Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) ou Brava (BRAV3)? BTG Pactual elege principal escolha no setor de petróleo da bolsa

O BTG Pactual analisou o momento das petroleiras Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3), Brava Energia (BRAV3) e PetroRecôncavo (RECV3) e elegeu sua “principal escolha do setor” em relatório divulgado na última terça-feira (10).

Em um primeiro momento, o banco destacou a baixa no preço do petróleo decorrente das preocupações com a demanda econômica global. O Brent está cotado na casa dos US$ 72 o barril – queda de aproximadamente 11% nos últimos 30 dias.

“Não é de surpreender que as ações das empresas do setor tenham refletido este sentimento negativo”, escreveram os analistas responsáveis pelo relatório.

O BTG destacou que, ao longo dos últimos 4 anos de preços elevados do petróleo, as discussões sobre o setor se pautaram muito nos aspectos microeconômicos de cada ação do setor.

No entanto, continuam os analistas, o preço da commodity continua a ser a variável mais crítica e, com o alto nível de incerteza, é necessário adotar uma abordagem “pragmática” e “favorecer empresas que possam continuar a gerar fluxos de caixa durante muitos anos, mesmo sob preços deprimidos”.

Neste sentido, o banco enxerga apenas duas companhias do setor se destacando “por continuar a gerar fortes fluxos de caixas e dividendos” mesmo em um cenário em que o preço médio do petróleo esteja na casa dos US$ 65 em 2025 e os níveis de produção abaixo do cenário base: Prio (PRIO3) e Petrobras (PETR4).

Isso se daria graças aos custos significativamente menores dessas duas petroleiras, “incluindo de produção, capex, despesas gerais e administrativas e despesas financeiras”.

No caso da PetroRecôncavo (RECV3), o BTG vê um desempenho “razoavelmente bom” nessas circunstâncias, “dada à maior exposição a contratos de gás, o que reduz a sensibilidade da companhia aos preços do petróleo”.

Na contramão está a Brava Energia (BRAV3), antiga 3R Petroleum (RRRP3). “A BRAV teria dificuldade em gerar caixa, mesmo a preços ligeiramente menores do atual nível”, escreveram os analistas do banco.

Segundo o relatório, o pior desempenho na comparação com os pares se daria pelos custos de produção elevados e porque as operações da Brava ainda exigem investimentos substanciais para sustentar o crescimento.

“Dito isso, a BRAV ainda pode ter um bom desempenho se surpreender positivamente na frente de produção (gerando uma forte alavancagem operacional)”.

Por fim, o banco não ficou em cima do muro e elencou a ordem de suas preferências no setor: 

1. Prio (PRIO3);
2. Petrobras (PETR4);
3. PetroRecôncavo (RECV3).

Prio: principal obstáculo para a tese deve sair de cena

Atualmente, uma das principais avenidas de crescimento para a Prio, a petroleira preferida do BTG no momento, é a liberação do campo de Wahoo pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

Recentemente, o Ibama aprovou o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do campo e o abriu para consulta pública. “O período de consulta pública dura 45 dias e esperamos que o Ibama possa emitir a licença dentro de 30 a 45 dias após sua conclusão”, escreveram os analistas.

Para o BTG Pactual, este tem sido o principal obstáculo que impede as ações da Prio de “refletirem plenamente o seu potencial de crescimento”. Com a evolução do processo após meses de inatividade, o banco vê um “sinal encorajador”.

“Os riscos relacionados a Wahoo estão diminuindo gradualmente e, apesar da incerteza em torno dos preços do petróleo, a Prio continua a ser uma compra e a nossa principal escolha no setor”, recomendaram.

Prio está entre as 10 ações mais recomendadas para comprar agora, segundo o BTG; veja as outras 9 gratuitamente

O otimismo do BTG em relação às ações da Prio é tamanho que PRIO3 foi incluída na carteira das 10 ações mais recomendadas para setembro feita pelo banco.

A carteira tem como objetivo capturar as melhores oportunidades e performances do mercado de ações sugerindo 10 ações a cada mês a partir das análises do BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina.

De outubro de 2009 até 1º de setembro de 2024, a carteira recomendada do banco tem um retorno de 449,9%, contra 121,1% do Ibovespa no período.

A boa notícia é que o BTG liberou acesso gratuito a todos os investidores interessados em conferir a carteira de setembro.

Além dos ativos, você poderá conferir no relatório disponibilizado pelo banco a tese em cada empresa recomendada e uma análise do cenário atual.

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Este material não tem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face a seus objetivos pessoais e à sua tolerância a risco (Suitability).

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