Além do HSBC: veja outras empresas que deixaram a Argentina nos últimos três anos; P&G, Latam e Walmart estão na lista
O setor financeiro foi um dos que mais foi afetado pela crise argentina. Por exemplo, em meados de 2023, o banco Itaú também anunciou sua saída do país após mais de 40 anos

Em abril deste ano, o HSBC anunciou um acordo de venda do HSBC Argentina ao Grupo Financiero Galicia, maior grupo financeiro privado argentino, por US$ 550 milhões.
A falta de dólares é um dos pilares da crise na Argentina e fez diversas empresas sofrerem com pressões cambiais no país. Entre as brasileiras, a cervejaria Ambev (ABEV3), o frigorífico Minerva (BEEF3), a operadora de turismo CVC (CVCB3), entre outras, tiveram seus resultados afetados por esse cenário. Veja mais aqui.
E, recentemente, a Procter & Gamble (P&G) se juntou ao grupo das mais de vinte empresas multinacionais que abandonaram o mercado argentino nos últimos três anos com a venda da operação local para o grupo Newsan.
A lista ainda inclui desde a loja de departamentos Falabella até a companhia aérea Latam, passando pela rede de supermercados Walmart e o laboratório Pierre Fabre.
- AÇÃO DO MILEI? Esta ação brasileira pode disparar com possíveis decisões do presidente da Argentina. E este nem é o único gatilho. Clique aqui para conferir o nome da ação gratuitamente.
Êxodo de companhias não tem só a ver com crise na Argentina
A saída dessas empresas não é apenas um efeito da crise no país e teve início na pandemia de covid-19. Naquele momento, muitas multinacionais decidiram redefinir suas estratégias de negócios e priorizar investimentos em mercados considerados mais estratégicos.
É verdade que esses fatores "globais" se somaram aos problemas da própria economia argentina, como a falta de previsibilidade, a constante mudanças legais e, principalmente, as restrições às importações e a impossibilidade de remessa de divisas para o exterior.
Leia Também
“Liquidem agora”, ordena Milei. A decisão da Argentina que deve favorecer o Brasil
Embora a saída de empresas tenha diminuído nos últimos meses, algumas vendas ainda foram concretizadas nesse sentido em 2024.
Atração de investimentos
Vale dizer que esse movimento também pressiona o acúmulo de moeda estrangeira no país. Uma das medidas feitas pelo governo de Javier Milei, ultraliberal e presidente do país, foi a remoção de controles para registro de empresas estrangeiras.
Isso abriria espaço para que empresas offshore não sigam a lei argentina — mas tenham registro semelhante às empresas nacionais.
Na prática, esse pode ser um caminho para que a Argentina se torne um “paraíso fiscal” — regiões conhecidas por terem baixos impostos e regulações, que são usadas, entre outras coisas, para evasão fiscal. Leia mais sobre a medida aqui.
Empresas que saíram da Argentina
O setor financeiro foi um dos que mais foi afetado pela crise argentina. Por exemplo, em meados de 2023, o banco Itaú também anunciou sua saída do país após mais de 40 anos de operação.
À época, o segmento argentino foi comprado pelo grupo Macro, que desembolsou US$ 50 milhões para adquirir as operações locais do banco brasileiro. Vale ressaltar que, em ambos os casos, as vendas não incluem a transferência das marcas Itaú e HSBC.
Contudo, a saída de empresas da Argentina não se limita ao setor financeiro. Diversos outros segmentos também registraram baixas importantes nos últimos anos:
- Veículos: OLX Autos, Axalta e PPG (autopeças)
- Aviação: Norwegian Air Shuttle
- Vestuário: Zara
- Farmacêutico: Hepatalgina, Gerresheimer e Eli Lilly
- Energia: Sinopec e Petrobras
- Artigos esportivos: Nike e Under Armour
- Brinquedos: Hasbro
- Delivery: Glovo
*Com informações do jornal La Nación
Como fica a bolsa no feriado? Confira o que abre e fecha na Sexta-feira Santa e no Dia de Tiradentes
Fim de semana se une à data religiosa e ao feriado em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira para desacelerar o ritmo intenso que tem marcado o mercado financeiro nos últimos dias
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário
Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Coalizão de bancos flexibiliza metas climáticas diante de ritmo lento da economia real
Aliança global apoiada pela ONU abandona exigência de alinhamento estrito ao limite de 1,5°C e busca atrair mais membros com metas mais amplas
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Dólar livre na Argentina: governo Milei anuncia o fim do controle conhecido como cepo cambial; veja quando passa a valer
Conhecido como cepo cambial, o mecanismo está em funcionamento no país desde 2019 e restringia o acesso da população a dólares na Argentina como forma de conter a desvalorização do peso
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Banco do Brasil (BBSA3) pode subir quase 50% e pagar bons dividendos — mesmo que a economia degringole e o agro sofra
A XP reiterou a compra das ações do Banco do Brasil, que se beneficia dos juros elevados no país
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram
Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125%
Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China
Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
Partiu Argentina? Três restaurantes recebem estrela Michelin em 2025; veja quais
Guia francês reconheceu dois estabelecimentos em Mendoza e um em Buenos Aires
Javier Milei no fogo cruzado: guerra entre China e EUA coloca US$ 38 bilhões da Argentina em risco
Enquanto o governo argentino busca um novo pacote de resgate de US$ 20 bilhões com o FMI, chineses e norte-americanos disputam a linha de swap cambial de US$ 18 bilhões entre China e Argentina