Milei tem vitória no “STF” da Argentina e mantém decreto em vigor, mas batalha ainda não terminou
Mesmo que a Corte resolvesse barrar o DNU, Milei ainda tem uma carta na manga: ele poderá indicar até dois novos juízes para o tribunal

Em uma semana decisiva para o presidente da Argentina, Javier Milei, o chefe da Casa Rosada obteve uma vitória junto ao Supremo Tribunal do país. Por unanimidade, os magistrados rejeitaram uma apelação do governador da província de La Rioja, Ricardo Quintela, contra o Decreto de Necesidad y Urgencia (DNU), publicado no ano passado.
Retomando o breve histórico, Milei assumiu a presidência com uma plataforma de desregulamentação da economia e propostas de caráter ultraliberal.
Seu primeiro ato à frente da Argentina foi publicar o DNU, um mega decreto com ações de efeito imediato, com várias propostas que iam desde de maxidesvalorização do peso argentino até a extinção de subsídios governamentais.
Parte dos artigos caiu por terra após questionamentos em outras instâncias da Justiça, como foi o caso da proposta de reforma trabalhista.
Agora, a Corte se recusou a analisar o pedido de Quintela, usando como argumento o fato de que não havia um caso concreto de controvérsia judicial no decreto, mas sim uma objeção generalista e abstrata do governador contra o DNU. Sendo assim, os decretos do presidente continuam a valer.
Vale lembrar que a última instância da Justiça — ou seja, os equivalentes ao STF em outros países — tem a função de avaliar a constitucionalidade de propostas.
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: Proposta de Javier Milei pode beneficiar empresa brasileira, com subsidiária na Argentina; veja qual
O que isso significa para a Argentina
A batalha nos tribunais pode ter acabado, mas a briga com os legisladores está só começando. O Senado do país já rejeitou o DNU uma vez, enquanto a Câmara ainda analisa o texto, junto com outro mega pacote Ley Ómnibus.
Tanto o DNU quanto a Ley Ómnibus e o Pacto de Mayo são variações de um mesmo objetivo de Javier Milei: retirar as travas que, segundo ele, impedem o investimento e o desenvolvimento da Argentina.
O presidente, inclusive, tomou medidas para facilitar a entrada de empresas estrangeiras e atrair investimentos para o país.
Batalha dos tribunais
Seja como for, caso as propostas do presidente não sejam aprovadas pelos governadores e legisladores, Milei ainda conta com a possibilidade de exercer seu poder por meio de decretos, agora que a Justiça já declarou que não deve mexer em matérias do tipo.
E, mesmo que o STF da Argentina ainda queira interferir, o presidente ainda conta com uma carta na manga: ele poderá indicar até dois novos juízes para o Tribunal, que conta com cinco magistrados, em breve.
Desde 2021, há uma vaga não preenchida no tribunal que pode ser preenchida por uma indicação de Milei. Já a outra é do juiz Juan Carlos Maqueda, que fará 75 anos no fim de 2024.
Porém, a lei argentina permite que o magistrado continue por mais cinco anos. Para isso, o Senado deve dar uma autorização especial, mas não está claro se Maqueda optará por este caminho.
Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como
Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Dólar livre na Argentina: governo Milei anuncia o fim do controle conhecido como cepo cambial; veja quando passa a valer
Conhecido como cepo cambial, o mecanismo está em funcionamento no país desde 2019 e restringia o acesso da população a dólares na Argentina como forma de conter a desvalorização do peso
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram
Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125%
Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China
Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Partiu Argentina? Três restaurantes recebem estrela Michelin em 2025; veja quais
Guia francês reconheceu dois estabelecimentos em Mendoza e um em Buenos Aires
Javier Milei no fogo cruzado: guerra entre China e EUA coloca US$ 38 bilhões da Argentina em risco
Enquanto o governo argentino busca um novo pacote de resgate de US$ 20 bilhões com o FMI, chineses e norte-americanos disputam a linha de swap cambial de US$ 18 bilhões entre China e Argentina
Wall Street sobe forte com negociações sobre tarifas de Trump no radar; Ibovespa tenta retornar aos 127 mil pontos
A recuperação das bolsas internacionais acompanha o início de conversas entre o presidente norte-americano e os países alvos do tarifaço
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada