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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
NOVO ETF DE RENDA FIXA

Após polêmica com tributação, gestora do LFTS11 lança ETF de Tesouro Selic com IR mais baixo; mas serve para reserva de emergência?

Gerido pela Investo, LFTB11 começa a ser negociado na B3 nesta terça-feira (05) e conta com uma pequena parcela da carteira alocada em Tesouro IPCA+

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
5 de novembro de 2024
8:00 - atualizado às 23:59
Montagem de um leão deitado sobre pilhas de moedas, representando os títulos isentos de Imposto de Renda
Após o LFTS11 precisar ser enquadrado na alíquota mais alta de IR para ETFs de renda fixa, LFTB11 visa a sanar os problemas do seu "irmão mais velho" para ser tributado sempre a 15%. - Imagem: Dall E/ChatGPT

A Investo – gestora do ETF de Tesouro Selic LFTS11, entre outros fundos de índice com cotas negociadas em bolsa – está lançando, nesta terça-feira (05), um novo ETF focado majoritariamente nos títulos públicos indexados à taxa básica de juros: o LFTB11.

Com R$ 90 milhões de patrimônio líquido, o novo fundo começa a ser negociado hoje na B3 e terá taxa de administração zero até março de 2025, quando então passará a cobrar uma taxa de 0,19% ao ano, menor que a taxa de custódia de 0,20% ao ano do Tesouro Direto.

Só que, diferentemente do LFTS11, que investe apenas em Tesouro Selic, o LFTB11 investe não só no título público indexado à taxa básica de juros, como também dedica uma pequena parte da carteira a Tesouro IPCA+, títulos públicos indexados à inflação.

O LFTB11 segue o índice de referência MarketVector Brazil Treasury 760 Day Target Duration, um indicador confeccionado especialmente para balizar a carteira deste ETF da Investo.

Segundo Cauê Mançanares, CEO da Investo, o objetivo era que a composição do índice permitisse ao ETF manter o máximo de Tesouro Selic e o mínimo de Tesouro IPCA+ possíveis no portfólio, de modo a manter o Prazo Médio de Repactuação da Carteira (PMRC), parâmetro para a tributação dos ETFs de renda fixa, sempre elevado.

Desta forma, o LFTB11 sempre se manterá enquadrado na faixa de tributação de 15%, a mais baixa para ETFs de renda fixa, independentemente do prazo que o investidor mantiver o ativo em sua carteira, diferentemente do que ocorre com o LFTS11, que por investir apenas em Tesouro Selic é tributado em 25% (mais sobre isso adiante).

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Além disso, como todo ETF, o LFTB11 não tem IOF nem come-cotas, sendo mais vantajoso tributariamente que outras aplicações de renda fixa tradicional (com exceção, é claro, dos produtos isentos de imposto de renda).

  • Entendendo a tributação dos ETFs de renda fixa: as alíquotas podem variar de 15% a 25% de acordo com o PMRC do fundo – quanto maior o PMRC, menor a alíquota: 25% para PMRC igual ou inferior a 180 dias (cerca de seis meses); 20% para PMRC superior a 180 dias e igual ou inferior a 720 dias (de cerca de seis meses a cerca de dois anos); e 15% para PMRC superior a 720 dias (mais de dois anos, aproximadamente).

"Essa é uma resposta a toda a polêmica tributária que a gente vivenciou com o LFTS11, pois ficamos mais de um ano discutindo como o imposto seria calculado, até que houve um entendimento da Secretaria do Tesouro Nacional", explicou Cauê Mançanares em entrevista ao Seu Dinheiro.

O CEO da Investo se refere ao imbróglio iniciado em julho de 2023 e esclarecido apenas no início deste ano sobre a alíquota correta para se tributar o LFTS11.

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Relembre a polêmica em torno da tributação do LFTS11

Lançado em novembro de 2022, o ETF de Tesouro Selic era tributado em 15%, uma vez que investia em títulos de prazos mais longos, e o PMRC de um fundo de índice se relaciona, grosso modo, ao prazo dos ativos da carteira.

Com uma taxa de administração inferior à taxa de custódia do Tesouro Direto (0,19% ao ano), sem come-cotas nem IOF e com IR de 15% em qualquer prazo de aplicação, o LFTS11 despontou, na época, como a melhor opção para a reserva de emergência.

