🔴 30.000% EM 10 MESES INVESTINDO NESTE ATIVO DIGITAL- VEJA QUAL 

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens antes de entrar no mercado financeiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.
SAINDO DO BURACO

China está fazendo de tudo para se salvar do colapso: veja o que Xi Jinping já anunciou até agora para estimular a economia 

O país asiático tenta, desde setembro, se “livrar” do fantasma da crise imobiliária, iniciada ainda em 2021, com o calote da Evergrande

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
17 de outubro de 2024
12:06 - atualizado às 12:07
china xi jinping estímulos economia pacote de medidas evergrande
Imagem: iStock.com/claffra

A China está tentando de tudo para se livrar dos problemas econômicos que estão assolando a segunda maior economia do mundo desde o calote da gigante imobiliária Evergrande, ainda em 2021. Desde setembro deste ano, o país tem anunciado pacote atrás de pacote para voltar a crescer com vigor. 

O maior foco das medidas é o setor de imóveis, cuja crise reverbera em vários outros segmentos da economia chinesa e até mesmo no cenário global. 

Aqui no Brasil, a principal empresa implicada nessa história é a Vale (VALE3), uma vez que os preços do minério de ferro estão bem pressionados.

Nos mercados, o anúncio de mais um pacote não trouxe alívio. O Ibovespa recuava 0,89%, por volta das 11h40. Na China, o índice Xangai Composto fechou em queda de 1,05%. 

Reunimos nesta matéria o que já foi anunciado pelo governo de Xi Jinping até o momento para tentar “salvar” a China do colapso. 

Setembro 2024: China anuncia pacote ‘agressivo’, o primeiro de muitos

No dia 24 de setembro, o presidente do Banco Popular da China (PBoC) – banco central chinês –, Pan Gongsheng, anunciou as medidas de estímulo econômico mais agressivas desde a pandemia de Covid-19

Leia Também

O banco central da China reduziu a taxa de compulsório dos bancos – que é o dinheiro que as instituições financeiras devem manter como reserva – em 50 pontos-base (pb), atingindo o nível mais baixo desde 2018.

À época do anúncio, Gongsheng ainda sinalizou com um novo corte nos compulsórios de 25 a 50 pb até o fim deste ano.

A medida considerada uma das mais importantes pelo mercado foi a queda da taxa básica de juros. O banco central reduziu a taxa de recompra reversa (repo) de 7 dias em 20 pb, para 1,5%.

Outra proposta para melhorar a situação fiscal foi a emissão de 2 trilhões de yuans (R$ 1,59 trilhões) em títulos de dívida. Os valores seriam usados para estimular o consumo, dar um auxílio financeiro para famílias que tiverem duas ou mais crianças, além de ajudar os governos locais a resolver seus problemas de dívida.

A vez das hipotecas

Cinco dias depois, o PBoC anunciou que reduziria as taxas de hipotecas que foram formalizadas antes do dia 31 de outubro. 

Os bancos comerciais foram instruídos a fazer a redução para, no mínimo, 30 pb abaixo da taxa básica de empréstimos (Loan Prime Rate), que é a referência para empréstimos hipotecários. Atualmente, esta taxa está em 3,35% a.a. 

Nesse período, algumas cidades chinesas divulgaram iniciativas para conter a crise imobiliária.

Guangzhou eliminou todas as barreiras para compra de imóveis, enquanto as cidades de Xangai e Shenzhen declararam o afrouxamento de restrições para não-habitantes, além da diminuição do valor da entrada para menos de 15% para as pessoas que estão comprando a primeira casa. 

O PBoC também anunciou que iria estender até o final de 2026 os estímulos para construtoras, principalmente no quesito de empréstimos, para suprir demandas de financiamento. 

Outubro 2024: decepção com pacote ‘modesto’

A China frustrou a expectativa do mercado por um pacote trilionário de incentivos e anunciou a antecipação de “apenas” 100 bilhões de yuans (R$ 79,5 bilhões) do orçamento para investimentos em 2025 e outro montante equivalente para projetos de construção.

O mercado de ações não fica imune 

O PBoC lançou um mecanismo de swap de 500 bilhões de yuans (R$ 398 bilhões) para permitir que empresas de valores mobiliários, fundos e seguros obtenham ativos líquidos para suas compras de ações.

Em coletiva de imprensa detalhando o pacote, o presidente do PBoC afirmou que o mecanismo de swap "aumentaria significativamente a capacidade dessas instituições de levantar fundos e aumentar as participações em ações".

As operações de swap implicam na troca de taxas ou rentabilidade de ativos financeiros entre agentes econômicos de forma simultânea. Ou seja, é uma troca entre empresas, investidores e governo.

Essa operação tem como objetivo reduzir riscos e tornar o resultado mais previsível entre as partes frente às diversas oscilações imprevisíveis do mercado e a volatilidade cambial.

Os passos mais recentes de Xi Jinping

No sábado (11), o Ministério das Finanças anunciou que liberaria a emissão de títulos de dívida especiais pelos governos locais para compra de terrenos, além de permitir que os subsídios habitacionais fossem usados para moradias existentes, não só para as novas construções. 

Por fim, nesta quinta-feira (17), a China se movimentou novamente anunciando financiamentos para projetos imobiliários não finalizados.

O governo aumentou o número de empreendimentos na “whitelist” (lista branca, em português) e expandiu o crédito concedido a eles para finalização das obras, disponibilizando empréstimos que somam o total de 4 trilhões de yuans (R$ 3,1 trilhões). 

O valor anteriormente concedido era de 2,2 trilhões de yuans (R$ 1,75 tilhões).

  • Explicando melhor: a “whitelist” foi uma iniciativa lançada em janeiro, em que os governos municipais podem indicar projetos residenciais para conseguir financiamento mais rapidamente. A intenção é que eles sejam finalizados logo para serem entregues aos compradores.

Xiao Yunqi, vice-ministro da administração financeira, declarou que os bancos deveriam conceder o crédito “o mais rápido possível”, liberando os empréstimos por completo, e não em parcelas.

*Com informações da CNBC

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CBDC INTERNACIONAL

Rússia quer se livrar do dólar e lança documento para criar criptomoeda comum aos BRICS — e critica forma como FMI trata emergentes

15 de outubro de 2024 - 19:23

Alguns problemas impedem o lançamento de uma CBDC que englobe todo o bloco e os detalhes você confere a seguir

MAIS UMA ALTA

O que fez o bitcoin (BTC) recuperar o patamar de US$ 67 mil e se aproximar das máximas históricas? Veja criptomoedas hoje

15 de outubro de 2024 - 12:02

O mercado espera que os novos estímulos da China, somados ao aumento da liquidez global em virtude do corte de juros nos EUA, ajude no desempenho das criptomoedas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O (mercado) brasileiro não tem um dia de sossego: Depois da alta da véspera, petróleo ameaça continuidade da recuperação do Ibovespa

15 de outubro de 2024 - 8:18

Petróleo tem forte queda nos mercados internacionais, o que tende a pesar sobre as ações da Petrobras; investidores aguardam relatório de produção da Vale

MUITO ALÉM DA CÓPIA

Louis Vuitton, Gucci, Dior: como a China pode destruir o mercado de luxo — e não é só com réplicas mais baratas

14 de outubro de 2024 - 18:45

As ações das grandes marcas de luxo estão passando por uma montanha-russa este ano e a segunda maior economia do mundo tem muito a ver com isso

CRIPTOS HOJE

Obrigado, China (ou quase isso): bitcoin (BTC) e outras criptomoedas sobem mesmo sem detalhes sobre novos estímulos à segunda maior economia do mundo

14 de outubro de 2024 - 9:33

Ainda nesta semana, os investidores aguardam números de atividade econômica chinesa e balanços das empresas de tecnologia

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços

14 de outubro de 2024 - 8:14

Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Prévia do PIB no Brasil divide holofotes com decisão de juros do BCE e início da temporada de balanços nos EUA

14 de outubro de 2024 - 7:01

A agenda econômica desta semana ainda conta com relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e PIB da China

SUPERANDO GIGANTES

Se fosse um país, esta gestora seria a 3ª maior economia do mundo

11 de outubro de 2024 - 11:51

Com US$ 11 trilhões de ativos sob gestão, empresa só ficaria atrás do PIB dos Estados Unidos e da China

MAIS UMA CARTADA

Um “empurrãozinho” para o mercado de ações: China lança mecanismo de swap de 500 bilhões de yuans

10 de outubro de 2024 - 15:31

Medida vai permitir que empresas de valores mobiliários, fundos e seguros obtenham ativos líquidos para suas compras de ações

NOVA CARTA DA VERDE ASSET

Por que o fundo Verde segue zerado em bolsa brasileira? Time de Stuhlberger acredita que as ações locais tem pouco a ganhar com o pacote de estímulos chinês

9 de outubro de 2024 - 13:25

O fundo teve um desempenho positivo de 1,7% em setembro, contra 0,83% do CDI. Já o acumulado no ano é de 6,39%, abaixo dos 7,99% registrados pelo benchmark

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Efeito borboleta: Investidores monitoram ata do Fed, falas de dirigentes e IPCA de setembro para antecipar rumos do Ibovespa e dos juros

9 de outubro de 2024 - 8:09

Participantes do mercado esperam aceleração da inflação oficial no Brasil em meio a temores de ciclo de alta de juros ainda maior

NÃO DEIXOU BARATO

A retaliação da China: veja quem vai ‘pagar a conta’ pela taxação de carros elétricos chineses na União Europeia

8 de outubro de 2024 - 11:39

Exportadores de um determinado bem de consumo terão que fazer depósitos de segurança para a alfândega chinesa, como parte de medida antidumping

FRUSTRANTE

China prometeu muito e entregou pouco? Pacote de medidas de estímulo à economia decepciona o mercado

8 de outubro de 2024 - 10:33

Anúncio do governo frustrou os investidores, que esperavam medidas na casa dos trilhões de yuans

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sabatinando Galípolo: Senado vota hoje indicado de Lula para suceder Campos Neto no Banco Central, mas Ibovespa tem outras preocupações

8 de outubro de 2024 - 8:06

Além da sabatina de Galípolo, Ibovespa terá que remar contra a queda do petróleo e do minério de ferro nos mercados internacionais

GIGANTE EM TRANSE

China muda abordagem e concentra estímulos na bolsa para restaurar confiança na economia, diz Gavekal

7 de outubro de 2024 - 20:18

Quem quiser lucrar com o pacote estímulos da China provavelmente terá de investir diretamente na bolsa do país, na visão do cofundador da Gavekal

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Eleições voltam à estaca zero, enquanto investidores aguardam números de inflação no Brasil e nos Estados Unidos

7 de outubro de 2024 - 8:11

Além disso, nesta semana ainda será publicada a ata da mais recente reunião do Fomc, o Copom norte-americano, que reduziu os juros nos EUA

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Inflação é destaque no Brasil, EUA e China, com ata do Fed e PIB do Reino Unido no radar

7 de outubro de 2024 - 7:02

Além de dados de inflação, as atenções dos mercados financeiros se voltam para o fluxo cambial do Brasil e a balança comercial dos EUA e Reino Unido

IMPOSTO APROVADO

Carros elétricos da China vão ser taxados em até 45% na União Europeia;  o que isso significa para o mercado de EVs?

5 de outubro de 2024 - 13:45

O governo chinês afirma que a decisão afeta décadas de cooperação entre os dois grupos; alguns países temem retaliação do país asiático

EXPECTATIVAS FRUSTRADAS

Tesla registra o primeiro aumento nas entregas trimestrais de carros elétricos este ano, mas as ações caem forte em NY: o que frustrou os investidores da montadora?

2 de outubro de 2024 - 14:52

Os números marcam o primeiro avanço nas entregas da companhia de Elon Musk este ano, após quedas que alimentaram preocupações em Wall Street

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil

1 de outubro de 2024 - 8:02

Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar