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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

OS TAMBORES DA GUERRA SOAM ALTO

Ataque em 48 horas e socorro da China: o que você precisa saber sobre a vingança do Irã contra Israel que pode abalar o mundo — as bolsas já sentem

Os mercados nesta sexta-feira (12) refletem a gravidade da situação geopolítica, com o petróleo tipo Brent batendo em US$ 92 o barril. Por aqui, o Ibovespa cai e o dólar atinge o maior valor em seis meses, a R$ 5,14.

Carolina Gama
12 de abril de 2024
15:05 - atualizado às 15:22
Imagem gerada por inteligência artificial traz um gráfico de bolsas ao fundo, um barril de petróleo pegando fogo ao centro, com as bandeiras de Irã e Israel de cada lado
Imagem: DAll E / ChatGPT

“Israel precisa ser punido e será”. Foi assim que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, jurou vingança ao suposto ataque de Israel à embaixada de seu país em Damasco no dia 1 de abril — poderia ser mentira, mas não é e o mundo vê agora as maiores potências do planeta emitindo alertas de segurança para uma revanche que pode acontecer nas próximas 48 horas. 

Os mercados nesta sexta-feira (12) refletem a gravidade da situação geopolítica. O petróleo tipo Brent — usado como referência internacional — já chegou a US$ 92 o barril, uma cotação mais elevada do que os US$ 86 do dia seguinte ao início da guerra entre Israel e o Hamas

O ouro, por sua vez, renova recordes sucessivos; o dólar dispara — por aqui, a moeda norte-americana já encostou em R$ 5,14 e pode subir ainda mais — e os yields dos Treasurys renovam mínimas. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.

Nos quatro cantos do mundo, os investidores estão em busca de abrigo e não é para menos: a prometida vingança do Irã contra Israel tem potencial para ampliar a guerra em curso em Gaza e deve colocar fogo de vez no Oriente Médio —  ainda mais quando os envolvidos têm armas nucleares

A partir de agora, o Seu Dinheiro traça a linha do tempo dessa rivalidade e lista os principais pontos dos eventos que podem escalar o conflito na região nas próximas horas. 

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Irã e Israel: inimigos, mas nem sempre

O ódio entre Irã e Israel é conhecido no mundo, mas nem sempre foi assim. O Irã, por exemplo, foi o segundo país de maioria muçulmana a reconhecer Israel como um estado soberano, depois da Turquia

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As relações entre os dois países podem ser divididas em quatro fases principais:

  • 1947 a 1953: o período ambivalente
  • 1953 a 1979: o período amigável durante a era da dinastia Pahlavi
  • 1979 a 1990: o período de agravamento após a Revolução Iraniana 
  • A partir de 1991: o período contínuo de hostilidade aberta desde o fim da Guerra do Golfo

Foi só depois da Revolução Islâmica de 1979 que o Irã cortou os laços diplomáticos e comerciais com Israel e o governo teocrático deixou de reconhecer a legitimidade de Israel como Estado. 

A mudança da paz para a hostilidade aberta começou na década de 1990, pouco depois do colapso da União Soviética e da derrota do Iraque na Guerra do Golfo, quando o poder relativo no Médio Oriente foi transferido para Irã e Israel. 

O conflito se intensificou quando o governo de Yitzhak Rabin adotou uma postura mais agressiva em relação ao Irã. O conflito retórico esquentou ainda mais na presidência de Mahmoud Ahmadinejad, que fazia sucessivas declarações inflamadas contra Israel

Outros fatores que contribuíram para a escalada das tensões bilaterais incluem:

  • O desenvolvimento da tecnologia nuclear pelo Irã em relação à Doutrina Begin de Israel — cujo princípio é “a melhor defesa é a prevenção rigorosa” 
  • O financiamento do Irã a grupos islâmicos como o Hezbollah, a Jihad Islâmica e o Hamas,
  • O alegado envolvimento em ataques terroristas

O DADO QUE PODE MUDAR O JOGO PARA A ECONOMIA GLOBAL

O gatilho da vingança

A guerra de Israel contra o Hamas, apoiado pelo Irã, começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque terrorista do grupo que controla a Faixa de Gaza. O conflito levou à ofensivas contra facções no Líbano, no Iêmen e na Síria — que os israelenses consideram representantes de Teerã.

Os iranianos, no entanto, insistem que não estão coordenados com os grupos militantes nas ofensivas — embora tenha elogiado o ataque terrorista do Hamas de 7 de outubro.

Mas o que coloca Israel em alerta máximo agora são as múltiplas ameaças e os sinais dos serviços de inteligência de que o Irã lançaria um ataque contra alvos israelenses em uma tentativa de vingar o ataque aéreo de 1 de abril contra um prédio da embaixada iraniana na capital síria, Damasco. 

