Ibovespa tomba 2% com pressão de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) e dólar sobe, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada

O Ibovespa tem mais uma manhã azeda nesta segunda-feira (7). Incapaz de escapar da elevada aversão ao risco que se impõe sobre os mercados financeiros globais, o principal índice de ações da bolsa brasileira opera em queda de 1,77% por volta das 13h25, aos 125.005 pontos.
Apesar do desempenho fraco das últimas sessões, o índice acionário da B3 ainda sustenta valorização de 3,93% desde o início do ano.
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No mesmo horário, o dólar subia 1,23%, negociado a R$ 5,9162 no mercado à vista.
Seja para a Europa, Ásia ou América: para onde quer que os investidores olhem, os painéis de cotação iniciam o dia tingidos de vermelho.
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump a todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos.
O temor dos investidores é que a guerra comercial entre os dois gigantes provoque uma recessão global.
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De acordo com Trump, se a China não suspender até amanhã (8) as tarifas retaliatórias de 34%, os EUA aplicarão "tarifas adicionais de 50% ao país asiático, com efeito a partir de 9 de abril", segundo publicação em sua plataforma de mídia, a Truth Social.
Trump afirmou que "todas as conversas com a China sobre as reuniões por eles solicitadas serão encerradas" e acrescentou que as negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, "começarão imediatamente".
"China impôs tarifas retaliatórias de 34%, somadas às suas já recordistas tarifas e uma maciça manipulação cambial de longo prazo, apesar do meu alerta de que qualquer país que retalie os EUA com tarifas adicionais, além de seu já existente e abusivo histórico tarifário contra nossa nação, será imediatamente alvo de novas tarifas substancialmente mais altas, acima das inicialmente estabelecidas", escreveu o presidente dos EUA.
Ações no vermelho na bolsa brasileira
No cenário doméstico, a sangria na bolsa brasileira é notável.
O desempenho fraco do Ibovespa hoje é majoritariamente atribuído à performance negativa de gigantes com maior peso no índice.
A Petrobras (PETR4;PETR3), por exemplo, figura entre as maiores quedas da B3 hoje, com perdas da ordem de 5% e 3%, respectivamente.
Veja as maiores quedas da bolsa brasileira hoje:
Nome | Código | ULT | VAR % |
---|---|---|---|
Magazine Luiza ON | MGLU3 | 10,19 | -5,91% |
LWSA ON | LWSA3 | 2,58 | -5,49% |
Petrobras ON | PETR3 | 35,77 | -5,19% |
Braskem PN | BRKM5 | 9,3 | -4,71% |
Metalúrgica Gerdau PN | GOAU4 | 7,99 | -4,31% |
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Queda das bolsas globais
Em Wall Street, os principais índices acionários amanheceram no vermelho em meio às preocupações com as sobretaxas anunciadas pela China.
As bolsas norte-americanas chegaram a cair mais de 4% na abertura, mas arrefeceram as perdas ao longo do dia.
Confira o desempenho das bolsas em Nova York por volta das 13h25:
- Dow Jones: -1,77%;
- S&P 500: -1,20%;
- Nasdaq: -0,98%.
Já no mercado europeu, o índice de referência Stoxx 600 encerrou a sessão em queda de 4,54%.
A bolsa de Londres teve queda de 4,38%, enquanto a de Paris caiu 4,78% e a de Frankfurt, 4,26%.
Na Ásia, os mercados de ações também desabaram nesta segunda-feira.
A bolsa de valores de Xangai recuou 7,34%. Trata-se da maior queda em um único dia desde fevereiro de 2020, quando o mundo estava às voltas com a pandemia de covid-19.
Em Tóquio, a queda foi parecida com a de Xangai (7,83%), com direito a circuit-breaker — mecanismo que interrompe as negociações para tentar conter a derrocada da bolsa.
Por sua vez, a bolsa de Hong Kong registrou baixa de 13,22%, na maior desvalorização desde a crise asiática de 1997.
E as commodities?
Os temores de recessão também pressionam o petróleo nesta segunda-feira, que renovou as mínimas desde 2021.
Os contratos futuros do Brent, referência no mercado internacional, para junho recuavam 2,81%, para US$ 63,74 o barril. Já o WTI para maio caía 3,11%, a US$ 60,06 o barril.
Em meio ao pânico generalizado, os investidores buscam refúgio no ouro, que segue acima de US$ 3 mil por onça-troy.
Nem as criptomoedas escapam
A piora no sentimento dos investidores também se faz sentir no mercado de criptomoedas.
O bitcoin (BTC) marca desvalorização de 7,95% nas últimas 24 horas, a US$ 75.888,91.
Enquanto isso, a segunda maior criptomoeda do mundo, o ethereum (ETH), registra queda de 15,65%, abaixo do nível de suporte de US$ 1.500.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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