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Micaela Santos

Micaela Santos

É repórter do Seu Dinheiro. Formada pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), já passou pela Época Negócios e Canal Meio.

DIVERSIFICANDO A CARTEIRA

Renda fixa do mês: os melhores títulos públicos e privados para investir em julho, segundo o Santander, BTG e XP

Bancos apostam nos prefixados e atrelados à inflação para o mês, mas atrelados à Selic e ao CDI ainda seguem atrativos pela falta de perspectiva de queda de juros até o final do ano

Micaela Santos
Micaela Santos
5 de julho de 2024
18:10 - atualizado às 18:29
renda fixa taxa selic CAPA SD
Imagem: Adobe Stock

Em meio às oscilações de mercado e incertezas do cenário macroeconômico, a renda fixa é uma das opções favoritas dos investidores que procuram segurança e bons retornos.

No mês de junho, o mercado repercutiu o ambiente desafiador quanto à trajetória de juros dos Estados Unidos, que deixou o investidor mais cético em relação ao alívio das taxas. 

Por aqui, o destaque foi a decisão do Banco Central (BC) de interromper o ciclo de cortes de juros em 10,50% ao ano na última reunião do seu Comitê de Política Monetária (Copom).

Mesmo com o cenário de incertezas sobre os cortes de juros nos EUA e como eles repercutiriam por aqui, o Santander, o BTG Pactual e a XP Investimentos recomendam uma série de títulos prefixados e atrelados à inflação para investir em julho.

No entanto, títulos atrelados à Selic e ao CDI, como o título público Tesouro Selic e alguns CDBs e CRAs pós-fixados ainda seguem atrativos para alocação, e não apenas para a reserva de emergência, pela falta de perspectiva de queda de juros até o final do ano. 

Confira os títulos recomendados pelo Santander, BTG Pactual e XP Investimentos

Santander: Tesouro IPCA+ 2035 para proteção contra a inflação

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Com rentabilidade real, ou seja, protegida contra a alta da inflação, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 é a escolha do Santander para o mês de julho. Segundo o banco, a aplicação é indicada para o investidor que deseja fazer poupança de médio ou longo prazo, inclusive para aposentadoria. Entre as desvantagens, no entanto, está a marcação a mercado, que pode levar o papel a se desvalorizar quando os juros futuros (e suas taxas) avançam. O título está disponível no Tesouro Direto com rentabilidade de IPCA + 6,32% ao ano.

XP Investimentos: títulos públicos para diferentes cenários de juros

Entre os títulos atrelados à taxa básica de juros, o Tesouro Selic 2027, com rentabilidade composta pela Selic +  uma taxa de 0,0756% ao ano, foi a escolha do mês da XP Investimentos. A projeção da XP é de que a taxa encerre os anos de 2024 e 2025 em 10%. 

“Apesar da redução esperada, os ativos pós-fixados devem continuar a se beneficiar do nível da taxa básica, ainda acima da inflação projetada”, afirma a corretora, em relatório. Por conta disso, a XP indica o Tesouro Selic para a reserva de emergência ou gestão de caixa. 

Outro título público escolhido pela XP é o Tesouro Prefixado 2026, que oferece uma rentabilidade de 11,01% ao ano. Por ter uma taxa fixa de retorno sobre os investimentos, esse título prefixado é benéfico em cenários de expectativa de baixa de juros, segundo a corretora. “Além disso, esses ativos são recomendados para quem busca previsibilidade, independentemente da expectativa para os juros no futuro”.

Por fim, o último título público indicado é o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais com vencimento para 2028. Neste título, a rentabilidade é predeterminada em forma de uma taxa de juros, mas também corrigida por um índice de inflação, o IPCA. Neste caso, o título paga uma rentabilidade calculada pelo IPCA + 6,01% ao ano. 

A expectativa da XP é de que a inflação brasileira encerre o ano de 2024 em 3,7% e 2025 em 4,0%. Por conta disso, a corretora enxerga a importância de manter uma parcela de ativos da carteira atrelados à inflação para proteção contra seu efeito ao longo do tempo, “especialmente considerando a imprevisibilidade em relação à sua trajetória em prazos mais longos.”

Vale lembrar que o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2028 e o Tesouro Prefixado 2026 não estão disponíveis no Tesouro Direto, apenas no mercado secundário, via mesa de operações da corretora, onde são negociados como NTN-B 2028 e LTN 2026, respectivamente. Os títulos de vencimento mais próximos no Tesouro Direto hoje são o Tesouro IPCA+ 2029 e o Tesouro Prefixado 2027.

