🔴 AÇÕES, CRIPTOMOEDAS E MAIS: CONFIRA DE GRAÇA 30 RECOMENDAÇÕES

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
ELEIÇÕES NOS EUA

A euforia com Trump vai durar? Os 5 fatores que podem fazer a onda vermelha se tornar um tsunami sobre os mercados

O estrategista-chefe do UBS Investment Bank listou os pontos de atenção para os investidores em caso de vitória do republicano em novembro

Carolina Gama
22 de julho de 2024
18:46 - atualizado às 17:16
Donald Trump
Donald Trump - Imagem: Shutterstock

Desde o debate desastroso entre Joe Biden e Donald Trump, que culminou com a desistência do presidente dos EUA à reeleição, os mercados reduziram as chances da vitória democrata em novembro. Essa leitura favoreceu operações que se beneficiam de uma política fiscal mais flexível, tarifas comerciais mais altas e regulamentações mais brandas defendidas pelo republicano e que foi batizada de “Trump trade”. 

Mas essa euforia pode ter data para acabar — e pouco tem a ver com o fato de Kamala Harris ser ou não oficializada a candidata na corrida à Casa Branca. 

“O mercado parece estar utilizando o modelo do primeiro mandato de Trump para se posicionar para um potencial segundo. Isso é um erro. O contexto hoje não poderia ser mais diferente da onda vermelha de 2016”, diz Bhanu Baweja, estrategista-chefe do UBS Investment Bank. 

  • VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.

A onda vermelha (republicana) e a onda azul (democrata)

O Trump trade pode significar que o mercado inicialmente considera a onda vermelha republicana como positiva, mas uma combinação mais fraca entre crescimento e inflação é o legado mais provável para quem ficar com a Casa Branca em novembro. 

Em contraste, uma onda azul democrata pode inicialmente ser vista de forma negativa por um mercado despreparado para impostos mais elevados — pontos de partida de expectativas de lucros elevados, valorizações elevadas e pouco espaço fiscal sugerem um caminho estreito para retornos elevados. 

“Um Congresso dos EUA dividido, onde as agendas mais extremas de ambos os partidos são diluídas, pode ser o resultado menos pior para os mercados”, diz Baweja. 

POWELL VAI ARRISCAR CORTAR OS JUROS PERTO DAS ELEIÇÕES AMERICANAS?

Mercados no contrapé: os cinco pontos de atenção

O estrategista-chefe do UBS listou os cinco pontos que merecem atenção do mercado e que mostram que, se ganhar, o segundo mandato de Trump pode não ser como o primeiro.

1 - O ciclo econômico dos EUA

De 2017 até meados de 2019, tanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA como a expansão dos lucros do S&P 500 foram consistentemente revistos em alta. Hoje, é pouco provável que uma forte expansão econômica possa ser sustentada sem desencadear uma inflação e juros mais elevados. 

2 - A dinâmica da dívida dos EUA

Ao longo dos anos de programas de flexibilização quantitativa para apoiar as economias e os mercados após a crise financeira, um “excesso de poupança” e a liquidez do banco central inundaram os mercados de dívida, ancorando as taxas de longo prazo. 

Mas os balanços dos bancos centrais estão diminuindo e, em comparação com meados da década de 2000, as taxas médias ponderadas de poupança da OCDE, dos países da Ásia Oriental e do Médio Oriente caíram de 14,9% para 10,2% do PIB. 

O ex-presidente do Federal Reserve (Fed), Alan Greenspan, confessou uma vez que os yields (rendimentos) estáveis ​​das obrigações de longo prazo face às taxas mais elevadas do banco central norte-americano eram um enigma. 

Agora, o risco é o oposto: o Fed pode cortar os juros, mas os yields das obrigações de longo prazo podem não responder tão fortemente, mantendo elevado o custo do capital para as empresas.

3 - Redução dos impostos e o impulso do PIB e dos lucros

As expectativas de consenso sobre os lucros antes e depois de impostos mostram que o mercado acredita que tributos mais baixos persistirão. 

As margens de lucro das empresas do S&P 500 deverão aumentar dos já elevados 12,1% atuais para 14,3% em 2026, logo após o fim dos cortes fiscais de Trump — e isto não se deve apenas à inteligência artificial e às 7 magníficas (Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla) que dominaram os mercados recentemente. 

As margens das restantes 493 empresas também deverão subir para um novo máximo de 12,6%. 

Uma onda vermelha nas eleições de novembro estará mais próxima de não ter novidades para o mercado. Uma onda azul, que poderá resultar em um muro fiscal em 2026, seria a verdadeira surpresa.

4 - Spreads elevados

Em quarto lugar, uma contração no prêmio de risco fixado nos principais mercados foi um importante impulsionador dos retornos no primeiro governo de Trump. 

Quando Trump assumiu a presidência, os spreads de high yield (alto rendimento) dos EUA contraíram-se de 5,10 pontos percentuais em relação aos índices de referência para 3 pontos, e o múltiplo preço-lucro futuro do S&P 500 foi reavaliado de 16,1 para 18,6 vezes. 

Hoje, os spreads de high yield dos EUA já estão em 3 pontos percentuais e o S&P 500 está avaliado em 21,5 vezes os lucros futuros — resta pouco combustível para impulsionar avaliações mais altas.

5 - A China 

Em 2016, a China lançou as sementes de uma recuperação global ao gastar na reconstrução de habitações antigas. Hoje, a China não tem nem a capacidade nem a vontade de arquitetar outra recuperação imobiliária. 

E embora o estímulo interno da China em 2016 tenha alimentado a demanda em outros países, o impulso liderado pelas exportações para dar tração à economia hoje é bem menor.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
Grandes demais para quebrar

Bancões americanos ganham mais com área de investimento e gestão de ativos do que com juros

16 de julho de 2024 - 15:04

BofA teve queda na receita com juros de 3%, enquanto o Morgan Stanley amargou redução de 17% nesse item

Diário de Bordo

Tudo indica um cenário favorável para mais bull market nos mercados internacionais

24 de janeiro de 2024 - 10:21

O guitarrista do “The Who” Pete Townshend tinha uma expectativa elegante ao compor a música “Won’t get fooled again”, nos idos de 1971. A música, que mais tarde se tornaria um dos ícones da banda, começava com um som sintetizado que havia sido construído a partir de batidas do coração, ondas cerebrais e mapas astrológicos de […]

É TUDO SOBRE OS JUROS DOS EUA

Por que os juros nos EUA subiram tanto e levaram a uma reprecificação de ativos? Gestor da Verde explica e conta qual a estratégia da gestora de Stuhlberger neste cenário

20 de outubro de 2023 - 19:31

Os juros altos nos EUA e os seus impactos foram alguns dos principais temas do podcast Market Makers com Luiz Parreiras, da Verde Asset

APÓS AS PASO

Bolsa em alta, disparada do bitcoin (BTC) e encontro com o FMI: 5 coisas que aconteceram um dia após Javier Milei vencer as primárias na Argentina

14 de agosto de 2023 - 19:03

O candidato de extrema-direita recebeu 30,04% dos votos, superando a chapa Juntos por El Cambio

PLEITO EM ANCARA

Com 97% das urnas apuradas, Recep Tayyip Erdogan é reeleito presidente da Turquia para um mandato de mais cinco anos

28 de maio de 2023 - 14:10

A vitória de 52,15% foi sobre o representante do Partido Republicano do Povo (CHP) Kemal Kılıçdaroğlu, de 74 anos, de linha de esquerda social-democrata

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar