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Leonardo Carmo
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (USP) e redator no Grupo Empiricus. Já trabalhou com Comunicação Interna em uma empresa de serviços financeiros e no time de Conteúdo da EXAME. Hoje escreve para os portais Seu Dinheiro e Money Times
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“É inconcebível ter 0% de investimento no exterior”, diz analista da Empiricus Research; entenda o motivo

De acordo com Enzo Pacheco, não vale a pena focar no Brasil tendo em vista que o risco fiscal aqui é maior e há menos opções disponíveis na bolsa

Leonardo Carmo
12 de junho de 2024
16:00 - atualizado às 13:26
Dólar
Imagem: Canva Pro

Montar uma carteira de investimentos pode ser uma tarefa árdua. Mesmo quem tem conhecimentos avançados sobre finanças costuma quebrar a cabeça para tomar decisões a respeito da composição ideal. 

Além de pensar em uma diversificação entre diferentes setores e ativos, também é necessário ficar atento às oportunidades que estão ‘escondidas’. 

Afinal de contas, nem sempre a ação com maior potencial lucrativo é aquela de uma empresa próxima a você.

Às vezes, o papel capaz de encher o seu bolso está em outro país. 

Além disso, quanto mais concentrada for uma carteira, seja em classe de ativos, setores ou mesmo localização, mais exposta ao risco ela está.

É por isso que o analista Enzo Pacheco, da Empiricus Research, é categórico ao afirmar que grandes economias não podem ser ignoradas durante esse processo.

Segundo ele, “é inconcebível ter 0% de investimento no exterior”.

Por que não é recomendado investir apenas no Brasil?

O especialista explica que, investindo nos Estados Unidos, por exemplo, é possível ter acesso a uma enorme gama de organizações que não estão presentes na bolsa de valores brasileira (B3).

O nível de disparidade em termos de opções é tão grande que, enquanto há cerca de 445 empresas de capital aberto aqui, na maior potência da América Norte são mais de 4 mil.

Elas não só estão em maior número, como também possuem mais recursos. 

Juntas, as principais ‘big techs’ (Amazon, Apple, Alphabet, Meta e Microsoft) valem mais do que todas as companhias da B3 somadas.

Fora do Brasil, é possível investir em áreas estratégicas, como a que fornece os insumos necessários para pôr de pé as inteligências artificiais, que estão bombando nos últimos meses.

“O setor de semicondutores está subindo mais de 25% em dólar. Levando em conta a variação em relação ao real desde o começo do ano, os ganhos [para os brasileiros que investem no exterior] são ainda maiores”, exemplifica Pacheco.

Investir no Brasil exige atenção redobrada

Outro ponto que deve ser levado em consideração é a fragilidade da economia brasileira

“Além da perda massiva de valor da nossa moeda, hoje o Brasil infelizmente é um dos piores destinos do mundo para os investimentos”, de acordo com o CEO do Grupo Empiricus, Caio Mesquita.

Ele lembra que, recentemente, fomos temas de matérias como:

Fonte: Diário do Poder

Fonte: Gazeta do Povo

Por isso, é preciso sempre manter a atenção redobrada e buscar alocar os investimentos em regiões mais estáveis.

Qual é a fatia ideal de investimentos externos?

Em relação à quantidade mais adequada de papéis internacionais para se ter na carteira, Pacheco afirma que depende do momento de vida do investidor, seus objetivos e sua sensibilidade a riscos.

Uma pessoa que pretende morar nos Estados Unidos, por exemplo, deveria ter um percentual considerável de seu patrimônio em dólar.

Quem não gosta de ver o ‘sobe e desce' das cotações, por sua vez, precisa lembrar que há tanto a variação do ativo quanto do câmbio.

Já para o indivíduo que está perto de se aposentar, o mais indicado é se concentrar em opções seguras, como títulos de renda fixa.

O investidor Global: confira o plano de investimentos montado pelos maiores especialistas do país

Em breve, a Empiricus Research irá disponibilizar um plano simples e prático para investir no exterior.

O objetivo é ajudar brasileiros que desejam buscar lucros fora do país e em uma moeda forte, com tendência de valorização como o dólar.

Quem acessar o material criado pela casa de análise terá “de bandeja” um relatório com as recomendações dos melhores papéis disponíveis no mercado, além de métodos aprimorados por profissionais renomados.

Em resumo, trata-se de um verdadeiro guia de como se expor de forma estratégica a uma das maiores economias do mundo e fugir da instabilidade brasileira.

Na segunda-feira (17), essa iniciativa será apresentada junto a um documentário chamado de “O Investidor Global”.

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