🔴 É HOJE: CRIPTO QUE PODE TRANSFORMAR R$ 3.500 EM ATÉ R$ 1 MILHÃO SERÁ REVELADA DESCUBRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.

CAÇA AOS VENDIDOS

As ações de educação e saúde com mais apostas de queda na bolsa — e as preferidas do BTG nesses setores castigados pelos juros altos

Com alta nas posições vendidas no mercado, setor de saúde desponta como preferido dos analistas em comparação ao de educação

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
13 de fevereiro de 2025
13:40 - atualizado às 12:46
Fachada do hospital Glória D'Or, no Rio de Janeiro, pertencente à Rede D'Or (RDOR3).
Fachada do hospital Glória D'Or, no Rio de Janeiro, pertencente à Rede D'Or (RDOR3). Empresa é uma das preferências do BTG no setor. - Imagem: Divulgação/Rede D'Or

Alguns setores empresariais sofrem mais do que outros com os juros em alta e a desaceleração econômica que costuma acompanhar esse cenário — saúde e educação são dois deles.

Diante dessa perspectiva econômica negativa para os negócios que dependem de os consumidores estarem empregados e com dinheiro na mão para gastar, o BTG Pactual fez uma análise de quais ações de educação e saúde têm, atualmente, mais apostas de queda por parte dos investidores na B3.

No entanto, o objetivo do banco no relatório, assinado pelos analistas Samuel Alves e Yan Cesquim, não era apenas identificar com quais empresas dos setores de saúde e educação o mercado está mais pessimista no momento, mas sim antecipar potenciais movimentos de short squeeze nesses segmentos.

O short squeeze é um fenômeno que ocorre quando o preço de uma ação sobrevendida no mercado (isto é, como muitas apostas de queda) sobe repentinamente e de maneira intensa.

A partir de uma pressão compradora inicial, que impulsiona o preço da ação para cima, os investidores vendidos no papel (portanto, que apostavam na sua desvalorização) se veem obrigados a comprá-lo para cobrir suas posições vendidas, o que impulsiona ainda mais os preços para cima, num círculo vicioso (ou virtuoso? Depende da ponta em que o investidor está).

Essa pressão compradora inicial pode ser, por exemplo, uma notícia positiva sobre a empresa ou mesmo um movimento especulativo provocado intencionalmente por grandes investidores (ou uma grande quantidade de investidores) que desejam provocar um short squeeze para inflar o preço da ação.

Leia Também

Seja como for, identificar as ações que têm muitas posições vendidas (short) na bolsa é indiretamente uma forma de identificar as ações que se encontram em uma posição suscetível a um movimento de short squeeze e, portanto, uma reversão repentina de expectativa e alta intensa de preços.

Para identificar as ações dos setores de educação e saúde nessa posição, o BTG monitorou dois indicadores:

  • A taxa de shorts (SIR, na sigla em inglês), que consiste no número de ações shorteadas dividido pelo volume médio de negociação do papel (ADTV, na sigla em inglês);
  • As taxas de empréstimo de ações das companhias mais importantes do seu universo de cobertura, que mensuram o custo do aluguel dos papéis pelos investidores que não os possuem em carteira, mas desejam shorteá-los (quanto maior o custo do aluguel, maior a demanda pelo empréstimo, mais operações vendidas).

Pessimismo dos investidores em relação ao setor de saúde aumentou

Segundo os analistas, as taxas de short das ações do setor de saúde estão em alta, notadamente as de Hapvida (HAPV3), Rede D'Or (RDOR3) e Hypera (HYPE3). Embora em queda, a taxa de short das ações da Odontoprev (ODPV3) ainda se mantém como a mais elevada do setor. Veja o gráfico:

Taxa de short das ações do setor de saúde na B3

Já no setor de educação, as ações com mais apostas de queda são a Cogna (CGNA3) e a Yduqs (YDQS3). No entanto, o BTG nota que a taxa de short dos papéis COGN3 caiu forte recentemente (ou seja, o pessimismo com a ação diminuiu), provavelmente devido à melhora das expectativas para o balanço do quarto trimestre de 2024. Veja o gráfico:

Taxa de short das ações do setor de educação na B3

Quando analisado o custo dos empréstimos das ações, que consiste nos juros percentuais anuais para alugar os papéis, novamente aparecem os nomes da Hapvida e da Rede D'Or entre as altas. No caso de HAPV3, o aumento foi forte e repentino neste início de ano, sendo que no caso de RDOR3 a alta foi mais modesta. Confira esses movimentos nos gráficos a seguir:

Em contraste, diz o relatório, os custos dos empréstimos dos papéis da Odontoprev, Hypera e Oncoclínicas (ONCO3) diminuíram significativamente.

