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Juan Rey
Juan Rey
Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.
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Incorporação da AES Brasil (AESB3) pode ‘minguar’ dividendos da Auren (AURE3), afirma analista; entenda

Apesar de entender que a Auren terá capacidade de melhorar eficiência dos ativos da AES Brasil, analista avalia que a alavancagem da combinação das empresas deve reduzir ritmo dos dividendos

Juan Rey
Juan Rey
18 de maio de 2024
14:00 - atualizado às 14:44
Auren Energia (AURE3), antiga Cesp aes brasil aesb
Auren Energia (AURE3), antiga Cesp - Imagem: Divulgação/B3

Na última quarta-feira (15), a Auren (AURE3) agitou o mercado ao anunciar a incorporação dos ativos da AES Brasil (AESB3), criando a terceira maior geradora de energia do Brasil.

Juntas, as companhias têm potencial de gerar 8,8 gigawatts e somam um Ebitda de R$ 3,5 bilhões. Desta maneira, a Auren ficará atrás apenas da Engie (EGIE3), que tem um Ebitda na casa de R$ 7 bilhões e da Eletrobras (ELET6), de quase R$ 15 bilhões.

Auren deve reduzir ritmo dos dividendos

Apesar de “jogar a empresa em outro patamar”, o analista Ruy Hungria, especialista da Empiricus no setor elétrico, acredita que a operação pode reduzir os dividendos da Auren.

A AES Brasil é uma empresa que “há muito tempo não tem conseguido entregar resultados resilientes, interessantes” e vem de um desempenho ruim na comparação com outras elétricas, explica Ruy. 

A controladora da companhia nos Estados Unidos, inclusive, havia sinalizado em janeiro o interesse em vender os ativos no Brasil pela falta de resultados e para reduzir seu endividamento. 

Ao final de 2023, a dívida líquida consolidada da AES Brasil totalizava R$ 11,7 bilhões, aumento de 6,4% na comparação com 2022.

Com a dívida das empresas combinadas, o analista espera que a Auren – que vinha se destacando como uma boa pagadora de proventos – necessite diminuir o ritmo para reduzir a alavancagem.

“A expectativa no curto e médio prazo é que a alavancagem combinada das empresas chegue próximo de 5x Valor da Firma/Ebitda. Com isso, a expectativa é que os dividendos da companhia sejam retidos ou que ela distribua o mínimo possível para diminuir essa alavancagem”, avalia Hungria. 

Apesar da diminuição dos dividendos, o analista não espera que o endividamento se torne um grande problema para a Auren.

“A gente pode esperar, pelo histórico da Auren, uma melhoria de eficiência desses ativos da AES, que tem um portfólio grande. A Votorantim, controladora da Auren, pode extrair o melhor resultado desses ativos”, afirma.

Vale a pena comprar as ações da Auren ou da AES Brasil?

No caso das ações da AES Brasil, Ruy Hungria explica que os papéis AESB3 devem ficar atrelados ao valor estabelecido na negociação, de R$ 11,55. “Não entendo que exista gatilho para investir a partir de agora”.

Já no caso da Auren, o analista avalia que é necessário entender como o management vai extrair valor da operação. 

“Sinergias são sempre muito difíceis. Pode até ser bom, porque a AES tirava muito menos retorno do que uma companhia com o histórico da Auren pode conseguir, mas existe muito estudo a ser feito. E, nesse momento, estamos falando de múltiplos que não são barganhas para falar que é uma oportunidade imperdível”, analisa.

Neste quesito, Hungria vê outra oportunidade no mercado que “oferece retornos atrativos e sem a complicação adicional do M&A”.

Existe outra elétrica melhor para ganho de capital e dividendos

Para o lugar da Auren, o analista recomenda uma ação do do setor elétrico “em franco crescimento, com potencial de melhora de resultado e de lucro. Com isso, estou falando também da melhora na capacidade de pagar dividendos”.

Essa companhia pagou recentemente dividendos que chegaram a R$ 2,43 por ação. Mas, segundo Hungria, esse é só o começo de uma trajetória de melhora.

“É uma empresa que negocia a menos de 6x Valor da Firma/Ebitda, tem bons níveis de dividend yield e tendência de melhora de resultados à frente”.

Segundo o analista, a grande vantagem dessa empresa é que, além dos dividendos crescentes, o valuation atrativo permite que o investidor ganhe capital com a valorização das ações.

Essa ação do setor elétrico, inclusive, está na carteira das 5 melhores ações da bolsa para buscar dividendos, segundo a Empiricus Research, que você pode conferir gratuitamente neste link.

RELATÓRIO GRATUITO: AS 5 MELHORES AÇÕES PARA BUSCAR DIVIDENDOS

Confira as 5 melhores ações para buscar dividendos – essa empresa do setor elétrico está incluída

Todos os meses, os analistas da Empiricus Research reúnem as melhores ações para os investidores que buscam uma renda extra com dividendos em um relatório exclusivo.

A boa notícia é que o relatório de maio está disponível a todos os investidores interessados, como uma cortesia da Empiricus Research.

No documento, você vai encontrar a tese de investimento nessa companhia do setor elétrico, e mais:

  • Em uma siderúrgica com dividend yield e valuation atrativos;
  • Uma companhia do setor de construção civil;
  • Uma empresa do agronegócio que paga bons dividendos; e
  • Uma ação do setor financeiro extremamente descontada e que paga proventos regularmente. 

Vale destacar que, apesar de ser um portfólio voltado para dividendos, a ideia da carteira é unir empresas que pagam proventos e, ao mesmo tempo, estão em bom ponto de entrada

A partir dessa premissa, todo o portfólio é montado em busca de encontrar ações que forneçam o equilíbrio perfeito entre proventos e ganho de capital.

“São empresas com balanço sólido, que geram muito caixa e são relativamente baratas.”

Você pode conferir as ações que compõem a carteira de dividendos de maio de forma 100% gratuita, como cortesia da Empiricus Research, empresa do grupo BTG Pactual.

Para isto, basta clicar aqui ou no botão abaixo e colocar o seu melhor e-mail para receber o relatório com as teses, o dividend yield esperado e o peso ideal de cada uma delas na carteira.

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