Uma dieta de US$ 48 bilhões: como o Ozempic pode deixar a economia dos Estados Unidos mais ‘magra’ na próxima década
Efeito inibidor de apetite faz com que os usuários do hormônio GLP-1 mudem os hábitos de consumo em mercados e em restaurantes
O Ozempic e os medicamentos semelhantes não estão reduzindo só o número na balança de milhares de pessoas, como também os lucros do setor alimentício. Enquanto empresas como Novo Nordisk e Eli Lilly veem as ações em trajetória estelar de crescimento, do outro lado da mesa, a indústria de comidas e bebidas acende o sinal de alerta para os efeitos inibidores de apetite desses remédios.
Nos Estados Unidos, um dos países com o maior número de pessoas obesas do mundo e onde 3,5% da população já utiliza medicamentos do gênero, o mercado de alimentação pode diminuir em até US$ 48 bilhões (R$ 284,9 bilhões) até 2034, segundo projeções da consultoria KPMG.
Ao passo que o consumo global de GLP-1 — que é o hormônio das injeções de emagrecimento — deve crescer 29,6% por ano até 2030.
Falta equilíbrio nessa balança. E se o setor não quiser passar por uma “dieta restritiva”, vai ter que se adaptar aos novos padrões de consumo.
Não é que as pessoas que fazem uso de medicamentos como Ozempic vão parar de ir aos supermercados e restaurantes. Esse público ainda representa um mercado de US$ 190 bilhões, que pode ser significativamente explorado, mas não seguindo os moldes tradicionais que a indústria estava acostumada.
“O importante nesse momento é tentar entender como o portfólio de cada empresa pode ser repensado, uma vez que as pessoas não vão deixar de comer e beber, mas vão buscar categorias diferentes e porções menores em relação as que consomem atualmente”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil.
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Além das injeções, os pacientes em tratamento com GLP-1 geralmente têm prescrito no receituário mudanças de hábitos, para incluir atividades físicas e alimentação mais regrada.
Um lifestyle mais saudável leva, naturalmente, a mudanças nas compras de mercado. E isso já foi comprovado: segundo a KPMG, esse grupo gasta 31% menos todos os meses.
“As empresas que conseguirem explorar essas mudanças de comportamento desses consumidores têm a oportunidade de aumentar a participação de mercado e desenvolver novas fontes de receitas”, explica Gambôa.
Nesse contexto, o estudo apresenta cinco tipos de comportamento possíveis dessa nova gama de compradores.
- O cortador de calorias: compra os mesmos itens, mas em menor quantidade;
- O de escolha saudável: substitui alimentos ultraprocessados por opções mais nutritivas e naturais;
- O consumidor focado em resultados: combina o uso de medicamentos para perda de peso com uma dieta rigorosa e mudança de hábitos bem brusca;
- O premium: prioriza a qualidade dos alimentos, mesmo em menor quantidade, e tende a comprar marcas gourmet e com tíquete mais elevado;
- O consumidor de produtos básicos: é econômico tanto no volume comprado quanto no preço.
Entre algumas oportunidades de negócio citadas pela consultoria, está o desenvolvimento de porções menores em redes de fast food e em restaurantes, reformulação de produtos já existente, reduzindo os níveis de açúcar e até a criação de uma nova categoria de produtos que se encaixe mais nessas novas tendências de wellness.
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