Pseudoconciliação e promessa de deportação em massa: o que você precisa saber sobre o último discurso de Trump
Donald Trump discursou no fim da noite de quinta-feira ao aceitar a indicação do Partido Republicano para concorrer à presidência dos EUA em novembro
Tudo transcorreu conforme o roteiro na Convenção Nacional do Partido Republicano. O evento terminou no fim da noite de quinta-feira (18), quando o ex-presidente norte-americano Donald Trump finalmente aceitou a indicação republicana para disputar a Casa Branca em novembro.
O evento de encerramento contou com Kid Rock apresentando uma versão da música “American Bad Ass”, participação da lenda da luta-livre Hulk Hogan e a apresentação de Trump pelo diretor do UFC, Dana White.
Pouco antes da meia-noite (hora de Brasília), Donald Trump subiu ao palco e discursou por mais de uma hora e meia.
O clima de espetáculo deu lugar a um Trump menos histriônico que de costume.
O ex-presidente falou sobre o atentado sofrido no último sábado e até tentou transmitir uma mensagem de união nacional.
Confira a seguir os principais pontos do discurso de Trump
Depois do atentado do último sábado, Trump disse a jornalistas que rasgou o discurso preparado para a convenção e escreveu outro do zero. Isso gerou expectativa em relação ao teor da fala do candidato republicano.
Trump iniciou o discurso com um relato do atentado contra sua vida.
Se não tivesse virado a cabeça para conferir dados em uma tela, “não estaria aqui”, disse ele.
“Ouvi um som alto de assobio e senti algo me atingir muito, muito forte na orelha direita, perguntei a mim mesmo, o que foi isso? Só pode ser uma bala”, relatou.
“Havia sangue jorrando por toda parte, e ainda assim, de certa forma, me senti muito seguro porque tinha Deus ao meu lado”, afirmou.
Ele aproveitou o momento para homenagear o bombeiro Corey Comperator, apoiador de Trump morto no atentado.
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Trump moderado #sqn
Depois do relato em primeira pessoa sobre o atentado, Trump defendeu que a discórdia e a divisão na sociedade norte-americana precisam ser curadas.
“Juntos, lançaremos uma nova era de segurança, prosperidade e liberdade para cidadãos de todas as raças, religiões, cores e credos”, afirmou ele.
“Estou concorrendo para ser presidente de toda a América, não de metade da América, porque não há vitória em vencer para metade da América”, declarou.
Em outro momento, disse que “não devemos criminalizar a dissidência nem demonizar a discordância política”, disse.
Mas o tom conciliatório soou como palavras ao vento quando Trump falou sobre os democratas e os imigrantes.
Trump chamou a imigração ilegal de “uma invasão que mata centenas de milhares de pessoas por ano” e prometeu a “maior operação de deportação na história do nosso país”.
Ele também direcionou sua fúria contra o Partido Democrata.
“O Partido Democrata deve parar imediatamente de armar o sistema de justiça e rotular seu oponente político como um inimigo da democracia, especialmente porque isso não é verdade, na verdade, sou eu quem salva a democracia para o povo do nosso país.”
Trump quase esqueceu de Biden
O discurso de Trump foi recheado de críticas a políticas desenvolvidas pelo atual governo. No entanto, ele mencionou o presidente Joe Biden pelo nome apenas uma vez.
Quando o fez, não recorreu aos apelidos jocosos com os quais costuma se referir ao rival. Disse apenas que Biden é “um dos piores presidentes da história” dos Estados Unidos.
“O dano que ele causou a este país é impensável, simplesmente impensável”, disse Trump.
Lembrando que o discurso de Trump ocorre em um momento no qual a campanha de Biden está paralisada e aliados o pressionam para que desista da candidatura.
Mentiras e meias-verdades
Um discurso de Trump não é um discurso de Trump sem mentiras ou meias-verdades.
Uma de suas principais bandeiras de campanha é a retórica contra os imigrantes.
No discurso de ontem, ele prometeu terminar a construção de um sistema de muros e cercas na fronteira com o México para impedir a entrada de ilegal de estrangeiros. Os dois países compartilham mais de 3 mil quilômetros de fronteira.
Trump disse já ter construído “a maior parte” do muro durante seu primeiro mandato (2017-2020). O trecho efetivamente construído no período, porém, não passa de 100 quilômetros.
Donald Trump também apresentou um quadro de inflação fora de controle nos Estados Unidos.
Embora o banco central norte-americano esteja realmente lutando para manter os preços sob controle, os números apresentados por Trump destoam da realidade.
Segundo ele, “hortifrutis subiram 50%, a gasolina aumentou de 60 a 70%, as taxas de hipotecas quadruplicaram".
No entanto, a inflação acumulada desde a posse de Biden, em 2021, é de aproximadamente 20%.
Também não podia ficar de fora a alegação infundada de que ele perdeu as eleições de 2020 para Biden por uma suposta fraude em larga escala.
*Com informações de agências de notícias internacionais.
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