Analista que alertou sobre o fim dos dividendos ‘gordos’ de Taesa (TAEE11) recomenda outras 5 ações para buscar dinheiro ‘pingando na conta’; confira
Desde 2023, este analista vem alertando os investidores sobre a possível queda dos dividendos de Taesa (TAEE11)
“Vai minguar” foi o que disse o analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, sobre os dividendos de Taesa (TAEE11) em um dos podcasts da série “Vacas Leiteiras”.
E parece que ele estava certo. Meses após a declaração do analista, depois de divulgar os resultados do primeiro de 2024, na semana passada, a Taesa anunciou mudanças na política de dividendos.
A partir de 2024 a elétrica vai distribuir proventos com base no lucro líquido regulatório, que desconsidera os impactos da inflação na receita e é menor que o lucro líquido IFRS.
Da mesma forma, a companhia reduziu para 75% o payout (percentual do lucro distribuído em forma de dividendos) que girava em torno de 90% a 100%.
As ações da Taesa (TAEE11) já não estavam nas carteiras de dividendos da Empiricus há algum tempo.
E agora, outros bancos como Safra, Santander, BB Investimentos e Bank of America (BofA) estão olhando para a distribuição de dividendos “gordos” da companhia como um acontecimento com “prazo de validade”.
Por que os dividendos de Taesa (TAEE11) estão ‘minguando’?
A Taesa (TAEE11) sempre foi uma das “queridinhas” dos investidores quando o assunto é a distribuição de dividendos. E não é para menos: para se ter uma ideia, o dividend yield da elétrica nos últimos 12 meses ultrapassa os 9%.
Contudo, desde meados de 2023, o analista da Empiricus vinha defendendo a tese de que o nível de proventos da companhia não era sustentável, por dois motivos:
- O fim de 4 concessões importantes até 2030; e
- Os novos empreendimentos da companhia com taxa de retorno “baixíssimas” - entre 4,4% e 3,7% a.a.
Ou seja, ao mesmo tempo em que concessões importantes da companhia estão encerrando, a Taesa está se comprometendo com investimentos cujo retorno estimado é menor que o encontrado em títulos de longo prazo da renda fixa, com data de vencimento próxima ao fim das novas concessões.
Na visão do analista, essas mudanças na tese da companhia poderiam impactar diretamente nas ações e no pagamento de dividendos.
“Não dá para saber exatamente quando, mas esse dividend yield que hoje está em dois dígitos, a expectativa é de que, em alguns anos, vai minguar”, disse Hungria em fevereiro do ano passado.
A expectativa de “alguns anos” do analista parece ter começado a se concretizar meses após a sua declaração.
Na teleconferência de resultados do 1T24 da Taesa (TAEE11), o CEO Rinaldo Pecchio Junior apontou que um dos motivos para mudar a política de dividendos da companhia são os investimentos que ela precisará fazer em seus novos empreendimentos.
“Essa prática de dividendos sinaliza a postura da empresa atualmente. Não podemos nos esquecer que temos investimentos relevantes ainda por fazer, de mais de R$ 3 bilhões”, disse Pecchio Junior.
Outro fator que levou à redução nos proventos da elétrica é o atual nível de alavancagem (endividamento). A relação dívida líquida sobre Ebitda da Taesa está em 3,8 vezes e esse ainda não é o pico, segundo estimativas da própria companhia.
Na visão de Ruy Hungria, a companhia já está no limite de alavancagem considerada aceitável e o aumento do endividamento pode afetar os dividendos.
Para completar, a elétrica apresentou queda em várias linhas do balanço. O lucro líquido regulatório teve uma redução de 10% em comparação com o 1T23. Enquanto o Ebitda regulatório e a margem Ebitda regulatória caíram 7,1% e 4,2p.p., respectivamente, ante ao mesmo período de 2023.
Esses números não foram vistos com muito otimismo pelo mercado. Diante disso, os bancos Safra e Santander avaliaram a ação como underperform. Isto é, recomendaram a venda do papel.
Já o BB Investimentos manteve a recomendação neutra, enquanto que o Bank of America (BofA) reduziu o preço-alvo da ação de R$ 39 para R$ 35.
Em nota sobre o resultado do 1T24 de Taesa, o analista da Empiricus Research reforçou seu parecer sobre a companhia:
“Há anos temos uma visão negativa para TAEE11, por entender que os dividendos elevados precisariam ser revistos em algum momento, dada a proximidade do fim de algumas concessões importantes, lotes arrematados recentemente com retornos pressionados e aumento da necessidade de investimento nos próximos anos [...] assim, continuamos de fora”.
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A Taesa (TAEE11) não está entre as melhores ações para buscar dividendos recomendadas pelos analistas da Empiricus Research.
Mas, o setor elétrico é conhecido por ser um bom pagador de dividendos. É por isso que, entre as 5 melhores ações para buscar dividendos agora, os analistas incluíram a recomendação de Eletrobras (ELET6).
Os analistas da casa destacam que a companhia vem apresentando inúmeras melhorias após a privatização que devem gerar valor para o acionista no longo prazo.
Além disso, negociando a 6 vezes o valor da firma sobre Ebitda (EV/Ebitda), as ações da Eletrobras estão baratas na visão dos especialistas. Aliado a isso, a recuperação dos preços de energia podem ser um importante gatilho para o papel.
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Além dos dividendos, entre os 5 ativos selecionados pelos especialistas, o investidor ainda poderá comprar papéis que estão baratos e têm potencial de valorização. Ou seja, existe a possibilidade de buscar lucros de duas formas com a mesma ação.
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