Juros em alta? Presidente do Fed fala pela primeira vez após dado de inflação e dá sinal claro do que vai acontecer nos EUA — bolsas sentem
A declaração de Powell voltou a sacudir os mercados: Wall Street devolveu ganhos, com o S&P 500 no vermelho, e os yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro norte-americano voltaram a disparar
Quando a inflação nos EUA veio acima do esperado pela terceira vez seguida em março, o mercado correu para recalibrar as expectativas para o início do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) — e o que se viu por aí foi muito bancão transferindo as apostas de junho para setembro e até dezembro deste ano.
De lá para cá, o mercado recebeu novos dados econômicos e a guerra entre Israel e Irã colocou o Oriente Médio em chamas — com o petróleo disparando na sexta-feira (12) junto com o dólar, o ouro e os títulos do Tesouro norte-americano.
Os investidores, mais uma vez, se apressaram para ajustar posições sobre o afrouxamento monetário nos EUA e voltaram a ver uma redução da taxa referencial até julho, afinal, uma guerra alastrada pelo Oriente Médio demandaria apoio econômico por parte dos bancos centrais ao redor mundo.
Tudo como dantes no quartel de Abrantes, certo? Tudo estaria na mesma se o presidente do Fed, Jerome Powell, não viesse a público para falar pela primeira vez sobre a trajetória dos juros depois dos dados de inflação de março.
Wall Street voltou a correr nesta terça-feira (16). Após as declarações de Powell, as bolsas em Nova York devolveram os ganhos, o S&P 500 inverteu o sinal para negativo e os yields (rendimentos) dos Treasurys voltaram a disparar. Por aqui, os ativos domésticos mostraram instabilidade. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
O que Powell falou sobre os juros, afinal?
Dificilmente, o presidente do Fed diz o que vai acontecer com os juros, afinal, existem muitos eventos até a próxima reunião que podem mudar os rumos da política monetária norte-americana. No entanto, Powell costuma dar muitas pistas sobre a tendência dos juros caso a situação não mude até lá. E foi isso que ele fez hoje.
Leia Também
Falando em um fórum centrado nas relações entre EUA e Canadá, o chefão do principal banco central do mundo disse que a economia dos EUA, embora forte, não vê a inflação voltar à meta de 2% — apontando para a maior probabilidade de que os cortes de juros não sejam iminentes.
"Dados mais recentes mostram um crescimento sólido e uma força contínua no mercado de trabalho, mas também uma falta de progresso adicional até agora neste ano na volta à nossa meta de inflação de 2%"
Jerome Powell, presidente do Fed
O Fed mantém os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano desde julho de 2023. Esse é o maior nível da taxa referencial nos EUA em 23 anos e é o resultado de 11 aumentos consecutivos iniciados em março de 2022.
IRÃ VS. ISRAEL: DÓLAR SOBE, TRUMP SE BENEFICIA, E CORTE DE JUROS PODE SER ADIADO
Sem confiança não dá
Repetidas vezes, Powell disse que o banco central norte-americano precisa ter confiança de que a inflação está em uma trajetória descendente para começar a cortar os juros.
A leitura do índice de preços ao consumidor de março, divulgada na semana passada, mostrou que a inflação registrou uma taxa anual de 3,5% — bem longe do pico de quase dois dígitos de meados de 2022, mas em movimento de aceleração desde outubro de 2023.
“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, em vez disso, indicam que é provável que demore mais do que o esperado para alcançar essa confiança”, afirmou Powell. “Dito isto, pensamos que a política está bem posicionada para lidar com os riscos que enfrentamos.”
Powell acrescentou que até que a inflação mostre mais progresso, “podemos manter o atual nível de restrição pelo tempo que for necessário”.
- Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui.
Juros: qual a aposta do mercado agora?
Os mercados precisaram redefinir as expectativas de cortes de juros este ano. No início de 2024, os traders apostavam em seis ou sete cortes este ano, a partir de março. À medida que os dados econômicos foram sendo divulgados, essas projeções mudaram para um ou dois cortes, assumindo movimentos de 0,25 ponto percentual (pp) não começando antes de setembro.
Na atualização mais recente, feita em março, os membros do comitê de política monetária do Fed indicaram três cortes este ano. No entanto, vários deles sublinharam nos últimos dias a natureza dependente dos dados e não se comprometeram a definir um nível de cortes para os juros.
Assim que Powell começou a falar, a probabilidade de o Fed cortar juros em 0,25 pp em 2024 subiu. A chance estimada para esse cenário avançou a 35,6% depois que o dirigente começou a discursar, ante 33,9% instantes antes, de acordo com dados compilados pelo CME Group.
Antes das declarações, a redução de 0,25 pp era tão provável quanto a hipótese de cortes de 0,50 pp, cuja chance caiu de 33,7% para 32,9%.
O mercado também ampliou apostas em uma manutenção do juros em junho, de 80,6% para 84,8%. Por sua vez, a probabilidade de corte recuou de 19,4% a 15,2%. Em julho, a chance de manutenção ficou praticamente estável, passando de 55,6% a 55,5%. E as apostas majoritárias voltaram para setembro, a 62,5%.
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos
Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?
Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*