Segura, Javier Milei: Argentina terá inflação de “apenas” 150% em 2024, mas contração econômica será maior, diz FMI
As projeções para 2025 melhoram, com a expectativa de que a inflação fique em 45% no ano e a atividade econômica cresça 5% em relação a 2024

As reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) continuam ao longo de toda semana. Mas as atenções se voltam para o principal credor do órgão, a Argentina, liderada pelo ultraliberal Javier Milei.
Na mais recente apresentação do Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês), representantes do fundo mantiveram as projeções de que a inflação da Argentina cairá para 150% até o fim de 2024, após os preços subirem 211% em 2023.
Contudo, o FMI ainda prevê que a economia argentina irá contrair 2,8% este ano em relação ao ano anterior. O motivo principal é o forte ajuste fiscal implementado pelo governo de Milei para equilibrar as contas públicas e conter a disparada da inflação.
Mas as projeções para 2025 melhoram, com a expectativa de que a inflação fique em 45% ao ano e a atividade econômica cresça 5% em relação ao ano anterior.
Quem deve embarcar para Washington na noite desta terça-feira é o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, ainda sem agenda oficial confirmada.
O que se sabe é que ele busca um novo empréstimo de US$ 15 bilhões junto ao fundo — além de tentar reduzir as sobretaxas sobre a dívida argentina, o que pouparia ao país até US$ 1 bilhão até o fim do ano.
Leia Também
O Super Bowl das tarifas de Trump: o que pode acontecer a partir de agora e quem está na mira do anúncio de hoje — não é só a China
Tony Volpon: Buy the dip
- Javier Milei pode dar um “empurrãozinho” para ação brasileira? Veja como uma promessa de campanha do presidente argentino é capaz de impulsionar os resultados de uma empresa listada na B3
Disputas internas
Ainda nos próximos dias, outro nome que deve ser lembrado com carinho por Milei é o de Victoria Villarruel. Isso porque a vice-presidente também acumula o cargo de presidente do Senado na Argentina.
Em outras palavras, Villarruel também é responsável por colocar as pautas do governo em debate nas Casas Legislativas.
Porém, a vice-presidente já deu algumas “caneladas” com os deputados, como quando colocou em pauta o chamado Decreto de Necesidad y Urgencia (DNU) antes que o governo pudesse negociar o acordo e fazer alianças.
Assim como a Ley Ómnibus, o DNU é um pacote de decretos que trazem medidas e reformas de desregulamentação da economia.
Agora, o papel de Villarruel será o de articular com o Congresso, no qual o partido do presidente não consegue compor maioria em nenhuma das duas casas, a aprovação dos pacotes do presidente,
A Argentina de Milei sob pressão
Por fim, vale lembrar que Milei começou o ano apostando todas as fichas na Ley Ómnibus e no Decreto de Necesidad y Urgencia (DNU), que o Congresso fez voltar à estaca zero na Casa.
Agora, as atenções se voltam para o chamado Pacto de Maio, que deve ser assinado entre a União e os governadores das províncias em 25 de maio, na cidade de Córdoba — onde, diz Milei, teria nascido seu cão Conan.
A medida, contudo, não é novidade: assim como a Lei Ônibus e o DNU, o Pacto de Maio nada mais é do que uma proposta de desregulamentação da economia argentina.
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Argentina em apuros: governo Milei pede US$ 20 bilhões emprestados ao FMI
Ministro da Economia negocia com Banco Mundial, BID e CAF; ao longo de sua história, país já realizou 23 empréstimos junto ao Fundo Monetário internacional.
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Agenda econômica: Ata do Copom, IPCA-15 e PIB nos EUA e Reino Unido dividem espaço com reta final da temporada de balanços no Brasil
Semana pós-Super Quarta mantém investidores em alerta com indicadores-chave, como a Reunião do CMN, o Relatório Trimestral de Inflação do BC e o IGP-M de março
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Warren Buffett enriquece US$ 22,5 bilhões em 2025 e ultrapassa Bill Gates — estratégia conservadora se prova vencedora
Momento de incerteza favorece ativos priorizados pela Berkshire Hathaway, levando a um crescimento acima da média da fortuna de Buffett, segundo a Bloomberg
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas
A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir
A recessão nos EUA: Powell responde se mercado exagerou ou se a maior economia do mundo está em apuros
Depois que grandes bancos previram mais chance de recessão nos EUA e os mercados encararam liquidações pesadas, o chefe do Fed fala sobre a situação real da economia norte-americana
Decisão do Federal Reserve traz dia de alívio para as criptomoedas e mercado respira após notícias positivas
Expectativa de suporte do Fed ao mercado, ETF de Solana em Wall Street e recuo da SEC no processo contra Ripple impulsionam recuperação do mercado cripto após semanas de perdas
Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui
O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita
Sem medo de Trump: BC dos EUA banca previsão de dois cortes de juros este ano e bolsas comemoram decisão
O desfecho da reunião desta quarta-feira (19) veio como o esperado: os juros foram mantidos na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, mas Fed mexe no ritmo de compra de títulos
Haddad despenca, Galípolo passa raspando, inflação em alta e economia rumo à recessão: como a Faria Lima vê o governo Lula
Segundo pesquisa Genial Quaest, para 93% dos agentes de mercado a política econômica está na direção errada — e a culpa é do presidente, não de Haddad
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos