Tesouro IPCA+ despencou 13% em 6 meses – por que a atratividade do juro real a 6% virou ‘conversa de bar’?
Enquanto o mercado está de olho nos títulos atrelados à inflação, Tesouro IPCA+ 2045 recebeu o “pódio” de pior investimento do 1º semestre – sinal para fugir desses ativos?
Os títulos indexados à inflação se tornaram uma “febre” entre os investimentos devido às altas taxas que vêm sendo oferecidas.
Nos títulos do Tesouro IPCA+, por exemplo, se tornou rotina encontrar ativos com um retorno de mais de 6% acima da inflação:
Não é à toa que não faltam manchetes falando sobre a atratividade desses títulos:
Esta simulação é um exemplo das inúmeras matérias sobre esses ativos. Ela mostra que é possível se tornar um milionário investindo no Tesouro IPCA+ 2045 – 21 anos de investimento – com aportes mensais de R$ 1.429,46 e investimento inicial de R$ 1.000.
O analista Felipe Miranda, co-CEO da Empiricus Research, defende que a oportunidade dos títulos IPCA +6% virou praticamente uma “conversa de bar” de tão comum.
Mas um ranking de rendimento dos investimentos no 1º semestre foi na contramão dessa atratividade. Veja:
Entre os últimos colocados da lista, há 6 títulos do Tesouro IPCA+. O título com vencimento em 2045, por exemplo – que foi utilizado na simulação para alcançar um patrimônio de R$ 1 milhão –, teve o pior rendimento no semestre e ficou atrás até do Ibovespa, que decepcionou nos últimos 6 meses.
Para ter ideia, o título teve desvalorização de 13% no período. Mas, embora pareça um desempenho bem negativo, não é hora de se desesperar: essa performance não significa que esse tipo de investimento não vale a pena. Explico a seguir…
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Oscilações nos títulos IPCA+ não afetam investidor que carrega ativo até o vencimento
Essa performance negativa dos investimentos do Tesouro IPCA+ é explicada por meio da marcação a mercado. Ela funciona como uma variação diária dos títulos públicos de acordo com a expectativa do mercado para os juros futuros.
De forma geral, quando as expectativas para os juros sobem, os títulos atrelados à inflação que foram comprados anteriormente desvalorizam. O contrário também é verdadeiro: quando as estimativas caem, os títulos tendem a se valorizar.
No dia 2 de janeiro deste ano, a taxa acima da inflação oferecida no Tesouro IPCA+ 2045 estava por volta de 5,4%.
Quem comprou nesta data sofreria uma desvalorização se vendesse o título agora no mercado secundário. Isso porque as incertezas econômicas fizeram as taxas de juros reais subirem para mais de 6%, acima do patamar que foi comprado no início do ano.
A analista Lais Costa, especialista em renda fixa na Empiricus Research, explica que esse movimento de alta dos juros está relacionado a três principais fatores:
- As incertezas em relação à autonomia do Banco Central após a decisão do penúltimo Copom, em que o Comitê se dividiu entre governo Lula e governo Bolsonaro;
- As falas do presidente Lula contra o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que, além de gerarem ruído, também levantam questionamentos se o próximo líder do BC terá um viés político; e
- Na parte fiscal, o governo não tem indicado que está disposto a fazer uma pausa nos gastos no orçamento.
Mas isso não significa que, a longo prazo, os títulos IPCA+ não valem a pena. Pelo contrário: com as turbulências na economia, esses ativos são uma estratégia interessante para buscar ganhos atrativos acima da inflação até o vencimento.
“Se levado ao vencimento, o retorno é bastante positivo porque o investidor vai receber IPCA+ algum juro real. Esse prejuízo é só para quem vender o título agora”, Lais Costa esclarece sobre a desvalorização dos títulos do Tesouro IPCA+ no 1º semestre do ano.
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Mercado está de olho no IPCA +6%, mas é possível capturar até IPCA +7,4% com títulos ‘premium’
O prêmio de 6% nos títulos do Tesouro IPCA+ é atrativo e o mercado todo está de olho nisso. Mas a verdade é que, com uma pitadinha adicional de risco, é possível capturar retornos ainda maiores em títulos de renda fixa pouco conhecidos.
Trata-se de um retorno que pode chegar a IPCA +7,4% – um potencial lucrativo que não é encontrado nos ativos do Tesouro Direto – e, além dos ganhos acima da média, tem um ponto positivo adicional: a isenção de Imposto de Renda.
Quem alerta para a oportunidade desses ativos “premium” é Lais Costa. Ela seleciona mensalmente os títulos mais atrativos para investir na renda fixa e encontrou investimentos atrelados à inflação com retornos bem atrativos. Veja:
Esses títulos foram escolhidos “a dedo” para compor esta carteira de renda fixa “premium” e são uma oportunidade de:
- Buscar um lucro gordo na renda fixa e travar retornos atrativos acima da inflação;
- Sem se preocupar com a abocanhada do Leão com a isenção de IR.
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No material, a analista Laís Costa explica em detalhes como está o cenário atual para renda fixa e a tese de cada um dos títulos recomendados.
Portanto, você pode conhecer esses ativos sem pagar nem um centavo, entender como funcionam e, então, decidir se fazem sentido para a sua carteira.
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