Já no setor de educação, os analistas destacam os custos elevados dos empréstimos das ações da Yduqs, que superaram a taxa de 13% ao ano.

Rede D'Or (RDOR3) é a favorita do BTG

Apesar do pessimismo elevado do mercado com o setor de saúde — e possivelmente por isso mesmo (lembre-se das chances de short squeeze) — os analistas do BTG têm preferência pelas ações deste segmento em comparação ao de educação.

Eles destacam como motivos o cenário macro desafiador, as taxas de juros em alta e os fundamentos setoriais mais fortes como razões para a preferência.

"À luz do cenário desafiador para o mercado de ações brasileiro, favorecemos 1) companhias de alta qualidade e 2) nomes defensivos que oferecem retornos de dividendos e de fluxo de caixa livre elevados", dizem.

Nesse sentido a melhor aposta do BTG no setor para comprar e segurar (de olho numa valorização no longo prazo) é a Rede D'Or. Fleury (FLRY3) também é um nome defensivo interessante, dizem os analistas.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SETOR FARMACÊUTICO

CEO da Cimed aposta em pequenas farmácias para atingir faturamento de R$ 5 bilhões neste ano — e “caneta amarela” do Ozempic está na mira para 2026

22 de fevereiro de 2025 - 9:30

Conhecida pelo portfólio extenso de medicamentos genéricos e por produtos como o Carmed e o Lavitan, a Cimed tem como objetivo elevar as receitas em quase 40% em relação ao ano passado

TOCK PICK ENTRE AS LATINAS

A queridinha do agro: dividendos e outros 4 motivos para comprar JBS (JBSS3), segundo o BofA — e um deles é o que muito investidor busca

21 de fevereiro de 2025 - 17:31

A diversificação dos negócios ajuda a sustentar os argumentos do Bank of America em favor do papel, mas há muito mais por trás do otimismo do banco norte-americano agora

DESTAQUES DA BOLSA

Fora de moda? Ação da Lojas Renner cai 14% e é a maior queda do Ibovespa após balanço do 4T24; saiba se ainda vale a pena comprar LREN3

21 de fevereiro de 2025 - 12:51

A varejista de moda teve lucro líquido de R$ 487,2 milhões no quarto trimestre de 2024, recuo de 7,5% ano a ano e abaixo da expectativa média do mercado

MAIS AÇÕES EM CIRCULAÇÃO

Azul (AZUL4) tenta arrumar a casa com aumento de capital de até R$ 3,37 bilhões; papéis caem mais de 2% na B3

21 de fevereiro de 2025 - 11:35

Segundo a companhia aérea, o aumento de capital está inserido no contexto da reestruturação e visa não só obter novos recursos financeiros; saiba quais são as outras finalidades da operação

ROXO AVERMELHADO

Ação do Nubank cai 19% em NY após receita recorde e crescimento forte do lucro. Por que investidores reagem mal ao balanço?

21 de fevereiro de 2025 - 11:21

Nubank surpreendeu com um crescimento forte do lucro e da rentabilidade, além de um recorde de receitas, mas deixou a desejar no que diz respeito à margem financeira

SD Select

Duas ações recomendadas para se beneficiar da alta da Selic e do dólar; descubra quais são

21 de fevereiro de 2025 - 8:00

A analista Larissa Quaresma destaca duas oportunidades com grande potencial de valorização, além de outras recomendações para investir agora

SEXTOU COM O RUY

A Vale (VALE3) está barata demais? Mesmo com prejuízo, mineradora oferece brinde aos acionistas — e você também pode aproveitar

21 de fevereiro de 2025 - 6:11

Certamente, a tese de Vale é muito menos sexy do que a da inteligência artificial. Por outro lado, quando muito pessimismo já está precificado, a chance de o mercado ser surpreendido negativamente também diminui e abre portas para reações positivas fortes como a de ontem (20)

HORA DE COLOCAR NA CARTEIRA

Por que comprar ações da Rede D’Or (RDOR3) agora? Bank of America dá 6 motivos para ficar otimista com a empresa de saúde

20 de fevereiro de 2025 - 18:21

Banco norte-americano vê potencial de valorização de 17% para o papel, mas essa não é a única razão para RDOR3 ser eleita a queridinha do setor

