Por essa nem Putin esperava: a previsão que coloca a Rússia à frente da maior economia do mundo
O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou as projeções para a economia russa e os números revelam o segredo de Putin para manter o país em expansão
A Rússia está há mais de dois anos em uma guerra contra a Ucrânia, é alvo de sanções pesadas do Ocidente e ainda vê aliados envolvidos em conflitos que podem incendiar o Oriente Médio — um cenário que deixa pouca margem para a recuperação da economia.
Mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) surpreendeu até mesmo o presidente Vladimir Putin com previsões atualizadas para a Rússia este ano.
Segundo o FMI, a economia russa deverá crescer mais rapidamente do que todas as economias avançadas este ano. Confira as previsões:
- Rússia: 3,2%
- EUA: 2,7%
- Reino Unido: 0,5%
- Alemanha: 0,2%
- França: 0,7%
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O segredo da Rússia para crescer
Caso se confirme, a previsão do FMI deve irritar os países ocidentais que procuraram isolar economicamente e punir a Rússia pela invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
A Rússia afirma que as sanções ocidentais às indústrias críticas tornaram o país mais autossuficiente e que o consumo privado e o investimento interno permanecem resilientes.
Entretanto, a continuação das exportações de petróleo e de matérias-primas para países como a Índia e a China, bem como a suposta evasão de sanções e os elevados preços do petróleo, permitiram ao país manter receitas robustas.
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Com isso, a Rússia se adaptou a uma nova normalidade à medida que a economia foi colocada em pé de guerra.
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Uma economia de guerra
O chefe do FMI, Kristalina Georgieva, disse em fevereiro que a economia russa ainda enfrentava ventos contrários significativos, apesar das previsões otimistas do Fundo para o país.
“O que [os dados de crescimento] nos dizem é que esta é uma economia de guerra na qual o Estado – que, recordemos, tinha um amortecedor considerável, construído ao longo de muitos anos de disciplina fiscal – está investindo nesta economia de guerra”, disse Georgieva na ocasião.
“Se olharmos para a Rússia, hoje a produção aumenta, [para os] militares, [e] o consumo diminui. E era assim que a União Soviética costumava ser. Alto nível de produção, baixo nível de consumo”, acrescentou.
Georgieva disse que a Rússia também enfrenta desafios relacionados com um êxodo de trabalhadores qualificados e “por causa do acesso reduzido à tecnologia que vem com as sanções”.
*Com informações da CNBC
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