🔴  ONDE INVESTIR EM 2025?  INSCREVA-SE GRATUITAMENTE PARA RECEBER AS INDICAÇÕES

Estadão Conteúdo
AJUSTA MAIS

Os novos gatilhos do arcabouço fiscal: Lula sanciona regras mais duras para congelamento de gastos

Além de sancionar os novos gatilhos do arcabouço fiscal, Lula vetou regras referentes a emendas parlamentares

Estadão Conteúdo
31 de dezembro de 2024
16:53 - atualizado às 13:22
lula canetada
Imagem: Mauro Pimentel/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei complementar que cria reforços ao arcabouço fiscal, prevendo disparo de novos gatilhos para congelamento de gastos em caso de piora das contas públicas.

A legislação pode ainda ajudar na amortização da dívida pública.

O texto compõe o pacote fiscal proposto pela equipe econômica e aprovado pelo Congresso e também previa novas regras para contingenciamento e bloqueio de emendas parlamentares.

Esse trecho, contudo, foi vetado por Lula por sugestão do Ministério do Planejamento, após os parlamentares terem afrouxado a proposta do Executivo.

A lei foi publicada na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial da União (DOU).

Pelo texto inicial, o governo ficaria autorizado a contingenciar e a bloquear emendas parlamentares até a mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias, limitados a 15%.

Leia Também

"Desta forma, as emendas parlamentares terão o mesmo tratamento das demais despesas discricionárias do Poder Executivo, ajustando-se às regras de funcionamento do arcabouço fiscal", dizia o texto proposto ao Congresso.

A equipe econômica de Lula já havia tentado emplacar esse bloqueio no projeto específico que criou regras para as emendas parlamentares, resultado de um acordo mediado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas não teve sucesso no Legislativo, que manteve somente a possibilidade de contingenciamento.

Por isso, houve uma nova tentativa por meio do pacote fiscal.

No entanto, a Câmara alterou o texto para determinar que a regra de bloqueio e contingenciamento valeria apenas para as emendas não obrigatórias.

"Ficam autorizados o contingenciamento e o bloqueio de dotações provenientes de emendas parlamentares não impositivas, observada a mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias, limitados a 15% (quinze por cento) do total das referidas dotações, com o objetivo de atender às disposições previstas nas normas fiscais vigentes", dizia o texto, agora vetado.

A justificativa do veto de Lula

Na justificativa do veto, sugerido pelo Planejamento, o Executivo afirma que, ao não autorizar expressamente o bloqueio e o contingenciamento das emendas impositivas, individuais e de bancada estadual, "tratadas expressamente na Constituição", o dispositivo estaria em dissonância com o entendimento do STF.

O governo Lula cita o que foi previsto no julgamento da ADPF 854, segundo o qual "quaisquer regras, restrições ou impedimentos aplicáveis às programações discricionárias do Poder Executivo se aplicam às emendas parlamentares, e vice-versa".

"Assim as emendas parlamentares teriam o mesmo tratamento de bloqueio e contingenciamento aplicável a qualquer despesa discricionária do Poder Executivo. Por conseguinte, o preceito violaria os valores constitucionais subjacentes à decisão referida, em especial o princípio da organização dos poderes estabelecido no art. 2º da Constituição", afirma na argumentação do veto.

O tratamento das emendas parlamentares está no centro de um imbróglio entre o Judiciário, o Legislativo e o Executivo.

Na segunda-feira, 30, em mais um capítulo, o ministro Flávio Dino, do STF, negou um pedido feito pelo Senado para liberar as emendas de comissão e determinou o bloqueio dos repasses, exceto os que já haviam sido empenhados até o dia 23 de dezembro.

Dino considerou que as mesmas irregularidades identificadas na Câmara, que levaram o ministro a suspender R$ 4,2 bilhões em emendas naquela Casa, ocorrem no Senado.

Gatilhos e amortização da dívida

A lei complementar do pacote fiscal sancionada por Lula nesta terça também determina que, entre 2025 e 2030, o superávit financeiro de fundos públicos só poderá ser usado para amortizar a dívida.

O texto aprovado pelo Congresso e avalizado pelo presidente também manteve os trechos que determinam que, se for constatado déficit nas contas públicas a partir de 2025, ficam vedadas a concessão, ampliação ou prorrogação de incentivos ou benefícios tributários e proibido até 2030 um aumento real nas despesas com pessoal e encargos de cada Poder e órgãos autônomos acima de 0,6%, exceto em caso de concessão judicial.

Os dois gatilhos também serão acionados se, a partir de 2027, for verificado uma redução nas despesas discricionárias em comparação ao ano anterior.

A nova lei também prevê que as despesas anualizadas decorrentes de qualquer criação ou prorrogação de novos benefícios da seguridade social pela União terão sua variação limitada à regra de crescimento real do arcabouço fiscal.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
STF X CÂMARA

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirma que dará esclarecimentos para Flávio Dino, do STF, após bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares

27 de dezembro de 2024 - 9:03

Arthur Lira ainda cobrou que os ministros do Executivo prestem esclarecimentos sobre os procedimentos adotados na distribuição dos recursos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As melhores criptomoedas de 2024 no último sextou do ano, queda nas bolsas do exterior com baixa liquidez — e dia cheio para o Ibovespa; confira

27 de dezembro de 2024 - 8:35

Na agenda do dia, os investidores acompanham a divulgação da prévia da inflação, dados da PNAD e os desdobramento do caso das emendas parlamentares

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Emendas parlamentares, remendos de feriado e investimentos na China: bolsas operam com liquidez ainda menor após Natal

26 de dezembro de 2024 - 9:07

Os investidores acompanham o custo político do bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e os novos estímulos à economia chinesa

DO MICRO AO MACRO

Campos Neto entre acertos e erros: um balanço da primeira presidência autônoma do Banco Central do Brasil

25 de dezembro de 2024 - 7:11

Depois de assumir o BC com a Selic a 6,50% ao ano, Roberto Campos Neto entrega o cargo para Gabriel Galípolo com juros a 12,25% ao ano

FECHOU A TORNEIRA

Entenda por que o ministro do STF, Flávio Dino, bloqueou mais de R$ 4 bilhões em emendas parlamentares

24 de dezembro de 2024 - 12:03

Diante da suspeita de irregularidades nas emendas, o ministro determinou a abertura de investigação pela Polícia Federal

SUCESSÃO EM PAUTA

Gleisi para presidente em 2026? Deputada comenta inclusão de nome em pesquisa

23 de dezembro de 2024 - 15:26

A possibilidade da deputada como candidata nas próximas eleições presidenciais deve aparecer em um levantamento do instituto Paraná Pesquisas

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Carta ao Presidente

23 de dezembro de 2024 - 12:24

Presidente, há como arrumar o Brasil ainda no seu mandato e evitar uma grande crise. Mas talvez essa seja sua última chance. Se esperarmos bater no emprego e na inflação para, só então, agir, pode ser tarde demais

A ÚLTIMA COLETIVA

Disparada do dólar: Campos Neto descarta ‘dominância fiscal’ ao passar bastão para Galípolo, que não vê ataque especulativo contra o real

19 de dezembro de 2024 - 15:26

Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concederam entrevista coletiva conjunta na apresentação do Relatório Trimestral de Inflação

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um quarto sem janela: Ibovespa busca recuperação de banho de sangue de olho no PIB dos EUA e no RTI

19 de dezembro de 2024 - 8:16

Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concedem entrevista coletiva conjunta depois da apresentação do Relatório Trimestral de Inflação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um ano mais fácil (de analisar) à frente

18 de dezembro de 2024 - 20:00

Não restam esperanças domésticas para 2025 – e é justamente essa ausência que o torna um ano bem mais fácil de analisar

MOEDA EM DISPARADA

O céu é o limite para o dólar: Banco Central despeja US$ 12,7 bilhões no mercado em 4 dias. Por que a moeda americana não baixa? 

18 de dezembro de 2024 - 15:55

A sazonalidade de dezembro, somada com uma tentativa de escapar de uma possível taxação, ajudaram a sustentar o câmbio elevado — mas essa não é a única explicação

CÂMBIO

Dólar a R$ 6,26: o choque de credibilidade que faz a moeda americana disparar por aqui, segundo o Itaú

18 de dezembro de 2024 - 15:20

A política monetária norte-americana e o retorno de Donald Trump à Casa Branca explicam parte da valorização do dólar no mundo, mas há muito mais por trás desse movimento

DATAFOLHA

Lula nos próximos dois anos: pesquisa mostra como os brasileiros encaram o governo daqui para frente

18 de dezembro de 2024 - 11:44

O levantamento divulgado na noite de terça-feira (17) mostrou também o índice de desaprovação do petista; confira todos os números

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hora de rever as prioridades: Ibovespa reage à ata do Copom e ao andamento da reforma tributária e do ajuste fiscal no Congresso

17 de dezembro de 2024 - 8:03

Congresso corre contra o tempo para aprovar ajuste fiscal proposto pelo governo antes do recesso parlamentar

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O porrete monetário, sozinho, não será suficiente: é necessário um esforço fiscal urgente

17 de dezembro de 2024 - 6:28

Crescente desconfiança sobre a sustentabilidade fiscal agrava desequilíbrios macroeconômicos e alimentam ainda mais o pessimismo

CONTRA A DESIDRATAÇÃO

Pacote fiscal: o último apelo de Lula para Haddad sobre os cortes de gastos

16 de dezembro de 2024 - 19:05

O presidente recebeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em sua residência nesta segunda-feira (16) para tratar das medidas fiscais

XADREZ POLÍTICO

Não quer ser presidente? Após pesquisa mostrar que Lula vence em todos os cenários, Tarcísio diz que vai tentar reeleição em 2026

16 de dezembro de 2024 - 11:27

Vale dizer que Tarcísio era apontado como um dos nomes fortes da direita por ser o queridinho do mercado financeiro por sua atuação a favor da privatização da Sabesp

PRESIDENTE FALA

Ouviu, Galípolo? Após sair do hospital, Lula volta a criticar política de juros semanas antes de novo presidente do Banco Central assumir

16 de dezembro de 2024 - 8:49

Lula foi enfático ao afirmar que a taxa de juros é “a única coisa errada” na economia brasileira atualmente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Querido Papai Noel: semana cheia conta com indicadores no exterior e local de olho em transição no BC, com Galípolo em foco

16 de dezembro de 2024 - 8:14

Além disso, na quinta-feira será divulgado o relatório trimestral de inflação do Banco Central após autarquia elevar a Selic para 12,25%

SD ENTREVISTA

Galípolo não vai ‘chutar o balde’ e é o nome certo para comandar o Banco Central, diz Belluzzo

16 de dezembro de 2024 - 6:14

Chamado de “padrinho” pelo futuro presidente do BC, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo diz o que esperar da gestão de Gabriel Galípolo à frente da autoridade monetária

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar