ibovespa. O que está por trás das perdas das ações?
Na ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira aparece a Azul; entenda o que faz os papéis da companhia aérea decolarem nesta quinta-feira (6), depois das perdas da véspera
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Em um pregão morno para a bolsa brasileira, Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) ocupam lugar de destaque, mas não por um bom motivo: as ações das duas empresas figuram entre as maiores quedas do Ibovespa no início da tarde desta quinta-feira (6).
Por volta das 13h, os papéis BRKM5 caíam 3,71% — a maior queda do principal índice da B3 — enquanto RAIZ4 recuava 3,55%, compondo o top cinco das baixas.
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O ranking dos principais perdedores do dia também inclui a Automob (AMOB3), empresa resultante da reorganização da Vamos (VAMO3), a terceira maior baixa do Ibovespa.
No mesmo horário, o principal índice da bolsa brasileira operava próximo à estabilidade: leve alta de 0,05%, aos 125.608,08 pontos.
Veja as maiores quedas da bolsa brasileira:
Nome | Código | Último | Var. % |
Braskem PN | BRKM5 | R$ 12,973 | -3,71% |
Raizen PN | RAIZ4 | R$ 1,63 | -3,55% |
Automob ON | AMOB3 | R$ 0,29 | -3,45% |
Vamos ON | VAMO3 | R$ 4,22 | -3,43% |
Embraer ON | EMBR3 | R$ 64,10 | -3,42% |
O que está por trás dos movimentos da Raízen (RAIZ4) na bolsa hoje?
No caso da Raízen (RAIZ4), o mau humor com as ações até o início da tarde refletia perspectivas mais conservadoras do mercado para a empresa.
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No entanto, por volta das 15h30, os papéis inverteram a trajetória e passaram a subir 2,96% na bolsa, a R$ 1,74, em meio a expectativas de iniciativas em busca da redução do endividamento.
Mais cedo, o Citi cortou o preço-alvo para os papéis de R$ 4,50 para R$ 3,50, apesar de manter recomendação de compra para a empresa, que pertence ao grupo Cosan (CSAN3).
Mesmo com o target menor, a cifra ainda implica uma valorização potencial de 107,1% em relação ao último fechamento.
Segundo os analistas, a redução nas estimativas para a companhia deve-se a uma tríade de fatores. São eles:
- Margens mais baixas na área de distribuição de combustíveis no Brasil;
- Menor previsão de moagem de cana-de-açúcar para a safra de 2025/26;
- O peso de novos aumentos na taxa Selic sobre o balanço, o que deve piorar os resultados financeiros da Raízen.
“Esperamos que a Raízen imprima uma geração de fluxo de caixa livre (FCF) positiva apenas na safra 2026/2027. Na nossa visão, a falta de geração de caixa no curto prazo, combinada com taxas de juros mais altas, continuará pesando sobre a ação”, disse o banco, em relatório.
Na visão do Citi, a Raízen (RAIZ4) deve entregar um prejuízo líquido recorrente de R$ 623 milhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025 (3T25), impactado pela queda no Ebitda ajustado e pela piora dos resultados financeiros.
Vale lembrar que a produtora de etanol divulgará os números referentes ao 3T25 fiscal em 14 de fevereiro. Confira aqui a agenda completa de balanços.
Mas o motivo para a inversão de trajetória nesta tarde foi o rumor de que a Raízen (RAIZ3) está considerando a possibilidade de realizar um aumento de capital como parte dos esforços para reduzir a alavancagem.
Segundo o jornal Valor Econômico, o aumento de capital servirá para reduzir pressão sobre o endividamento da Cosan (CSAN3), a holding controladora da companhia junto à Shell.
Os montantes da potencial operação não foram revelados.
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O desempenho negativo da Braskem (BRKM5)
Quanto à Braskem (BRKM5), os investidores digerem os dados de produção e vendas mais fracos do quarto trimestre, divulgados na manhã desta quinta-feira (6).
A prévia operacional da petroquímica mostrou uma piora nos spreads — diferença entre o preço da matéria-prima e o preço dos produtos derivados — dos petroquímicos e na demanda.
Durante o quarto trimestre, os principais spreads no mercado internacional caíram em relação ao trimestre anterior e foram menores que a média do ano de 2024.
Essa redução foi mais acentuada nos spreads de PE (Polietileno) e de principais químicos, que caíram cerca de 20% no comparativo trimestral, impactando negativamente o resultado da companhia no 4T24.
Já em relação à demanda, o mercado brasileiro (em especial, do lado da procura por resinas) foi impactado pela desaceleração da atividade econômica industrial, pela manutenção dos juros em patamares elevados e pela formação de estoques pela cadeia de transformação ocorrida no 3T24, segundo a empresa.
Apesar dos desafios, a Braskem conseguiu compensar em parte a queda nas vendas internas com o aumento das exportações.
Sob forte pressão sobre as finanças, a petroquímica divulgará o balanço referente ao 4T24 em 26 de fevereiro.
Vale lembrar que a empresa se manteve no vermelho no terceiro trimestre, com prejuízo líquido e queima de caixa em patamares ainda robustos, mesmo com a melhora dos spreads dos petroquímicos na época.
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Ações da Azul (AZUL4) sobem na B3
Enquanto isso, as ações da Azul (AZUL4) lideram a ponta positiva do Ibovespa hoje.
De acordo com operadores de mercado, as ações passam por uma correção depois do tombo de 8% registrado na véspera. Mas notícias sobre a fusão com a Gol (GOLL4) também mexem com os papéis.
Agora, o negócio entre as aéreas tem prazo para sair do papel. Em entrevista mais cedo, o ministro de Porto e Aeroporto, Silvio Costa Filho, disse que o governo federal calcula que o processo de fusão entre as empresas deve ser concluído em um prazo de 12 meses.
Veja as maiores altas do Ibovespa:
Nome | Código | Último | Var. % |
Azul PN | AZUL4 | R$ 3,98 | 4,74% |
Magazine Luiza ON | MGLU3 | R$ 7,2 | 4,65% |
CSN Mineração ON | CMIN3 | R$ 5,46 | 4,00% |
Assaí ON | ASAI3 | R$ 7,06 | 3,22% |
São Martinho ON | SMTO3 | R$ 22,72 | 3,04% |
*Com informações do Money Times.
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