BALANÇO

Nubank (ROXO34) atinge lucro líquido ajustado de US$ 610,1 milhões no 4T24, enquanto rentabilidade chega a 29%

20 de fevereiro de 2025 - 18:13

Em 2024, a fintech somou um lucro líquido ajustado de US$ 2,2 bilhões, crescimento de 84,5% em relação a 2023

COM A PALAVRA, A GESTÃO

Banco do Brasil (BBAS3) é “muito melhor que o Itaú”: Diretor financeiro revela por que as ações do banco estatal operam com desconto

20 de fevereiro de 2025 - 14:45

Na visão do CFO, o BB é um ativo “muito peculiar”, com mais de 200 anos e que consegue entregar rentabilidades comparáveis aos seus pares privados

SD Select

Vale (VALE3) é uma boa aposta agora? Apesar do prejuízo milionário, a mineradora vai pagar dividendos, JCP e recomprar ações; veja recomendação de analista

20 de fevereiro de 2025 - 14:00

Analista de ações dá veredito sobre o que fazer com as ações da Vale (VALE3) após a divulgação dos resultados do 4º trimestre de 2024 da mineradora

A VISÃO DO EXECUTIVO

CEO conta os planos da Vale (VALE3): dividendos extraordinários, recompra de ações e aquisições que mexem com o bolso do investidor

20 de fevereiro de 2025 - 13:51

Executivos da mineradora liderados por Gustavo Pimenta comentam o resultado financeiro do quarto trimestre de 2025, que trouxe prejuízo, mas também notícias boas para quem tem ou quer comprar o papel

NÃO PERDEU O BRILHO

O mercado exagerou? Bancão recomenda a compra dos papéis da 3tentos (TTEN3) mesmo após queda de 13% das ações na bolsa

20 de fevereiro de 2025 - 13:17

Os investidores vêm penalizando a 3tentos (TTEN3) por conta de uma decisão do governo sobre a taxa obrigatória da mistura de biodiesel no diesel

REAÇÃO AO RESULTADO

Por que as ações do Banco do Brasil (BBAS3) caem na B3 mesmo após o lucro de R$ 9,6 bilhões no 4T24?

20 de fevereiro de 2025 - 12:22

Para agentes do mercado, trata-se parcialmente de um movimento de realização de lucros — mas a correção não é o único fator que pressiona os papéis do BB hoje

COMPRAR OU VENDER

Dividendos extraordinários no horizonte? Por que as ações da Vale (VALE3) sobem mais de 4% após prejuízo no 4T24

20 de fevereiro de 2025 - 11:10

Junto com o resultado financeiro dos últimos três meses do ano, a mineradora também anunciou proventos e recompra de ações — o que agradou o mercados, mas não foi só isso

SD Select

Magazine Luiza (MGLU3) saltou e foi destaque do Ibovespa na semana, mas não é uma das 10 ações mais recomendadas agora, segundo analista

20 de fevereiro de 2025 - 10:00

Analista de ações dá preferência para papéis de empresas de setores menos afetados pelos juros altos e que se beneficiam da valorização do dólar frente ao real

PRESSÃO COMPRADORA

Por trás da disparada das ações da Oncoclínicas (ONCO3), gestora de “situações especiais” abocanha nova fatia na empresa 

19 de fevereiro de 2025 - 19:37

A Latache, gestora de Renato Azevedo, agora possui 6,84% do capital social da Oncoclínicas, equivalente a cerca de 44,6 milhões de ações ONCO3

EXIGÊNCIA ALTA

O que o futuro reserva para a XP (XPBR31): BTG e UBS BB apontam as pedras no caminho e dizem se vale ter o papel na carteira

19 de fevereiro de 2025 - 19:32

Após o balanço do 4º trimestre de 2024 revelar crescimento sólido, analistas falam da capacidade da corretora de sustentar a competitividade

Saúde (do bolso)

Coca-Cola saudável? Gigante investe em mercado milionário de refrigerantes prebióticos com nova marca

19 de fevereiro de 2025 - 19:16

Anúncio realizado essa semana antecipa lançamento do Simply Pop, linha de prebióticos que é aposta da gigante das bebidas para abocanhar segmento de US$ 820 milhões

RESULTADO

Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro de R$ 37,9 bilhões em 2024 e rentabilidade supera 21% no 4T24, mas peso do agronegócio continua

19 de fevereiro de 2025 - 18:37

Enquanto a lucratividade e a rentabilidade chamam a atenção positivamente no 4T24, a inadimplência do agronegócio pressionou o resultado; veja os destaques

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar