Hora de fugir da Petrobras (PETR4)? Analista recomenda BDR de petroleira gringa que pode ser alternativa à estatal brasileira
Depois de forte valorização em 2023, riscos políticos voltaram a pesar sobre as ações da Petrobras; veja alternativa estrangeira para investir na commodity sem sair da bolsa brasileira
Investir na Petrobras (PETR4) tem sido uma verdadeira montanha-russa nos últimos anos. Se em 2023 as ações da estatal tiveram um ano “estelar” e foram responsáveis por grande parte da alta do Ibovespa, as tensões políticas voltaram a predominar em 2024.
Depois de um resultado aquém das expectativas no 1T24, a notícia da demissão de Jean Paul Prates do comando da petroleira deixou a relação com o mercado ainda mais estremecida.
Na manhã desta quarta-feira (15), as ações ordinárias (PETR3) apresentam queda superior a 8%, enquanto as preferenciais (PETR4) estão em baixa de mais de 7%.
Se por um lado a Petrobras é uma das grandes produtoras de petróleo do mundo e é uma forma dos investidores brasileiros se exporem à commodity, por outro os riscos políticos não deixam os acionistas dormirem tranquilos.
Por isso, buscar outras opções para ter exposição ao petróleo pode ser uma alternativa para aqueles que não querem se preocupar com os riscos da tese na estatal brasileira.
Dentre as companhias brasileiras, as junior oils, como 3R Petroleum (RRRP3), Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3), são alternativas.
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Analista recomenda BDR de petroleira gringa
Mas também existe uma outra opção: o analista Enzo Pacheco colocou uma major oil estrangeira, que pode ser comprada na bolsa brasileira através de sua BDR, como uma das grandes oportunidades do momento.
“A companhia atua em toda a cadeia energética, desde a exploração, passando pelo refino e chegando na comercialização de combustíveis fósseis”, escreveu o analista em relatório recente.
A companhia em questão tem uma longa história na Inglaterra. Fundada em 1909, ela foi comprada pelo governo britânico a pedido do então Primeiro Lorde do Almirantado, Winston Churchill, em 1914.
Mais de meio século depois, em 1979, a gigante do petróleo foi privatizada durante o governo da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.
Assim como a Petrobras, essa petroleira estrangeira também costuma distribuir dividendos interessantes aos investidores.
Logo após a divulgação dos resultados do 1T24, a companhia anunciou proventos de US$ 0,3635 por ADR, além de um programa de recompra de ações no valor de US$ 1,75 bilhão como parte do compromisso de comprar US$ 3,5 bilhões no primeiro semestre de 2024.
“Com um múltiplo preço/lucro projetado de 7,8 vezes e um dividend yield de 4,6%, vejo a petroleira como um bom ativo para compor a carteira e se expor ao petróleo, que entendo ser necessário no mercado atual”, afirmou Pacheco.
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Caso o leitor esteja pouco familiarizado com o termo, explico: os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) são certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados na B3.
Quem investe em um BDR, portanto, investe em um título que representa ações de empresas estrangeiras.
É possível encontrar na bolsa BDRs das maiores empresas do mundo, como, por exemplo, Apple, Microsoft, Google, Nvidia, Meta e muitas outras.
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Além dessa petroleira estrangeira, você vai encontrar a tese de investimento em:
- Três big techs que estão em bom ponto de entrada, segundo o analista;
- Uma empresa que fabrica chips de inteligência artificial;
- A holding “mais famosa do mundo”;
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