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Juan Rey
Juan Rey
Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Já trabalhou para o Money Times, Seu Dinheiro e Jornal da PUC, além de colaborar no UOL e Projeto #Colabora. Atualmente é Produtor de Conteúdo na Empiricus.
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Ibovespa em 155 mil pontos? BTG destaca qual pode ser o ‘gatilho’ para a retomada da bolsa brasileira

Questão fiscal tem elevado taxas de juros de longo prazo e prejudicado o desempenho do Ibovespa; saiba o que pode fazer a bolsa brasileira voltar a subir, segundo o BTG

Juan Rey
Juan Rey
25 de setembro de 2024
14:00 - atualizado às 11:55
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O dia 18 de setembro marcou um evento amplamente esperado pelos mercados globais: a queda na taxa de juro norte-americana pela primeira vez desde 2020. Esse movimento tradicionalmente beneficia os ativos de risco mundo afora, em especial os países emergentes, como é o caso do Brasil.

Apesar disso, o Ibovespa cai cerca de 1% desde o anúncio do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos).

Em relatório divulgado na última segunda (23), o BTG Pactual abordou o sentimento amargo que tomou o mercado local nos últimos dias. 

Segundo o banco, com a queda das taxas nominais de 10 anos dos Estados Unidos, seria natural esperar que as taxas reais de longo prazo brasileiras fizessem o mesmo movimento.

“No entanto, as taxas reais de longo prazo no Brasil se moveram na direção oposta, fazendo com que o prêmio entre as taxas reais de longo prazo no Brasil e nos EUA aumentasse para 4,8%”, enfatizam os analistas.

Ainda de acordo com o relatório, a preocupação com a situação fiscal é a grande impulsionadora do prêmio ampliado nas taxas reais de longo prazo no Brasil na comparação com os EUA.

“A incerteza entre os analistas sobre o cumprimento das regras fiscais para 2025 aumentou, especialmente porque o Orçamento de 2025 enviado ao Congresso no final de agosto é excessivamente dependente de fontes de receita incertas e nenhuma mudança estrutural nas despesas foi anunciada”.

Um gatilho pode alçar o Ibovespa aos 155 mil pontos, avalia BTG

Os analistas do BTG também destacam que o ciclo de queda de juros nos Estados Unidos e aumento da Selic deve fazer com que o real se valorize. 

“No entanto, uma valorização mais acentuada do BRL (talvez para 5 por USD) só se materializaria se o compromisso do governo com o teto de gastos se tornar claro e medidas concretas para controlar o crescimento das despesas obrigatórias forem adotadas”.

Alterações na percepção da questão fiscal também podem ser responsáveis pela retomada do bom humor do Ibovespa, avalia o BTG.

O banco acredita que mudanças estruturais adicionais no Orçamento de 2025 depois das eleições municipais de outubro, seriam “recebidas com entusiasmo pelo mercado” e poderiam alçar o Ibovespa aos 155 mil pontos

“Medidas para tornar o orçamento mais flexível, como desvincular os gastos com saúde e educação do crescimento da receita tributária, embora improváveis, poderiam reduzir materialmente o diferencial entre as taxas reais de longo prazo do Brasil e dos EUA. Se o diferencial retornar à média do ano passado (de 4,1%), as taxas de longo prazo do Brasil cairiam para 5,7% (de 6,4% atualmente). Se voltar ao ponto mínimo alcançado em out/23 (de 3,2%), as taxas de longo prazo no Brasil cairiam para 4,8%, e o Ibovespa poderia saltar para ~155 mil pontos”, escreveram os analistas responsáveis pelo relatório.

Saiba como investir neste cenário

Para aquele investidor que deseja iniciar no mercado de ações ou até mesmo potencializar o portfólio, o BTG Pactual oferece carteiras recomendadas para diferentes perfis de investidores.

Uma delas é a de dividendos, que está sendo disponibilizada como uma cortesia aos leitores do Seu Dinheiro.

A carteira é atualizada mensalmente pelo maior banco de investimentos da América Latina com as melhores oportunidades do momento sob uma perspectiva de bons pagamentos de proventos aos investidores.

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Este material não tem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente qualificado, uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face a seus objetivos pessoais e à sua tolerância a risco (Suitability).

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