Agência Internacional de Energia atualiza projeções e joga balde de água fria sobre as cotações de petróleo
Por volta das 12h00, preço futuro do Brent estava em leve alta de 0,34%, a mesma variação positiva do WTI.
As cotações internacionais do petróleo amanheceram em alta nesta quinta-feira, impulsionadas pela divulgação dos dados de inflação nos EUA abaixo do previsto. As altas, no entanto, não se sustentaram. Tanto os preços futuros do Brent como o WTI passaram a operar entre leves quedas e leves altas.
A tendência do mercado, com a inflação diminuindo, reforça as esperanças de que o Federal Reserve cortará as taxas de juros ainda este ano.
A inflação medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) caiu 0,1% de maio a junho, colocando a taxa de 12 meses em 3%, perto do menor nível em mais de três anos, de acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA.
Taxas de juros mais baixas geralmente estimulam o crescimento econômico, o que pode impulsionar a demanda por petróleo bruto.
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Expectativas revisadas
A Agência Internacional de Energia (AIE), no entanto, jogou água nas expectativas do mercado. Cortou sua previsão para a alta na demanda global da commodity em 2025 e elevou suas projeções para a oferta, em um cenário que provavelmente deixaria o mercado superavitário.
Em relatório publicado nesta quinta-feira (11), a organização com sede em Paris prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará 980 mil barris por dia (bpd) em 2025.
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No documento anterior, a estimativa era de avanço de 1 milhão de bpd. Como resultado, espera-se que o consumo total no próximo ano fique em 104 milhões de bpd.
Por volta das 12h00 (horário de Brasília), a cotação futura do barril de petróleo tipo Brent, para agosto, estava em US$ 85,42, com leve alta de 0,34%. Já o futuro do barril do WTI operava em alta também de 0,34%, a US$ 82,46.
Demanda em alta
Para este ano, a AIE elevou levemente sua projeção para o avanço na demanda, de 960 mil bpd para 970 mil, o que traria o total neste ano a 103,1 milhões de bpd, segundo informações da Dow Jones Newswires.
No segundo trimestre, o avanço da demanda desacelerou para 710 mil barris por dia, menor resultado trimestral em mais de um ano, segundo a agência. Apenas na China, houve contração no consumo de petróleo tanto em abril quanto em maio.
Segundo o relatório, a AIE ajustou para cima suas previsões para a oferta de petróleo fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) neste e no próximo ano.
A Opep+, por outro lado, está muito mais otimista, prevendo um crescimento da demanda de 2,2 milhões de bpd, já que o cartel prevê um sólido crescimento econômico de 2,9% este ano.
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Produção deve ser maior
A expectativa da AIE agora é que a produção global do óleo bruto avance 1,5 milhão de bpd em 2024 e 1,8 milhão de bpd em 2025. Anteriormente, as estimativas eram de altas de 1,4 milhão de bpd neste ano e de 1,5 milhão de bpd no ano que vem.
Em relação à oferta total de petróleo, as projeções da AIE foram ligeiramente ampliadas para 2024, de 102,9 milhões de bpd para 103 milhões de bpd, e para 2025, de 104,7 milhões de bpd para 104,8 milhões de bpd.
*(Com informações do Estadão Conteúdo e da rede de TV CNBC)
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