Para quem estiver em busca de mais rentabilidade na carteira de renda fixa, a corretora também recomenda a debênture da Energisa (ENGIB9) com vencimento em setembro de 2033, que oferece IPCA + 6,2%. Apesar da volatilidade alta, a debênture de um dos principais grupos privados do setor elétrico do Brasil é indicado como boa alternativa de rentabilidade elevada para quem pode carregar o título até o vencimento, além de ser isenta de imposto de renda. 

Entre os títulos emitidos por bancos e com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a escolha é o CDB do PagBank com vencimento para outubro de 2025 – e que pode render até 107,25% CDI. A corretora destaca a diversificação do portfólio de atuação da empresa e a redução da taxa de inadimplência entre as vantagens de se investir no título de renda fixa do banco digital. 

Por fim, a XP indica o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) da Cyrela (CYRE3) com vencimento em abril de 2031, que paga até 104,6% CDI. A corretora destaca a baixa alavancagem e a geração de caixa positiva da construtora, mas a exposição à atividade econômica é um dos pontos de atenção levantados.

BTG Pactual: Títulos isentos de imposto de renda atrelados à inflação e ao CDI

A lista de títulos de crédito privado isentos de imposto de renda do BTG para o mês de julho inclui uma carteira variada de debêntures incentivadas, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) indexados tanto ao CDI quanto ao IPCA.

Em seu relatório, o banco selecionou ativos de setores variados, como Transporte e Logística, Educação, Concessão Rodoviária, Óleo & Gás, Energia e Saneamento.

Entre as debêntures recomendadas, os títulos da Iguá Rio de Janeiro (IRJS14 / IRJS15) possuem a maior rentabilidade, com um retorno de IPCA + 7,43% ao ano para o vencimento em fevereiro de 2044 e de IPCA + 7,26% ao ano para o título com vencimento para 2043. Entre os atrativos da companhia de saneamento estão a recente classificação da agência de classificação de risco S&P para a nova emissão de debêntures, reiterando a alta qualidade de seu crédito. 

O CRI da Cogna Educação é outro ativo recomendado para uma estratégia moderada, na visão dos analistas do BTG Pactual. O investimento possui vencimento em julho de 2029 e uma rentabilidade composta por IPCA + 7,27% ao ano. Segundo o banco, a empresa líder no setor de educação em base de alunos possui diversificação das linhas de negócio em diferentes segmentos de ensino e alavancagem moderada. 

Já o CRA da Minerva também está entre as Top Picks do BTG. Com vencimento para setembro de 2028, o título possui uma rentabilidade composta pelo CDI + 0,80% ao ano para uma estratégia moderada de investimento. 

De acordo com o banco, a companhia do setor de frigoríficos possui um longo histórico de sucesso na integração de plantas adquiridas e um prêmio de crédito atrativo. Além disso, a atual conjuntura favorece as exportações de carne bovina da companhia. 

Confira a tabela com a rentabilidade de cada título recomendado

InvestimentoRetorno anual para quem adquirir o papel hoje e o levar ao vencimento
CRA Armac (CRA022007KH)N/D
CRI Cogna (22E1321749)IPCA + 7,27% ao ano
Debênture Eletrobras (ELET14)IPCA + 6,08% ao ano
Debênture 3R Petroleum (RRRP13)IPCA + 7,14% ao ano
Debênture Rota das Bandeiras (CBAN12)IPCA + 6,39% ao ano
Debênture Comerc (COMR14)IPCA + 6,70% ao ano
Debêntures Iguá Rio de Janeiro (IRJS14 / IRJS15)IPCA + 7,43% ao ano / IPCA + 7,26% ao ano
CRA Madero (CRA02300MZT)N/D
CRA Minerva (CRA02300MJ9)CDI + 0,80% ao ano
CRA JSL (CRA024001P7)N/D
Debênture Origem Energia (ORIG21)13,16% ao ano
Tesouro IPCA 2035*IPCA + 6,37%
Tesouro Selic 2027Selic + 0,0756% 
Tesouro Prefixado 2026*11,01%
Tesouro IPCA+ Juros Semestrais 2028*IPCA+ 6,01%
CDB PagBank*107,25% CDI
Debênture Energisa (ENGI11)*IPCA + 7,5%
*As taxas correspondem ao relatório divulgado pela XP no dia 1 de julho e estão sujeitas a variações diariamente

Fonte: BTG Pactual, XP Investimentos e Tesouro Direto

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