À beira do abismo: sem apoio no parlamento, governo Macron precisa de um milagre para continuar de pé na França
Governo da França enfrenta moção de censura protagonizado tanto pela esquerda quanto pela extrema direita, em meio a incertezas na economia

A bolsa francesa teve um fechamento praticamente estável nesta segunda-feira (2), com alta simbólica de 0,025%, no que podemos chamar de calmaria antes da tempestade: a turbulência política iminente ameaça o governo de Emmanuel Macron.
Líderes tanto da esquerda como da extrema direita apresentaram moções de censura contra o primeiro-ministro Michel Barnier, que tentou implementar um pacote de austeridade sem o aval do Parlamento.
As medidas previam aumentos de impostos e cortes de gastos totalizando 60 bilhões de euros (cerca de R$ 381 bilhões), com o objetivo de conter o déficit fiscal da França, atualmente próximo a 6% do PIB e em tendência de alta.
- VEJA MAIS: reunião de Lula, Pacheco e Lira pode acionar o gatilho da Bolsa brasileira; veja duas ações para comprar
Mercado à espera do tropeço de Macron
Desde que a incerteza política tomou conta da França, os investidores reagem penalizando ativos franceses e o temor de que o orçamento anual não seja aprovado ampliou a incerteza.
"Os franceses estão fartos", afirmou Marine Le Pen, líder do Reagrupamento Nacional (RN), no Parlamento, ao criticar Barnier, que assumiu o cargo de primeiro-ministro em setembro. "Estamos apresentando uma moção de censura contra o governo."
Caso as moções avancem, o governo de Barnier e Macron será o primeiro na França a ser derrubado dessa forma desde 1962. A votação está prevista para quarta-feira, e a soma de votos da esquerda e da extrema direita é suficiente para selar o destino do primeiro-ministro.
Leia Também
Estamos na França ou na Grécia?
A situação fiscal da França começa a levantar comparações preocupantes. O spread entre os títulos de 10 anos da França e os da Grécia foi reduzido a quase zero: 3,0010% contra 3,030%.
Isso significa que, para manter sua dívida, a França de Macron está pagando rendimentos semelhantes aos exigidos pela Grécia – uma economia muito menor, com histórico de problemas financeiros.
Apesar das semelhanças com o Brasil em termos de necessidade de ajustes fiscais, a fragilidade política do governo Macron coloca a França em uma posição mais delicada que a do governo Lula.
Caso a crise não seja solucionada, o país pode enfrentar sérios desafios para manter sua posição de destaque na economia europeia.
*Com informações da Reuters
Oásis tech: megacidade saudita avança para se tornar polo de IA com investimento inicial de US$ 5 bilhões em centro de dados
O aporte acontece em meio à crescente disputa entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para se tornarem a potência da inteligência artificial do Golfo
A um passo do El Dorado: Ibovespa reage a IPCA, tarifas de Trump, Powell no Congresso dos EUA e agenda de Haddad
Investidores esperam desaceleração da inflação enquanto digerem confirmação das tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio
Macron vs. Trump: França vai lançar o próprio projeto Stargate e investir 109 bilhões de euros em inteligência artificial
Projeto envolve investimentos privados dos Emirados Árabes Unidos e de empresa canadense para construção de data centers
Elon Musk perante o tribunal: X enfrenta acusação criminal na França por causa de ‘algoritmo enviesado’
Ministério Público de Paris recebeu um relatório com acusações contra o ex-Twitter, que também é investigado pela Comissão Europeia
Em busca de ar para respirar: Depois de subir pela primeira vez em 2025, Ibovespa busca nova alta, mas não depende apenas de si
Ausência de uma solução para a crise fiscal vem afastando do Ibovespa não só os investidores locais, mas também os estrangeiros
A França vai barrar? A declaração de Macron que pode afundar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia
O acordo vem sendo criticado pelo governo francês pelos potenciais impactos para a agricultura e o meio ambiente
Querido Papai Noel: semana cheia conta com indicadores no exterior e local de olho em transição no BC, com Galípolo em foco
Além disso, na quinta-feira será divulgado o relatório trimestral de inflação do Banco Central após autarquia elevar a Selic para 12,25%
Arábia Saudita fecha parcerias milionárias com Reino Unido e França — mas não tem nada a ver com o petróleo
Parcerias com os países europeus são voltadas para a revitalização de instituições culturais e históricas, em uma tentativa do reino árabe de se afirmar como potência cultural e turística
Quando até a morte é incerta: Em dia de agenda fraca, Ibovespa reage ao IBC-Br em meio a expectativa de desaceleração
Mesmo se desacelerar, IBC-Br de outubro não altera sinalizações de alta dos juros para as próximas reuniões
Depois de adquirir a dona do Copacabana Palace, LVMH dá mais um passo no segmento de hotelaria de luxo
Grupo de hotéis boutique já tem presença na França, Espanha e Itália com ‘hotelaria de experiência’
Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo
Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões
A Europa em ruínas: o que as crises políticas na França e na Alemanha significam para uma economia já doente
Após a derrubada do governo francês, agora é a vez de os alemães encararem um voto de confiança que também pode levar à queda do governo de coalizão
Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje
A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado
‘Obra do século’: Notre Dame reabre após receber R$ 5,3 bilhões em doações e adota novas regras para visitação
Reinauguração acontece neste sábado (7) com a presença de Emmanuel Macron e Donald Trump, mas sem o líder da Igreja Católica
Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA
Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora
O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo
Até R$ 13 mil por um menu degustação: conheça os restaurantes Michelin mais caros do mundo
Ranking foi feito pela revista especializada Chef’s Pencil; nenhum brasileiro está na lista
As máximas do mercado: Ibovespa busca recuperação com trâmite urgente de pacote fiscal pela Câmara
Investidores também repercutem rumores sobre troca na Petrobras e turbulência política na França e na Coreia do Sul
França em chamas: o que acontece com a segunda maior economia da zona do euro após a oposição derrubar o governo
Um total de 331 legisladores de esquerda e de extrema direita apoiaram uma moção de desconfiança na câmara baixa do país, que tira Michel Barnier do cargo de primeiro-ministro; mas será que ele sai mesmo? A história não é tão simples assim
Um conto de Natal na bolsa: Ibovespa aguarda dados de produção industrial no Brasil e de emprego nos EUA antes de discurso de Powell
Bolsa busca manter recuperação apesar do dólar na casa dos R$ 6 e dos juros projetados a 15% depois do PIB forte do terceiro trimestre