O Japão está barato? Nem Fórmula 1 e nem festival das cerejeiras — saiba por que muita gente está indo agora para a Terra do Sol Nascente
A recuperação do turismo tem sido impulsionada por um fator que pode se tornar uma dor de cabeça para o governo; entenda por quê
O Grande Prêmio da Fórmula 1 acontece neste final de semana no Japão, mas a estrela não é Max Verstappen ou Charles Leclerc, a Red Bull ou a Ferrari — e sim o iene barato.
A corrida foi transferida do outono — uma época conhecida pela temporada de tufões no Japão, quando fortes chuvas atrapalharam a competição no passado — para 5 a 7 de abril, coincidindo com o pico da mundialmente famosa flor de cerejeira do Japão, a sakura, florescer.
E essa é a aposta do governo do Japão: que o Grande Prêmio e a temporada das cerejeiras somadas a um iene barato atraiam os turistas para o país nesta temporada.
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Para promover a corrida internacionalmente, o circuito começou pela primeira vez a publicar conteúdos em inglês nas redes sociais: oferecendo dicas de viagens e passeios turísticos.
“Com a desvalorização adicional do iene e a temporada das flores de cerejeira, esperamos que o número de turistas estrangeiros fique no mesmo nível ou até maior do que no ano passado”, disse Eijiro Oda, gerente geral do Circuito de Suzuka.
A estimativa é de que 40.000 ingressos foram vendidos a estrangeiros, um aumento de quatro vezes na comparação com os anos imediatamente anteriores à pandemia, de acordo com a Honda Mobilityland, que administra o circuto de Suzuka.
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Japão: um destino que ficou barato para viajar
A pista de Suzuka, favorita entre os pilotos devido às reviravoltas técnicas e retas de alta velocidade, atraiu o maior público em quase duas décadas no ano passado, impulsionada em parte por um aumento no número de visitantes estrangeiros.
A recuperação do turismo no Japão também tem sido impulsionada pelo iene japonês fraco — atualmente nas mínimas em décadas em relação ao dólar.
Iene desvalorizado, um problema para o BC
Se a moeda barata é um chamariz de viajantes estrangeiros, o câmbio desvalorizado se tornou um problema para as autoridades japonesas.
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O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse mais cedo que não descarta medidas para lidar com flutuações no mercado de câmbio.
Segundo ele, o governo japonês está acompanhando o iene de perto e considera os movimentos excessivos da moeda “indesejáveis”.
“Em resposta a movimentos excessivos, queremos responder de forma adequada e não descartaremos quaisquer medidas”, disse Kishida.
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