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Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

DIAS DIFÍCEIS

Qual o remédio para superar a concorrência? Ações da Novo Nordisk despencam 8% com enxurrada de más notícias — inclusive, vindas do Brasil 

A concorrente Eli Lilly obteve sucesso no primeiro teste avançado de suas pílulas para perda de peso, enquanto a Novo Nordisk acumula resultados decepcionantes

Monique Lima
Monique Lima
17 de abril de 2025
11:56
Sede da Novo Nordisk, em Bagsværd, na Dinamarca
Imagem: Montagem Canva Pro/ Imagem: Divulgação Novo Nordisk/ Shutterstock

2025 tem se mostrado um ano difícil para a Novo Nordisk (N1VO34), fabricante de Ozempic e Wegovy. A farmacêutica dinamarquesa perdeu o posto de empresa mais valiosa da Europa após a derrocada de 27% de suas ações em março — seu pior desempenho mensal desde 2002 —, e viu os resultados de seu novo medicamento para perda de peso e diabetes darem muito errado. 

Agora, precisa lidar com o sucesso de sua concorrente americana. 

Nesta quinta-feira (17), a farmacêutica Eli Lilly anunciou que sua pílula diária contra obesidade atingiu as metas do primeiro teste em estágio avançado. Pacientes com diabetes tipo 2 registraram queda nos níveis de açúcar no sangue e perda de peso corporal, com uma segurança comparável às injeções que já são populares no mercado. 

Em Nova York, as ações da Eli Lilly (LLY) subiam 12,98% às 11:30 (horário de Brasília). 

Em contrapartida, os papéis da Novo Nordisk (NVO) perdiam 8,01% de valor no mesmo horário. 

Os dados da Eli Lilly eram muito aguardados pelo mercado. A possibilidade de uma pílula diária — chamada orforglipron — em alternativa às injeções semanais pode ampliar o mercado de consumidores por ser mais conveniente, além de mais fácil e barata de fabricar. 

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Tudo isso representa uma vantagem competitiva muito grande em relação à Novo Nordisk e outros rivais que tentam adentrar este mercado, como a Pfizer. 

Há pouco mais de um mês, a farmacêutica dinamarquesa veio ao mercado para dizer que os testes do CagriSema, seu novo medicamento para obesidade, apresentou dados insatisfatórios. 

Em dezembro, a empresa já tinha anunciado que o índice de perda de peso e redução de açúcar no sangue com o medicamento em teste tinham sido menores do que a meta, porém com pouca diferença na margem. Já em março, os resultados foram piores do que os de dezembro. 

O resultado da Eli Lilly foi apenas o primeiro de muitos estágios que ainda devem se seguir: pelo menos cinco ensaios clínicos para diabetes e dois estudos sobre obesidade. 

A empresa espera solicitar a aprovação regulatória da pílula diária para obesidade até o final do ano e para diabetes em 2026.

Se aprovado, o orforglipron poderá aumentar a acessibilidade de pacientes ao tratamento de ambas as doenças, além de aliviar a escassez de suprimentos das injeções que se tornaram tão populares no mercado. 

A pílula “poderia ser facilmente fabricada e lançada em larga escala para uso por pessoas em todo o mundo”, disse a Eli Lilly no comunicado ao mercado. 

Brasil dificulta para a Novo Nordisk e Ozempic

Se com novos medicamentos está difícil, com os consolidados ficou um pouco mais complicado também — pelo menos no Brasil. 

Na quarta-feira (16), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que passará a ser obrigatória a retenção da receita médica para venda dos medicamentos Ozempic, Wegovy, Saxenda e outros similares, utilizados para diabetes e emagrecimento. 

Até então, esses medicamentos de tarja vermelha não exigiam a retenção da receita, apenas sua apresentação. Porém, é comum que sejam vendidos sem a apresentação do pedido médico.

A medida afeta particularmente a Novo Nordisk: Ozempic, Wegovy e Saxenda são todos medicamentos de fabricação da dinamarquesa. 

O Mounjaro, da Eli Lilly, ainda não é comercializado no Brasil. A previsão é que entrará em circulação a partir de junho deste ano. 

A mudança na regra ocorreu após o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgar uma carta em que os médicos expressavam a necessidade de um maior controle em relação às prescrições desta classe de medicamentos. 

Com 34% de participação no mercado de tratamento de diabetes, a Novo Nordisk ainda domina o setor — e o Brasil é apenas uma parcela pequena. 

Entretanto, ganhar espaço no nosso país está nos planos da empresa. A farmacêutica, que já tem fábricas em Minas Gerais, quer dobrar o tamanho das suas instalações no país. Em março, a Novo anunciou um investimento de R$ 6,4 bilhões para expandir as fábricas — e as novas unidades devem trabalhar com a produção de enzimas utilizadas nos medicamentos em questão

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