Efeito apagão e rejeição elevada: pesquisas mostram ‘novas narrativas’ do segundo turno entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos para prefeitura de São Paulo

O segundo turno das eleições municipais se aproxima e as pesquisas eleitorais mostram quem está à frente na corrida pela cadeira da prefeitura de São Paulo. Ricardo Nunes (MDB) segue à frente de Guilherme Boulos (PSOL), de acordo com levantamentos recentes. 

Na média das pesquisas lançadas após o primeiro turno e compiladas pelo Seu Dinheiro, o atual prefeito de São Paulo segue à frente, com 51,04% das intenções de voto, enquanto o candidato psolista segue com 34,78%. 

No entanto, a pesquisa recente publicada pela Quaest, houve uma queda na vantagem de Nunes sobre Boulos em relação a outras pesquisas. Uma possível explicação seria o recente apagão da cidade de São Paulo após uma tempestade. 

Nesta quinta-feira (17), a nova pesquisa do Datafolha de intenções de voto mostrou que, apesar das inúmeras tentativas de fazer o apagão na cidade de São Paulo colar no atual prefeito, a rejeição se movimentou. 

Com isso, a tendência é de vitória de Nunes no segundo turno das eleições municipais, que acontece em dez dias, no domingo (27). 

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Boulos supera Nunes em rejeição

Mesmo tentando no último debate fazer o apagão colar em Nunes, a rejeição do atual prefeito pouco variou em relação a outras pesquisas. 

Na média dos institutos*, Boulos segue com a rejeição mais elevada, com 53,20%, contra 37,78% de Nunes. Também houve crescimento da rejeição do atual prefeito na pesquisa Quaest, para 39%, em relação a outras encostas. 

Vale dizer que a comparação entre pesquisas eleitorais pode gerar distorções pontuais pela metodologia variada dos institutos. A comparação direta entre elas, portanto, deve ser encarada levando em conta essas diferenças. Os números utilizados nesta reportagem estarão no final deste texto com as devidas diferenças. 

Estratégias para o segundo turno

O atual prefeito adotou a estratégia de “jogo parado” nesta reta final da campanha — afinal, à frente nas pesquisas, o que importa é manter as coisas como estão. 

Por exemplo, o prefeito já faltou no segundo debate contra Guilherme Boulos nesta quinta-feira. O primeiro confronto entre os candidatos teria acontecido há uma semana, mas virou uma sabatina com o candidato psolista. 

Em comunicado distribuído pela campanha do prefeito, Nunes justificou a ausência dizendo que participará no mesmo horário de uma reunião extraordinária com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para tratar de medidas contra a próxima chuva, que deve acontecer nesta sexta-feira (18) em todo o estado.

É preciso ressaltar que Tarcísio é um dos nomes cotados para o campo da direita como potencial candidato à presidência em 2026. Seu “apadrinhamento político” é considerado fundamental para a campanha atual da maioria dos candidatos desse lado do espectro. 

Do outro lado do campo político, Boulos admitiu que sua campanha enfrenta dificuldades no diálogo com uma parte do eleitorado que mora nas periferias. No primeiro turno das eleições, ele perdeu em tradicionais redutos da esquerda localizados em bairros periféricos.

A campanha do deputado estadual também destacou o elevado número de eleitores indecisos na pesquisa espontânea, afirmando que "esse percentual pode ser decisivo para construir a virada".

Outra crítica da campanha de Boulos é a baixa participação do padrinho político do psolista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Intenções de voto: Ricardo Nunes X Guilherme Boulos

Rejeições* de Ricardo Nunes X Guilherme Boulos

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