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Anna Larissa Zeferino
Anna Larissa Zeferino
Jornalista no mercado financeiro desde 2022. Pós-graduanda em Economia, Investimentos e Banking pela Universidade de São Paulo (ESALQ-USP). Escreve para os portais Seu Dinheiro e Money Times, e já passou por casas como Itaú BBA e XP.
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Americanos começam a votar, Kamala desponta e Trump pode ‘fugir da reta’: veja resumo dos últimos dias nas eleições dos EUA

Pleito nos EUA é determinante para o mercado de investimentos; fique informado a respeito dos desdobramentos

Anna Larissa Zeferino
Anna Larissa Zeferino
25 de setembro de 2024
12:00 - atualizado às 13:28
Eleições Americanas EUA Kamala Harris Donald Trump
Imagem: iStock.com/RobinOlimb/Douglas Rissing (Montagem Seu Dinheiro)

A semana que se passou trouxe desdobramentos interessantes em relação às eleições presidenciais nos Estados Unidos. Dentre eles, podemos destacar três:

  • A votação já se iniciou em alguns estados;
  • Trump se recusa a participar de um próximo debate;
  • Kamala Harris lidera pesquisas pela primeira vez.

Esta é uma novela permeada de incertezas, cuja resolução realmente só virá em seu último capítulo, no dia 5 de novembro. Mas você pode conferir um pouco mais sobre as atualizações até agora.

Donald Trump recusa convite para próximo debate

A campanha de Kamala Harris afirmou em nota no último sábado (21) que aceitou um convite da rede CNN para um novo debate entre Harris e Donald Trump, previsto para o dia 23 de outubro.

Harris publicou em sua conta no X (antigo Twitter): “Eu aceitarei de bom grado um segundo debate presidencial em 23 de outubro. Espero que Donald Trump junte-se a mim”.

Porém, em comício na Carolina do Norte no mesmo dia, Trump disse que não participaria de um próximo debate.

“Ela participou de um debate, eu participei de dois. É tarde demais para fazer mais um. Eu adoraria, [...] mas é tarde demais, a votação já começou. Os eleitores já estão na ativa”.

Nota-se que Trump incluiu o debate entre ele e Joe Biden em seu cálculo.

A líder da campanha de Kamala Harris, Jen O’Malley Dillon, afirmou em nota que Trump “não deveria ter problema algum em aceitar o [próximo] debate”, visto que o ex-presidente afirma ter sido o “vencedor” do último. Além disso, não há precedentes na história para apenas um único debate entre presidenciáveis em ano eleitoral.

Trump reforça o discurso de que “venceu” o debate do último dia 10 de setembro até agora, entre seus apoiadores.

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Sim, a votação nas eleições americanas já começou

Na última sexta-feira (20), três estados americanos (Dakota do Sul, Minnesota e Virginia) abriram oficialmente as votações para a eleição presidencial.

Nos EUA (assim como em outros países), o “voto antecipado” é possível. Ou seja, mesmo que o dia oficial das eleições seja 5 de novembro, alguns estados oferecem aos eleitores datas já a partir deste mês, para que votem presencialmente ou pelos correios.

Porém, considerando que a parcela de eleitores que vota com antecedência é pequena, fora os que ainda estão indecisos, o voto antecipado não impede a realização de um novo debate, como Trump deixou a entender. 

Pela primeira vez, pesquisas mostram Kamala à frente nas pesquisas

Ao longo da semana passada, 14 novas pesquisas eleitorais foram divulgadas nos EUA. Em todas elas, há empate técnico ou Kamala Harris à frente de Donald Trump – mas nunca Trump na liderança por margem isolada.

Um novo debate poderia ser a chance de Trump reverter este cenário. Mas, indo na contramão de sua própria postura historicamente mais agressiva, o ex-presidente prefere se abster e focar no eleitorado que já é seu. 

A pesquisa que aponta maior distância entre os candidatos é a da empresa Morning Consult, na qual Harris aparece com 51% das intenções de voto, versus 46% de Trump. 

Dentre as outras pesquisas, figuram, inclusive, encomendas de grandes nomes da imprensa, como The New York Times, Fox News e a britânica The Economist. Pelas projeções da primeira, Harris pode estar à frente não só no voto popular, mas também no número de delegados para o colégio eleitoral. 

Vale lembrar que a eleição nos EUA não é decidida pelo maior percentual do voto popular, e sim pelo número de representantes que cada candidato conseguir para si em um colégio eleitoral.

Porém, a formação do colégio eleitoral caminha próxima aos números do voto civil em estados estratégicos do país – aqueles que podem dar ao candidato o maior número de delegados.

Até hoje, houve apenas cinco eleições na história dos EUA em que o presidente eleito conquistou a maioria no colégio eleitoral sem conquistar a maioria popular – a de Donald Trump, em 2016, foi uma delas.

A seis semanas das eleições americanas, incertezas ainda dominam

Esta é, de longe, uma das eleições americanas mais acirradas das últimas décadas. A seis semanas do dia final, ainda não há um candidato favorito a vencer – e a incerteza domina. 

Mas a incerteza não se dá puramente em relação ao nome que assumirá a Casa Branca, mas sim, nas implicações que isso traz, especialmente para quem investe.

Afinal de contas, engana-se quem pensa que o próximo presidente dos Estados Unidos não fará toda a diferença para o rumo dos investimentos mundo afora. 

Além de ainda serem a maior economia do planeta, os EUA:

  • Possuem as maiores empresas e bolsas de valores;
  • Emitem a moeda fiduciária mais importante do mundo, o dólar;
  • Ofertam a taxa de juros mais relevante do mercado, considerada a referência livre de risco.

Evento com maiores especialistas do mercado discute o futuro da economia pós-eleições americanas

Pensando na importância da eleição americana para o investidor, o Market Makers, um dos maiores hubs de conteúdo financeiro do Brasil, dedicará seu próximo evento especial exclusivamente a este tema.

Em parceria com o Seu Dinheiro, o fórum “Eleições Americanas: o futuro em jogo” será gratuito e online e reunirá, nos dias 15, 16 e 17 de outubro, os maiores especialistas brasileiros em relações internacionais e investimentos globais para:

  1. Discutir o futuro da geopolítica pós-eleições americanas;
  2. Mapear as oportunidades de investimento que surgem com Kamala ou Trump na presidência. 

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