A ação matou vários comandantes do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) — uma espécie de força de elite do Irã — incluindo dois generais.

Tanto Teerã como Damasco culparam Israel pelo ataque à embaixada e prometeram vingança, embora Tel Aviv não tenha comentado o assunto.

De acordo com relatórios da inteligência norte-americana ao qual o The Wall Street Journal teve acesso, o Irã pode lançar um ataque em solo israelense nas próximas 24 horas a 48 horas. 

De acordo com o Journal, que cita um conselheiro do IRGC, a Guarda forneceu ao líder supremo do Irã várias opções para atacar os alvos israelenses. 

Segundo a fonte, entre as possibilidades estão um ataque direto a Israel com sofisticados mísseis de médio alcance.

Mas Khamenei ainda não decidiu sobre os planos. O aiatolá estaria preocupado sobre a possibilidade de um ataque direto sair pela culatra, com os projéteis sendo interceptados e Israel respondendo com uma retaliação pesada à infraestrutura estratégica do Irã. 

Ocidente pede socorro à China, EUA defenderão Israel

Nesse barril de pólvora, EUA e Europa estão trilhando uma linha tênue com a China: denunciam a segunda maior economia do mundo como um risco comercial ao mesmo tempo em que querem que Pequim use sua considerável influência diplomática com países isolados pelas sanções ocidentais.

A China é parceira comercial crítica da Rússia e do Irã, sendo um dos principais destinos das exportações de petróleo. Os três países também são membros do Brics, grupo de países emergentes que também tem o Brasil

De olho nessa posição estratégica de Pequim, diplomatas ocidentais aumentaram a pressão para evitar que o Irã incendeie o Oriente Médio com um ataque direto de retaliação contra Israel.

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, conversou  com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e autoridades na Turquia e na Arábia Saudita, pedindo  que “deixassem claro que a escalada não é do interesse de ninguém e que os países deveriam instar o Irã a não escalar”.

“Também nos envolvemos com aliados e parceiros europeus nos últimos dias e instámo-los a enviar uma mensagem clara ao Irão de que a escalada não é do interesse do Irã, não é do interesse da região e não é do interesse do mundo”, disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller.

A Alemanha, cujo chanceler Olaf Scholz visitará a China na próxima semana, também está  em contato com Pequim sobre a questão do Irã. Os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido e da Austrália também instaram o Irã a não aprofundar o conflito.

Só que apesar dos apelos para o esfriamento dos ânimos, os EUA estão dispostos a defender Israel em caso de ataque direto do Irã. 

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, telefonou no fim da quinta-feira (11) ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para reassegurar que Washington defenderia seu mais próximo aliado na região caso o Irã ataque em solo israelense. 

"Israel poderia contar com todo o apoio dos EUA para defendê-lo contra ataques iranianos, os quais Teerã ameaçou publicamente realizar", afirmou um porta-voz do Pentágono. 

Os mercados no barril de pólvora

“Determinamos uma regra simples: quem nos prejudicar, nós iremos prejudicar também. Estamos preparados para atender a todas as necessidades de segurança do Estado de Israel, tanto defensivamente quanto ofensivamente”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. 

Qualquer ataque direto do Irã em solo israelense e a consequente resposta de Tel Aviv aumentaria o impacto internacional do conflito de Gaza, que já havia repercutido nos mercados por meio do aumento dos preços do petróleo e das perturbações comerciais causadas pelos ataques iemenitas no Mar Vermelho.

Nesta sexta-feira (12), o petróleo tipo Brent — usado como referência internacional — bateu em US$ 92, impulsionando as ações de gigantes do setor como Exxon Mobil, que atingiram máxima histórica intradiária a US$ 123,74. 

A Petrobras (PETR4) é uma das poucas petroleiras que vai na contramão do rali do setor de energia no mundo, pressionada por declarações o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que disse que a empresa não pensa em substituir o presidente do Conselho de Administração, Pietro Mendes, afastado pela justiça. 

No mercado de câmbio, o dólar ganha força. Por aqui, a moeda bateu máxima em seis meses, a R$ 5,14 no mercado à vista. O Seu Dinheiro explicou o que mexe com a moeda norte-americana hoje

O sentimento de aversão ao risco e a busca por abrigo também mexe com o mercado de dívida norte-americano, considerado o mais seguro do mundo. Os juros dos Treasurys seguem operando em queda, depois de atingirem mínimas mais cedo. 

Entre as bolsas, com raras exceções como Londres — que subiu por ter nas commodities metálicas um peso grande — a tendência também é de queda. Wall Street opera com perdas de mais de 1%, movimento acompanhado de perto pelo Ibovespa

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