A bronca de Lula surtiu efeito? Haddad diz que texto da reforma tributária pode ser entregue ao Congresso nesta semana
De acordo com o ministro da Fazenda, falta apenas discutir “dois pontos” com o presidente para fechar o projeto e levá-lo aos parlamentares
A cobrança pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por mais esforços de seus ministros na relação com o Congresso parece já ter surtido efeito. Segundo o titular da Fazenda, Fernando Haddad, o aguardado texto da reforma tributária pode ser entregue ao Congresso nesta semana.
Haddad afirmou nesta segunda-feira (22) que levaria a Lula ainda hoje "dois pontos" que ainda precisam ser endereçados nos textos de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo.
Segundo o político, os pontos em questão não parecem "difíceis de resolver".
Se Lula "bater o martelo" nessas questões, os projetos podem ser fechados na terça-feira (23) para encaminhamento ao Congresso nesta semana, afirmou o ministro ao sair do prédio da Fazenda para se encontrar com o presidente.
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Haddad sobre articulação com Congresso: "Eu só faço isso da vida"
Questionado sobre a cobrança feita pelo presidente, o ministro da Fazenda, também tratou do tema da articulação com o Congresso, respondendo que "só faz isso da vida".
Mais cedo, o chefe do Executivo pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja "mais ágil" e que Haddad deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares.
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A declaração de Lula foi feita durante o lançamento do programa Acredita, voltado para crédito, no Palácio do Planalto. O programa tramitará no Congresso em forma de medida provisória e precisará de aprovação do Legislativo em até 120 dias para continuar vigorando.
Lula mencionou que seu partido, o PT, tem poucos congressistas num universo de 513 deputados e 81 senadores.
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"Isso significa que o (vice presidente Geraldo) Alckmin tem de ser mais ágil, tem de conversar mais. O (ministro da Fazenda, Fernando) Haddad tem de, sabe, ao invés de ler um livro, ele tem de perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento Social), o Rui Costa (ministro da Casa Civil) passar uma parte do tempo conversando", disse o presidente da República.
"Conversa com bancada A, com bancada B. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política", declarou Lula. O governo do petista passa por um momento de desgaste no Congresso.
É possível que, nos próximos dias, Lula encontre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar melhorar a relação do governo com o Congresso. As prováveis reuniões serão individuais, e não com os dois congressistas ao mesmo tempo.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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