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Bruna Martins
Bruna Martins
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e redatora dos portais Seu Dinheiro, Money Times e Empiricus. Já foi repórter do Metro Jornal SP e colaborou para Casa Vogue, além de ter experiência em comunicação corporativa e assessoria de imprensa.
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Conta de luz mais cara pode gerar ‘cashback’ na sua conta; entenda

A Aneel anunciou o aumento médio de 5,6% projetado para a conta de energia elétrica, em 2024; segundo analista, algumas ações da Bolsa podem ganhar com isso

Bruna Martins
Bruna Martins
29 de janeiro de 2024
16:05 - atualizado às 16:00
conta de luz energia elétrica
Imagem: Canva

Você provavelmente vai pagar uma conta de luz mais cara este ano – e inclusive acima do aumento projetado para a inflação. Acontece que a Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, anunciou na última semana que a tarifa de energia elétrica deve subir 5,6% em 2024, em média, conforme estimativas do próprio órgão. 

O aumento está acima dos 3,86% de variação estimados para o IPCA no mesmo período, segundo o último relatório Focus do Banco Central.

É comum que, todo ano, a Aneel ajuste as tarifas que são cobradas pelas distribuidoras de energia. Em 2023, por exemplo, foi estimado um reajuste de 6,8% nas tarifas de luz, mas a alta registrada foi de 5,9%, abaixo do esperado.

Alguns fatores são considerados pela agência na hora de estabelecer esse reajuste na tarifa. Além da própria inflação, há também o custo da geração, da transmissão e da distribuição de energia, aumento da rede de energia do país, além de tributos do setor. Quem explicou isso foi Sandoval Feitosa, diretor-geral da Aneel.

É claro que ninguém gosta de saber que vai pagar mais caro por algo tão essencial como a energia elétrica. Mas existe uma forma de diminuir o impacto desse aumento no seu bolso – como se você pudesse receber uma espécie de “cashback” de, ao menos, uma parte do dinheiro gasto com as contas de luz. Explico melhor na sequência.

Essas empresas ganham com o aumento da conta de luz

Existem algumas empresas brasileiras que tendem a ser beneficiadas por esse aumento nas contas de luz em 2024. E, como você pode imaginar, estou falando sobre as companhias que atuam no próprio setor de energia – e que tendem a aumentar seu faturamento quando a gente paga um pouco a mais pela luz de casa. 

Esse beneficiamento surge depois de um grande período de baixa para essas empresas. Isso porque, nos últimos anos, houve um desequilíbrio:

  • Por um lado, incentivos exagerados para a construção de empreendimentos solares e eólicos, além de chuvas muito acima da média nos dois últimos anos, que fizeram a oferta de energia disparar;
  • Por outro, uma demanda que permaneceu bastante tímida, afetada pela atividade econômica fraca e os juros elevados. 

Não é à toa que as ações das companhias de energia também tiveram um mau desempenho na Bolsa no período. 

No entanto, esse desequilíbrio parece próximo de terminar. Quem diz isso é o analista de ações Ruy Hungria, da Empiricus Research.

Ruy é especialista em garimpar ações da Bolsa que são potenciais “vacas leiteiras”, ou seja, que podem fazer bons pagamentos a seus acionistas nos meses ou anos seguintes.

É por isso que ele acompanha de perto papéis do setor elétrico: empresas desse tipo não costumam sofrer grandes oscilações em seus resultados e possuem contratos de longo prazo que exploram um serviço essencial.

E é investindo em ações como essas, com potencial de fazer bons pagamentos a seus acionistas, que você pode receber o seu “cashback” – ou seja, receber em forma de dividendos na sua conta uma parte do valor que será gasto a mais com a conta de luz.

Mas é claro: sempre com a consciência dos riscos que estão envolvidos na compra de ações da Bolsa – assim como em qualquer outro tipo de investimento. 

Mas por que as ações de energia podem se recuperar agora?

O analista explica que os preços das ações do setor começaram a se recuperar recentemente. Tivemos duas grandes ondas de calor que provocaram aumento nos preços e nos despachos termelétricos, por conta dos picos de demanda.

Além disso, depois de dois anos de chuvas abundantes, os últimos meses têm apresentado precipitações abaixo da média, com os reservatórios voltando para níveis mais baixos do que ano passado nesta mesma época.

“Apesar de o El Niño aumentar as chuvas no Sul, os maiores reservatórios do país estão justamente nas outras regiões do país, onde as chuvas diminuíram por conta do fenômeno”, justifica o analista.

É por isso que se as condições continuarem se normalizando, e a demanda se recuperar, podemos ver as tarifas de energia voltando para patamares mais parecidos com os níveis históricos. E isso pode beneficiar – e muito – as ações do setor. 

Na visão do analista, Eneva (ENEV3) e Eletrobras (ELET6) devem ser as maiores beneficiadas desse possível reequilíbrio de oferta e demanda. “Os dois papéis negociam a múltiplos que ainda espelham um cenário de preços de energia e despachos muito baixos”, diz Ruy. 

Mas cuidado: para alcançar o maior potencial de lucro com sua carteira de dividendos, não é recomendado manter investimentos em ações de apenas um setor, como o elétrico. 

É por isso que, atualmente, o analista recomenda investir também em outras 5 ações brasileiras que podem fazer pagamentos ainda melhores dentro dos próximos meses.

Conheça a carteira ideal para dividendos

O analista Ruy Hungria está à frente da carteira de dividendos da Empiricus Research, que é atualizada mensalmente para conter sempre as 5 ações mais promissoras para o investidor brasileiro. 

Atualmente, a carteira contém recomendação para investimento em Caixa Seguridade (CXSE3). Para Ruy, ela tende a ter resultados cada vez mais estáveis, na medida em que amadurece seu negócio, e pode se tornar um verdadeiro “reloginho” de dividendos em breve.

Mas, além dessa ação, a carteira também contém recomendação para:

  • Uma siderúrgica que mantém boa eficiência, margens resilientes e baixo endividamento mesmo em momento difícil do setor, e com dividend yield estimado próximo a 10%;
  • Uma empresa de telecomunicações com avenidas importantes de expansão e que, após uma redução de capital aprovada pela Anatel, pode distribuir dividendos de até 10,5% aos acionistas;
  • Um “bancão” mais resiliente aos diferentes cenários econômicos que seus rivais, que negocia com bom desconto para sua série histórica e que distribui proventos mensalmente;
  • E uma empresa do mercado financeiro que deve se beneficiar profundamente da queda da Selic, além de estar negociando bem abaixo da média dos últimos 5 anos.

Para conhecer todas as recomendações do analista, você não precisa desembolsar nem um real nem abrir conta em alguma corretora. Basta clicar aqui ou no botão abaixo, informar o seu e-mail e, em poucos minutos, o relatório completo estará disponível no seu e-mail. 

Assim, você pode conferir a tese de investimento por trás das 5 ações e, só depois, decidir em quais delas realmente vale colocar o seu dinheiro. Acesse gratuitamente:

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