Um presente de grego para Messi: Argentina entra em recessão no 1T24 — conheça os vilões da queda do PIB dos hermanos
A forte queda do consumo, da produção industrial e dos investimentos foi fatal para o PIB argentino cair 5,1% entre janeiro e março deste ano
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Lionel Messi completa 37 anos nesta segunda-feira (24), mas o presente que ele recebeu foi de grego: a economia argentina entrou na chamada recessão técnica — aquela que marca dois trimestres seguidos de contração do Produto Interno Bruto (PIB).
A forte queda do consumo, da produção industrial e dos investimentos foi fatal para o PIB argentino cair 5,1% entre janeiro e março deste ano. Nos últimos três meses de 2023, a economia da Argentina havia encolhido 1,4%.
De acordo com especialistas, o desempenho é uma das consequências negativas no curto prazo das medidas econômicas aplicadas pelo governo de Javier Milei sobre, principalmente, as empresas.
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Olhando o PIB mais de perto
O cenário negativo no primeiro trimestre, após a desvalorização cambial, a aceleração da inflação — de 57,3% no período — e a queda do poder de compra dos salários e pensões, também resultou em uma queda de 6,7% na comparação anual do consumo privado, principal componente do PIB da Argentina.
Por sua vez, o ajuste da despesa pública, incluindo cortes e eliminação de programas, refletiu-se uma contração de 5% do consumo privado.
A desvalorização de dezembro também alterou a equação do setor externo: as exportações cresceram 26,1% em base anual, com uma queda de 20,1% nas importações, também associada a um menor nível de atividade.
ATÉ QUANDO O TRATAMENTO DE CHOQUE DE MILEI NA ECONOMIA DA ARGENTINA VAI DAR CERTO?
Argentina: os sinais estavam todos ali
Nem dá para dizer que o desempenho da Argentina foi uma surpresa — nem para Messi, o aniversariante do dia — mesmo com os superávits sucessivos alcançados pelo governo de Milei.
O dado de hoje publicado pelo Indec confirma a tendência negativa dos primeiros três meses que já tinha sido antecipada pelos números setoriais — comércio, indústria, construção — e pelos números do próprio instituto, que por meio do Emae (Estimador Mensal da Atividade Econômica) tinha reportado uma contração de 5,3% entre janeiro e março.
Na análise setorial, a indústria foi a mais afetada e a que teve maior preponderância na contração da economia argentina.
- Indústria: -13,7%
- Construção: -19,7%
- Intermediação financeira: -13%
- Comércio: -8,7%
- Transportes e comunicações: -1,1%
- Setor imobiliário e de aluguel: -1,6%
*Com informações do La Nacion
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