‘O criptomercado pode mudar o jogo da economia’: Bernardo Srur, CEO da ABCripto, indica que importância do setor vai além de comprar Bitcoin
Responsável pelo projeto de autorregulação do mercado cripto no Brasil, Bernardo Srur acredita que a criptoeconomia pode proporcionar inclusão financeira
O Bitcoin está caminhando para ser o melhor investimento de 2024. No acumulado do ano, a principal criptomoeda do mundo já valorizou mais de 150% e superou a marca histórica dos US$ 100 mil.
Além disso, o BTC vem ganhando status como reserva de valor, especialmente após o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que pretende criar uma reserva estratégica de Bitcoin.
Levando em conta todos esses fatores, fica fácil entender por que cada vez mais investidores se interessam pelas criptomoedas.
Contudo, para Bernardo Srur, CEO da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), a importância desse mercado vai além da chance de buscar lucros com moedas específicas e “pode mudar o jogo econômico” nos próximos anos.
O CEO da ABCripto é um dos convidados do Onde Investir em 2025, evento organizado pelo Seu Dinheiro em parceria do Money Times. Entre os dias 14 e 16 de janeiro, nomes importantes do mercado financeiro brasileiro vão se reunir para trazer insights e recomendações para o investidor começar bem o ano.
No evento, Bernardo Srur vai dar mais detalhes de como o Brasil está posicionado neste mercado e o que os investidores podem esperar para 2025.
ONDE INVESTIR EM 2025: VEJA O QUE ESPERAR DO CRIPTOMERCADO
De desenvolvedor web a co-criador da autorregulação do setor de criptomoedas: conheça a trajetória de Bernardo Srur
O CEO ABCripto sempre foi um apaixonado por tecnologia. Ele começou a realizar seus primeiros trabalhos como desenvolvedor web aos 13 anos e, mais tarde, graduou-se em Tecnologia da Informação.
Bernardo aponta que, desde 2013, já acompanhava o desenvolvimento da tecnologia cripto. Contudo, a relação com o mercado só veio a acontecer anos depois, quando Srur passou a atuar com governança de TI.
Atuando nesta àrea, Srur teve a oportunidade de participar de auditorias em empresas do setor financeiro, o que o levou a se especializar em compliance.
Ao longo da sua carreira no setor, dentre os diversos projetos de que participou, em 2017, Bernardo foi um dos executivos à frente do processo de fusão entre a Cetip e BVMF, que resultou na B3 que conhecemos hoje.
Foi acompanhando o desenvolvimento da tecnologia cripto, em especial a blockchain, e vivenciando o mercado em seu dia a dia, que Bernardo Srur começou a entender o “potencial que isso [criptomercado] tinha de mudar a dinâmica econômica”.
Assim, ele começou a se aprofundar no conhecimento sobre o criptomercado e, em 2018, participou da criação da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto).
Bernardo explica que a associação nasceu em um momento em que a criptoeconomia no Brasil estava em xeque. Os ativos estavam despencando, o que causava temor no mercado, e “existia uma pressão para mostrar maturidade no setor”, explica.
Nesse sentido, o objetivo da ABCripto é “trazer desenvolvimento e organização para o setor”. Assim, ao longo dos anos a associação vem trabalhando para criar meios para que o mercado de criptoativos seja mais seguro para os investidores.
Uma das principais contribuições da ABCripto é justamente a criação do projeto de autorregulação dos players desse mercado.
Bernardo Srur foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto que resultou em normas para que as exchanges e empresas que desejam atuar nesse setor possam agir de maneira transparente.
De acordo com o CEO da ABCripto, esse mercado está em franca expansão e inclusive já supera a B3 em número de investidores. Na visão de Srur, boa parte disso se deve ao fato de o Brasil ser reconhecido como um dos pioneiros no que diz respeito à regulamentação do mercado cripto.
Contudo, quando o assunto é o futuro, Bernardo aponta que a criptoeconomia pode oferecer muito mais do que a capacidade de investir em ativos com alto potencial de valorização.
Qual a visão de Bernardo Srur para o criptomercado nos próximos anos?
“O maior benefício da criptoeconomia no Brasil é a inclusão financeira”. Essa é a percepção de Bernardo Srur a respeito do emprego da tecnologia desse setor na nossa economia.
De acordo com o CEO da ABCripto, o mercado financeiro brasileiro ainda é restrito pois, em muitos casos, a pessoa física precisa ter uma quantia considerável de dinheiro para ter acesso a certos produtos.
Entretanto, ele explica que em uma economia ligada ao sistema blockchain o investidor poderia ter acesso a diferentes classes de ativos de forma fracionada. Ou seja, a criptoeconomia poderia tornar o mercado financeiro ainda mais acessível.
Bernardo Srur e outros nomes importantes desse setor vão discutir durante o programa Onde Investir 2025 o que está no radar do mercado cripto brasileiro para o próximo ano e como os players domésticos pretendem atuar para que esse segmento seja cada vez mais acessível aos investidores.
Para participar do evento, basta fazer o seu cadastro gratuito clicando no botão abaixo:
*Com informações de ABCripto e MetaCast