O maior bilionário do planeta ficou quase R$ 30 bilhões mais rico hoje. O que fez a fortuna do dono da Dior e da Louis Vuitton disparar?
O patrimônio do magnata de luxo francês acompanha a valorização das ações da LVMH; conheça os números do conglomerado que animaram o mercado hoje
O maior bilionário do planeta ficou US$ 5,7 bilhões (R$ 29,88 bilhões) mais rico nesta quarta-feira (17). Dono de marcas de luxo como a Louis Vuitton e Dior, o francês Bernard Arnault viu sua fortuna disparar hoje — e tudo graças à valorização das ações da LVMH.
Os papéis do conglomerado de luxo francês terminaram a sessão em avanço de 2,84% na bolsa de valores de Paris, negociados a 804 euros. No ano, as ações acumulam alta de 8%.
Com a valorização, o bilionário conhecido como “Lobo de Cashmere” passou a deter um patrimônio estimado em US$ 215,5 bilhões, segundo a Forbes, equivalente a R$ 1,13 trilhão, nas cotações atuais.
No acumulado do ano, a riqueza do executivo subiu US$ 6,55 bilhões, de acordo com o índice de bilionários da Bloomberg.
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É importante lembrar que o patrimônio do CEO da LVMH é constituído principalmente por participações em empresas. Ou seja, quando as ações de suas companhias caem ou sobem na bolsa, a fortuna do Lobo de Cashmere é impactada quase imediatamente.
Isso significa que, do mesmo modo que a riqueza do dono da Louis Vuitton pode disparar bilhões de dólares de um dia para o outro, ela pode derreter na mesma velocidade.
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Bernard Arnault e os outros nove maiores bilionários do mundo
Posição | Nome | Fortuna (US$) | Mudança no dia (US$) | Mudança no ano (US$) |
---|---|---|---|---|
1 | Bernard Arnault | US$ 215,5 bilhões | +US$ 5,7 bilhões | +US$ 6,55 bilhões |
2 | Jeff Bezos | US$ 199,3 bilhões | -US$ 1,8 bilhão | +US$ 28,5 bilhões |
3 | Elon Musk | US$ 184,6 bilhões | -US$ 236 milhões | -US$ 54 bilhões |
4 | Mark Zuckerberg | US$ 173,4 bilhões | -US$ 1,8 bilhão | +US$ 49,2 bilhões |
5 | Larry Ellison | US$ 147,6 bilhões | -US$ 1,4 bilhão | +US$ 10,1 bilhões |
6 | Warren Buffett | US$ 131 bilhões | +US$ 270 milhões | +US$ 11,5 bilhões |
7 | Larry Page | US$ 129,7 bilhões | +US$ 853 milhões | +US$ 12,4 bilhões |
8 | Bill Gates | US$ 128,6 bilhões | -US$ 229 milhões | +US$ 8,4 bilhões |
9 | Sergey Brin | US$ 124,7 bilhões | +US$ 978 milhões | +US$ 11,8 bilhões |
10 | Steve Ballmer | US$ 122,4 bilhões | -US$ 675 milhões | +US$ 12,6 bilhões |
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Por trás da alta das ações da LVMH, dona da Dior
A LVMH divulgou nesta quarta-feira os números de receita do primeiro trimestre deste ano — com crescimento no comparativo ano a ano, na contramão do alerta feito pela dona da Gucci no fim de março, de queda de dois dígitos nas receitas.
Dona de marcas como Louis Vuitton, Dior, Tiffany e Bulgari, a LVMH atingiu 20,7 bilhões de euros em receita (R$ 115,8 bilhões), um avanço de apenas 3% na relação anual, eliminados os efeitos das flutuações cambiais e das aquisições.
Apesar do avanço, esse foi o crescimento mais fraco da companhia desde o início de 2021. É para deixar o investidor na dúvida se é para estourar ou não o champanhe.
”A LVMH teve um bom início de ano, apesar de um ambiente geopolítico e econômico que permanece incerto”, escreveu a empresa.
E por falar em champanhe, o principal detrator do resultado do império de luxo francês no primeiro trimestre de 2024 foi o segmento de vinhos e bebidas, cuja receita caiu 12%, para 1,4 bilhão de euros.
Segundo a empresa, o recuo foi resultado da normalização da procura de champanhe após a pandemia da covid-19 e de uma base de comparação forte no primeiro trimestre de 2023.
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Já o setor de varejo de luxo — que inclui marcas como Sephora e DFS — disparou 11% na mesma base de comparação, para 4,1 bilhões de euros.
O segmento de perfumes e cosméticos também avançou 7% em relação aos três primeiros meses do ano passado, a 2,1 bilhões de euros, com destaque para o desempenho da marca Christian Dior.
Na divisão de moda e artigos de couro, que incluem a Louis Vuitton e a Dior, o crescimento anual foi de 2%, com uma receita de 10,4 bilhões.
Por sua vez, a receita do grupo de negócios de relógios e joias caiu 2% no primeiro trimestre de 2024, a 2,4 bilhões de euros.
*Com informações de Reuters.
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