Trump contra-ataca: o último golpe do republicano para ficar mais perto da Casa Branca
Nikki Haley foi derrotada nesta semana nas primárias de New Hampshire e disse que não vai desistir, então o ex-presidente lançou mão de outra estratégia de pressão
Donald Trump ficou furioso com o fato de Nikki Haley não ter desistido de buscar a indicação republicana mesmo depois da derrota nas primárias em New Hampshire e resolveu aumentar a pressão sobre a rival fora das urnas.
Para isso, Trump colocou sob sua mira uma das fontes de dinheiro da campanha de Haley: os doadores — o ex-presidente dos EUA vai colocá-los em uma lista de banidos.
Em uma postagem na Truth Social, sua plataforma de mídia social, Trump disse que qualquer pessoa que contribuir para a campanha de Haley a partir deste momento será permanentemente excluída do campo Maga.
A sigla se refere ao Make America Great Again ou Faça os EUA Grandes de Novo, slogan que reuniu a base política de Trump desde a primeira campanha presidencial e o mandato entre 2017 e 2021.
“Não os queremos e não os aceitaremos”, afirmou Trump.
A postagem não especificou se o ex-presidente também estava se referindo às doações feitas a um comitê de ação pró-Haley.
Trump explica, Haley retalia
Segundo o próprio Trump, é comum a prática de os doadores de campanha redirecionarem os seus recursos para um candidato do partido que surja com mais sucesso.
“Quando concorri ao cargo e ganhei, percebi que os doadores do candidato perdedor vieram imediatamente até mim para ‘ajudar’”, disse ele. “Isso é padrão na política, mas não é mais comigo.”
Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, retaliou com uma postagem no X, antigo Twitter, pedindo aos apoiadores que contribuíssem para sua campanha.
“Bem, nesse caso… doe aqui. Vamos!", disse ela.
A fúria de Trump e a resiliência de Haley
Trump conquistou uma vitória nas primárias republicanas de New Hampshire nesta semana, levantando questões sobre se a corrida para ganhar a indicação republicana acabou. Haley, por sua vez, afirma que não planeja se retirar.
A CNBC soube que o bilionário Reid Hoffman está interrompendo o financiamento da campanha da ex-governadora da Carolina do Sul, após os resultados de New Hampshire.
Outro candidato de destaque, o governador da Flórida, Ron DeSantis, suspendeu sua candidatura no domingo e apoiou Trump.
Dan Eberhart, CEO da empresa de serviços de petróleo e perfuração Canary e ex-apoiador do DeSantis, disse à CNBC na terça-feira que irá ao clube privado de Trump, Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida, em 16 de fevereiro, para ajudar a arrecadar fundos contra presidente Joe Biden.
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Antes de Biden, as acusações contra Trump
Trump enfrenta 91 acusações criminais em vários julgamentos civis e criminais.
Nesta quinta-feira (25), ele prestou depoimento por apenas três minutos no caso civil de difamação sexual contra ele movido por E. Jean Carroll no tribunal federal de Nova York.
Antes de Trump ser convocado, o juiz Lewis Kaplan alertou os ex-presidente e seus advogados que ele não pode contestar o veredicto em outro julgamento que o considerou responsável por abusar sexualmente de Carroll em meados da década de 1990 e depois por difamar o escritor em 2019, quando ele estava na Casa Branca.
Quando a advogada de defesa Alina Habba perguntou se Trump tinha negado as alegações de Carroll para se defender, Trump disse: “Considero que é uma acusação falsa”.
Questionado se alguma vez instruiu alguém a prejudicar Carroll, Trump respondeu: “Não, só queria defender-me, a minha família e, francamente, a presidência”.
Trump também manteve as respostas que deu em um depoimento de outubro de 2022, no qual chamou o caso de “fraude” e “uma história inventada”.
*Com informações da CNBC
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