Fundos multimercado: ações perdem espaço para ativo que pode pagar até IPCA + 7%; conheça 4 títulos para comprar agora
Os gestores de fundos multimercado estão trocando a volatilidade das ações por títulos de crédito privado; entenda o motivo
Os fundos multimercados são uma classe de ativos que tem como principal característica a diversificação do portfólio e a busca de uma performance acima dos índices de mercado.
Nos últimos meses os gestores desses fundos estão trocando parte da volatilidade das ações e ativos de renda variável por outra categoria de investimentos, a de crédito privado.
De acordo com Bruno Mérola, analista de fundos de investimento da Empiricus Research, “a classe de crédito talvez esteja na maior posição entre os gestores nos últimos 3 anos”.
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Por que os grandes gestores estão preferindo o crédito privado?
O analista realiza mensalmente uma pesquisa com mais de 42 gestoras de fundos multimercados e elaborou uma heatmap que mede a preferência por determinados ativos dentro das carteiras.
De acordo com Mérola, analisando os últimos 12 meses, a posição comprada dos gestores em crédito privado vem crescendo. Veja:
Na visão do analista existem 2 motivos principais para a preferência por essa classe de ativos.
1. Maior percepção de risco na Bolsa
As perspectivas com relação à economia brasileira mudaram bastante do início do ano até agora. Mérola explica que, nos primeiros meses de 2024 a expectativa dos gestores era de que a Selic chegasse a 9% ao ano.
Entretanto, a divulgação dos dados de atividade econômica nos Estados Unidos e a política fiscal trouxeram incertezas com relação ao futuro dos juros no Brasil.
No início de abril, os indicadores de preço e consumo mostraram que por lá, a economia continuava aquecida, mesmo com as estratégias do Fed (Banco Central americano) para tentar conter a inflação.
Assim, os mercados começaram a projetar que os juros nos Estados Unidos devem começar a cair apenas a partir de setembro. A mudança aumentou a percepção de risco com relação à Bolsa brasileira.
Como consequência, houve uma fuga de capital do Brasil que gerou a desvalorização do real frente ao dólar, redução nas expectativas de queda para os juros brasileiros e uma baixa nas ações.
Outro fator que afetou a perspectiva dos gestores com relação aos ativos de risco foi a questão da política fiscal no Brasil. As mudanças na meta para 2025 a 2028 tem gerado preocupações com um possível aumento nos gastos públicos.
Por esse motivo, uma das estratégias dos gestores tem sido reduzir suas posições em ativos mais imprevisíveis.
Ele explica que, no longo prazo, as perspectivas dos gestores para Bolsa brasileira ainda é positiva. Mas neste momento, eles não enxergam nenhum fator capaz de fazer a bolsa valorizar no curto prazo.
Por isso, nos últimos três meses os gestores de fundos multimercados estão preferindo “procurar oportunidades em renda fixa, em commodities, um pouco em câmbio e têm aumentado a posição em crédito privado aqui no Brasil.”, aponta Mérola.
2. As empresas estão mais ‘saudáveis’
Outro fator que tem levado os gestores a aumentar a exposição ao crédito privado é a melhora na saúde financeira das empresas emissoras.
De acordo com Mérola, os gestores apontam que a redução de 13,75% para 10,50% na taxa básica de juros já apresenta efeitos positivos no balanço das companhias.
Assim, a demanda de crédito por parte das empresas voltou a crescer. Por isso, os gestores estão aproveitando o momento para comprar títulos de crédito privado com taxas de retorno interessantes.
Mas estes não são os únicas motivos para investir em crédito privado
Como o próprio analista explicou, embora os gestores mantenham uma carteira com diversos ativos, o crédito privado está ganhando espaço no portfólio dos fundos multimercados.
Acontece que, além de oferecerem risco menor que da Bolsa, é possível buscar lucros “gordos”, isentos de imposto de renda investindo em títulos de crédito incentivado e de infraestrutura, por exemplo.
Outra vantagem dos títulos de crédito privado é que eles fogem da regra de carência que agora incide sobre as LCIs, LCAs, CRIs e CRAs.
Não é à toa que no último ano a procura por esses títulos cresceram 28% entre os investidores. Acontece que, quem topa um risco um pouco maior que o da renda fixa tem a oportunidade de capturar retornos de até IPCA + 7% ao ano, isentos de IR.
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Lais Costa, analista de renda fixa da Empiricus Research, selecionou os 4 melhores títulos de crédito privado para comprar agora.
Para a analista, o investidor tem a chance de ganhos interessantes nesses ativos, além da possibilidade de “travar” uma rentabilidade acima da inflação. Veja algumas das taxas oferecidas pelos ativos na carteira recomendada:
São oportunidades como estas que os grandes gestores de fundos multimercado já perceberam e já estão aproveitando.
A boa notícia é que você também pode ter parte da sua carteira aplicada em crédito privado. A Empiricus Research, casa de análise do Grupo BTG, está liberando o acesso à carteira com os 4 melhores títulos de crédito privado de forma 100% gratuita.
No relatório a analista revela os nomes dos títulos e explica com mais detalhes a tese de cada um deles.
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