Porém, em julho de 2023, uma casa de análise chamou atenção para uma portaria do Ministério da Fazenda que indicava que o prazo médio dos ativos indexados a taxas flutuantes (como Selic e CDI), conceito utilizado no cálculo do PMRC, deveria ser igual ao prazo de repactuação da taxa do ativo de referência, que no caso da Selic é de 1 dia.

Assim, a lógica de investir em títulos mais longos para se enquadrar em faixas de tributação mais baixas só valeria para papéis prefixados ou indexados à inflação, mas não para aqueles indexados à Selic. Dessa forma, ETFs que só investem em Tesouro Selic, como o LFTS11, necessariamente teriam PMRC curto, enquadrando-se na faixa de tributação mais alta: 25%.

A questão se tornou uma polêmica, na medida em que a Investo discordava dessa visão e chegou a argumentar junto à Receita Federal e ao Tesouro Nacional em favor da tributação de 15%.

Contudo, em fevereiro deste ano o Tesouro Nacional se manifestou em favor do entendimento da portaria do Ministério da Fazenda, e desde então ficou pacificado que o LFTS11 deveria ser tributado pela alíquota mais alta, o que na prática tira a sua vantagem em relação a outros produtos conservadores, notadamente para reserva de emergência.

"O LFTS11 ainda faz sentido para muita gente. Há R$ 550 milhões investidos no fundo, que captou R$ 100 milhões nos últimos três meses. Mas este novo fundo, o LFTB11, faz muito sentido para a pessoa física e jurídica", diz Mançanares.

Ele conta que a proporção entre Tesouro Selic e Tesouro IPCA+ do índice de referência do LFTB11 visa a, por um lado, manter o PMRC do ETF elevado, de forma a enquadrá-lo na alíquota de IR de 15%, por meio da adição dos títulos indexados à inflação; e, por outro, buscar uma remuneração próxima da Selic, com a menor volatilidade possível.

Atualmente, os títulos Tesouro IPCA+ que compõem o índice MarketVector Brazil Treasury 760 Day Target Duration têm vencimento em 2060 e taxa indicativa de 6,67% ao ano mais IPCA.

Nos oito anos de desempenho disponíveis para o indicador, o retorno médio foi de 101,3% do CDI, conta o CEO da Investo.

Mas o ETF LFTB11 serve para reserva de emergência?

Com uma rentabilidade próxima ao desempenho da Selic, exposição somente a risco soberano (sem risco de crédito privado), uma taxa de administração inferior à custódia do Tesouro Direto e uma tributação mais vantajosa que a de outras aplicações de renda fixa (sejam fundos ou papéis como CDBs e títulos públicos), o LFTB11 realmente se mostra bastante interessante como aplicação de renda fixa conservadora, inclusive para objetivos de curto prazo. Mas e para reserva de emergência?

Levando em consideração que a reserva de emergência destina-se a abrigar recursos que possam ser resgatados a qualquer momento para cobrir imprevistos, é importante notar que, por ter títulos Tesouro IPCA+ na carteira, o LFTB11 tem alguma volatilidade, isto é, suas cotas podem oscilar um pouco para cima e para baixo no curto prazo numa intensidade maior que as cotas do LFTS11 ou os preços do Tesouro Selic.

Segundo Cauê Mançanares, a volatilidade do LFTB11, porém, é baixa, da ordem de 1%, comparado a uma vol próxima de zero do LFTS11.

"Em um momento de mercado normal, o LFTB11 até poderia ser usado como reserva de emergência. Em alguns momentos de estresse, como foi a pandemia ou a época do impeachment da presidente Dilma Rousseff, é que a gente poderia ver mais volatilidade. Mas no dia a dia, a parcela de Tesouro IPCA+ é muito pequena para causar um impacto negativo na cota", diz o CEO da Investo.

Mançanares diz que o LFTB11 tem mais apelo para o investidor que quer investir em ativos mais conservadores, mas não sabe exatamente que título comprar no Tesouro Direto, pois já oferece alguma diversificação e proteção contra a inflação.

Para o investidor mais sofisticado, que acompanha o mercado e sabe exatamente a qual vencimento de juros deseja se expor, a compra de títulos públicos pelo Tesouro Direto ainda faz mais sentido que o ETF, diz.

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