O que comprar na renda fixa em janeiro: título do Tesouro Direto é destaque da carteira da Genial, que inclui também LCA de bancão
Analistas apostam nos títulos indexados à inflação com vencimentos de até cinco anos, não apenas para o mês, como para o ano; veja todas as recomendações
Os ativos de renda fixa indexados à inflação têm tudo para ser as estrelas de 2024 nesta classe de ativos, de acordo com analistas e gestores que acompanham este mercado, como já mostramos nesta reportagem da série Onde Investir.
Depois da grande valorização dos prefixados no ano passado, com a descompressão da curva de juros nominais no país, os especialistas acreditam que esse tipo de investimento perdeu grande parte da sua atratividade.
A curva de juros reais (acima da inflação), entretanto, ainda não viu tanto alívio, o que deve vir neste ano, com o início do afrouxamento monetário nos Estados Unidos e a continuidade da queda da Selic no Brasil – talvez até com mais intensidade que o esperado.
Este cenário abre caminho para uma valorização dos títulos de renda fixa indexados à inflação, e é por esta razão que eles são a grande estrela da primeira carteira recomendada de renda fixa do ano da corretora Genial Investimentos.
"A classe de ativos que mais gostamos no universo da renda fixa são os títulos atrelados à inflação, por avaliar que o movimento de queda na inflação implícita ter acontecido em grande parte por queda nos juros nominais, que no relativo perdeu atratividade", diz o relatório da Genial, assinado pelos analistas Andre Fialho e Felipe Mattar.
Tesouro IPCA+ de 5 anos: o preferido
Neste universo, o ativo preferido da corretora é um título do Tesouro Direto com vencimento em cinco anos, o Tesouro IPCA+ 2029, que hoje está pagando um retorno de 5,30% ao ano + IPCA, ao fim do prazo. E não apenas para janeiro, mas para 2024 como um todo.
Leia Também
Para os analistas, o corte de juros nos EUA deve começar no fim do primeiro trimestre e pode levar o Banco Central brasileiro a cortar a Selic mais do que o esperado, o que beneficiará os títulos indexados à inflação com prazo de cinco anos.
"Em nossa visão os títulos mais longos estão com pouco prêmio, pois é apenas uma questão de tempo para o mercado focar com mais detalhe no problema fiscal, especialmente porque haverá eleição municipal em outubro, que será o primeiro teste para a administração e sua intenção de se reeleger em 2026, e isso pode gerar um stress maior no trecho longo da curva", escrevem Fialho e Mattar.
- Leia também: O que comprar no Tesouro Direto em janeiro: chegou a hora dos títulos atrelados à inflação? Veja as indicações
Investimentos indexados ao CDI continuam atrativos
Dado que a Selic e o CDI permanecem elevados, investimentos pós-fixados indexados às taxas de juros continuam atrativos, na visão da Genial, pois ainda remuneram acima da inflação.
Os analistas projetam um CDI médio de 10% para 2024, com uma inflação por volta de 4%, o que resulta num retorno real de 6% com baixo risco.
"A alocação em ativos indexados ao CDI segue tendo relevância para um portfólio equilibrado. Além disso, a liquidez da classe facilita rotação para a bolsa por exemplo, movimento visto fortemente nestes últimos meses", diz o relatório.
A carteira recomendada de renda fixa para janeiro
Esse tipo de ativo é representado na carteira recomendada de renda fixa da Genial pela Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) do BTG Pactual, incluída na seleção para o mês de janeiro.
O título com vencimento em um ano está pagando 92% do CDI e é uma maneira de o investidor manter "exposição a um banco sólido e com baixo risco de crédito".
Foram retirados da carteira os ativos prefixados de vencimento curto, uma vez que os juros futuros de prazos mais curtos já projetam uma Selic de 9% ao final de 2024, o que na visão da Genial está próximo do que o BC deve entregar neste ano.
O relatório frisa, no entanto, que trocas na carteira não representam uma necessidade de venda dos ativos que foram retirados.
ONDE INVESTIR EM 2024: AÇÕES, RENDA FIXA, DIVIDENDOS, FIIS, BDRs E CRIPTOMOEDAS - INDICAÇÕES GRÁTIS
Troca de debêntures
A Genial retirou da carteira as debêntures de PRIO (ex-PetroRio) e Copel e incluiu a debênture incentivada de MetrôRio e o ETF de renda fixa B5P211.
A debênture da empresa responsável pela operação do Metrô da cidade do Rio de Janeiro vence em dezembro de 2031 e paga juros semestrais. Sua remuneração até o vencimento atualmente é de 7,30% ao ano + IPCA, isento de imposto de renda.
Já o B5P211 é um ETF (fundo de índice com cotas negociadas na bolsa) atrelado a um índice composto por títulos públicos com vencimentos de até cinco anos.
Segundo a Genial, assim como o Tesouro IPCA+ 2029, esses dois ativos vão ao encontro da sua preferência por ativos de juro real de vencimento mais curto. "E ambas se equilibram dentro do patamar de duration que acreditamos ser o sweet spot da curva de juros reais", escrevem os analistas.
Carteira recomendada de renda fixa da Genial para janeiro
Ativo | Retorno anual no vencimento | Tributação | Classificação de risco |
Título público Tesouro IPCA+ 2029 | 5,30% + IPCA | De 22,5% a 15% (tabela regressiva) | - |
Debênture do MetrôRio | 7,30% + IPCA | Isenta de IR | brAA+ |
ETF B5P211 | 5,61% + IPCA | De 15% | - |
LCA do Banco BTG Pactual | 92% do CDI | Isenta de IR | AAA |
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Mistério detalhado: Petrobras (PETR4) vai investir 11,9% a menos em 2025 e abre janela de até US$ 55 bilhões para dividendos; confira os números do Plano Estratégico 2025-2029
Já era sabido que a petroleira investiria US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos, um aumento de 8,8% sobre a proposta anterior; mercado queria saber se o foco seria em E&P — confira a resposta da companhia
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Bitcoin atinge US$ 93.925: Black Rock lança opções de ETF de bitcoin na Nasdaq impulsionando moeda a novo recorde
Gestora global de investimentos enfrentou desafios para regularizar opções na Nasdaq – demora valeu a pena e está impulsionando bitcoin a novos patamares históricos
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores