Fed inicia primeiro ciclo de alívio monetário em 4 anos nos EUA com corte de 0,50 ponto porcentual nos juros
O início de um ciclo de corte de juros em 2024 nos EUA vinha sendo antecipado pelos participantes do mercado desde o fim do ano passado
O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) finalmente começou a cortar os juros nos Estados Unidos.
O aguardado ciclo de alívio monetário teve início nesta quarta-feira (18) com uma redução de 0,50 ponto porcentual na taxa de referência usada pelo Fed para conduzir sua política monetária.
Pelos próximos 45 dias, a taxa dos Fed Funds ficará na faixa entre 4,75% e 5,00% ao ano nos EUA.
- VEJA MAIS: Queda dos juros nos EUA pode favorecer ações de empresas tradicionais, em detrimento das big techs
Trata-se da primeira redução de juros promovida pelo Fed em mais de quatro anos.
A deflagração de um ciclo de alívio monetário em 2024 vinha sendo antecipada pelos participantes do mercado financeiro desde o fim do ano passado.
No entanto, pressões inflacionárias acompanhadas de um mercado de trabalho aquecido levaram o Fed a manter ao máximo as taxas nos níveis mais restritivos em mais de duas décadas.
Até que um susto ocorrido no início de agosto em meio a temores de que a economia norte-americana estivesse caminhando para uma recessão indicou que o Fed talvez tivesse esticado demais a corda dos juros altos.
Leia Também
A partir daquele momento, a discussão deixou de ser quando o Fed finalmente começaria a baixar os juros, mas de quanto seria o corte na reunião de política monetária encerrada hoje.
Enquanto a maior parte do mercado já esperava um corte de 0,50 ponto porcentual, outra parcela aguardava uma redução de 0,25.
A resposta acaba de ser conhecida.
"Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em ritmo sólido", diz o Fed no comunicado.
"Os ganhos de emprego desaceleraram e a taxa de desemprego subiu, mas continua baixa. A inflação fez mais progressos em direção à meta de 2% do Comitê, mas continua um tanto elevada", prossegue a autoridade monetária.
Dentro de instantes, o presidente do Fed, Jerome Powell, concederá entrevista coletiva sobre a decisão de juros.
Wall Street firma-se em alta após corte mais agressivo nos juros
Nos momentos que antecederam o anúncio do Fed, os índices de ações de Nova York apresentavam leves oscilações positivas.
Logo em seguida, repercutindo o corte mais agressivo, os mercados norte-americanos de ações deram um salto.
Por aqui, o Ibovespa reduziu a queda observada desde os primeiros momento do pregão.
Decisão do Fed não foi unânime
Embora a maioria dos diretores do Fed com direito a voto tenha indicado o corte de 0,50 ponto porcentual, a decisão não foi unânime.
Houve um voto por um corte mais modesto, de 0,25 ponto porcentual. A divergência foi protagonizada por Michelle Bowman.
O que o dot plot diz sobre os juros
A decisão de hoje do Fed teve direito ao chamado dot plot.
Divulgado trimestralmente, o gráfico de pontos traz as projeções dos dirigentes do Fed para os juros no futuro próximo.
O gráfico de pontos indica que a maioria dos dirigentes do Fed prevê pelo menos mais um corte de juros ainda este ano.
Nove diretores da autoridade monetária veem os juros entre 4,25% e 4,50% no fim de 2024.
Se isso se confirmar, os juros nos EUA entrarão em 2025 um ponto porcentual abaixo do início do ciclo.
Outros sete diretores indicam a possibilidade de uma queda menor, para a faixa entre entre 4,50% e 4,75% por anos.
Apenas um acredita em uma queda maior, para a faixa entre 4,00% e 4,25% até o fim do ano.
Enquanto isso, dois dirigentes apostam na manutenção dos juros no nível atual até a passagem para 2025.
8 títulos de renda fixa isentos de imposto de renda para lucrar em cenário de alta de juros e inflação, segundo o BB-BI
Banco manteve indicações de novembro e acrescentou CRA da Marfrig e debênture da Eletrobras, diante da aversão a risco no mercado doméstico
Ação da Cosan (CSAN3) recua e Raízen (RAIZ4) surge entre as maiores quedas do Ibovespa na esteira da renúncia de executivo
Saída de Ricardo Mussa da Cosan Investimentos intensifica a pressão sobre o grupo já abalado por prejuízos e desvalorização na bolsa
Selic a 15% ao ano, inflação e fantasma fiscal: por que a Kinea está vendida na bolsa brasileira?
Responsável por mais de R$ 132 bilhões em ativos, a gestora afirma que “existem melhores oportunidades no exterior”; veja onde a Kinea investe hoje
O dólar não vai parar de subir? Moeda americana segue acima de R$ 6 e bancão diz o que esperar para o fim do ano e para 2025
O UBS BB também fez projeções para a taxa de juros no Brasil; Banco Central tem reunião marcada para a próxima semana — a última sob o comando de Roberto Campos Neto
Tchau, Lemann: Grendene (GRND3) rescinde joint venture no exterior com a 3G Capital e se torna a única dona da GGB
A dona das marcas de calçados Melissa, Ipanema e Rider vai pagar em torno de US$ 10,5 milhões à gestora de Jorge Paulo Lemann para adquirir 50,1% da GGB
Não deu tempo? Focus fica imune à reação do mercado ao pacote fiscal e mantêm projeções para dólar e juros
Enquanto as projeções para a inflação e o PIB subiram, as estimativas para o dólar e os juros permaneceram estáveis
Botafogo bota fogo na bolsa: semana cheia começa com investidores acompanhando fôlego do Trump Trade
Ao longo dos próximos dias, uma série de relatórios de empregos nos Estados Unidos serão publicados, com o destaque para o payroll de sexta-feira
Agenda econômica: Payroll, Livro Bege e discurso do presidente do Fed dominam a semana; no Brasil, PIB ganha destaque
Agenda econômica desta semana conta ainda com relatório Jolts nos EUA e PIB na Zona do Euro; no cenário nacional, pacote fiscal e dados da inflação do país ficam no radar
O Ethereum (ETH) ficou de lado? Criptomoeda come poeira do Bitcoin (BTC) e é “coadjuvante apagada” no bull market de 2024
Apesar do comportamento relativamente apagado, a avaliação de especialistas é que o ativo digital deve sustentar o posto de vice-líder no setor durante este ciclo de alta
Nova CEO da Ânima (ANIM3) mira mercado de R$ 100 bilhões com expansão em ensino ampliado — mas bets, juros e fiscal continuam a fazer pressão
Paula Harraca assumiu o cargo de CEO em julho, com o desafio não só de fazer a Ânima crescer em diferentes frentes, como também tentar chamar a atenção de um mercado arredio para o grupo
Mesmo com pacote de corte de gastos, Brasil carrega a “pedra fiscal” de Sísifo — mas há um FII atraente para os mais avessos a risco
No Brasil, mesmo com o projeto de corte de gastos, seguimos com um problema fiscal significativo para os próximos anos
Oxxo fora dos planos da Raízen (RAIZ4), dividendos da Vale (VALE3) e previdência privada: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
A potencial venda da participação da Raízen no Grupo Nós, dono da marca Oxxo no Brasil, foi destaque no Seu Dinheiro; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Dividendos e novo guidance: RD Saúde (RADL3) anuncia mais de R$ 123 milhões em JCP e revisa projeções de 2025 para cima
A gigante das farmácias revisou a previsão de abertura de lojas no ano que vem; agora, a empresa prevê a inauguração bruta de 330 a 350 unidades
MRV (MRVE3) e Localiza (RENT3) em queda livre: O que causou o colapso das ações na bolsa nesta semana?
O desempenho negativo das ações locais — em especial, das empresas cíclicas, como é o caso da MRV e da Localiza — acompanhou a repercussão do plano fiscal
Ricardo Mussa renuncia como CEO da Cosan Investimentos após menos de um mês — e também abandona conselhos da Raízen (RAIZ4) e da Cosan (CSAN3)
O executivo deixa o grupo de Rubens Ometto após quase duas décadas no conglomerado, em meio à forte pressão sobre as finanças da Cosan e de suas controladas
Itaú Asset lança dois novos ETFs com foco em ações, BDRs e renda fixa — e não é a única com novidades no portfólio
Além dos fundos de índice da Itaú Asset, a BB Asset estreou um novo ETF, e a bolsa brasileira lançou uma versão calibrada do Ibovespa para quem deseja investir em ações
A Selic vai a 14%? Pacote de corte de gastos considerado insuficiente leva mercado a apostar em juros ainda mais altos
Mercado já começa a reajustar as estimativas para a taxa básica de juros e agora espera uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom
Dólar atinge R$ 6,10 e juros futuros disparam: nem fala do futuro presidente do Banco Central segurou os mercados hoje
Gabriel Galípolo tentou colocar panos quentes nos anúncios mais recentes do governo, afirmando perseguir a meta de inflação e sinalizar a continuidade do aperto da Selic
A queridinha dos dividendos está de volta: Vale (VALE3) vai depositar R$ 2,2 bilhões em JCP na conta dos acionistas
O montante será depositado na forma de juros sobre o capital próprio (JCP), e a expectativa é que o valor total bruto gire em torno de R$ 0,52053 por ação
Um presente e um almoço: pregão espremido entre feriado e fim de semana deve trazer volatilidade para bolsa brasileira hoje
Em dia de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e Black Friday, investidor deve continuar a digerir o pacote apresentado por Haddad