Vale (VALE3) anuncia quase R$ 9 bilhões em dividendos após lucro triplicar no 2T24; confira os números da mineradora
O resultado é reflexo do aumento das vendas de minério de ferro (+7% em base anual e +25% na comparação trimestral), impulsionadas por uma produção recorde para um segundo trimestre desde 2018
A queda dos preços do minério de ferro tem sido a vilã das ações das mineradoras e siderúrgicas e, no dia em que a commodity perdeu o patamar de US$ 100 depois de ceder 1,55% em Dalian e 0,99% em Cingapura, a Vale (VALE3) divulga os resultados do segundo trimestre de 2024.
Ainda assim, a mineradora conseguiu triplicar os ganhos entre abril e junho deste ano. O lucro líquido alcançou US$ 2,769 bilhões no período, o que representa uma alta de 198% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já o lucro líquido atribuído aos acionistas da Vale também somou US$ 2,769 bilhão entre abril e junho, o que representa um aumento de 210% em base anual.
A Vale explica que o resultado é reflexo do aumento das vendas de minério de ferro (+7% em base anual e +25% na comparação trimestral), impulsionadas por uma produção recorde para um segundo trimestre desde 2018, bem como pela comercialização de estoques.
O desempenho levou a companhia a anunciar a distribuição de R$ 8,9 bilhões em proventos na forma de juros sobre capital próprio (JCP), o que corresponde ao valor total bruto de R$ 2,093798142 por ação. Vale lembrar que sobre esse valor incide 15% de imposto de renda retido na fonte.
A data de corte será em 2 de agosto, com pagamento previsto para 4 de setembro. Após essa data, as ações serão negociadas "ex-direitos" e passarão por um ajuste na cotação referente aos proventos já alocados.
Leia Também
Então você pode optar por comprar a ação agora e ter direito aos dividendos ou esperar a data de corte e adquirir os papéis por um valor menor, mas sem o direito ao JCP.
- VALE, USIMINAS, E MAIS: Analistas da Empiricus Research vão ‘traduzir’ os resultados do 2T24 das principais mineradoras do mercado. Clique aqui para receber.
Outros números da Vale
Na semana passada, a divulgação do relatório operacional castigou a Vale: apesar de a produção e vendas terem superado as expectativas, os preços realizados pela mineradora ficaram aquém do esperado.
O resultado: a Vale perdeu R$ 2,5 bilhões em valor de mercado em um ano que vem sendo difícil na B3. No acumulado do ano, as ações VALE3 registram queda de 18% em meio a dúvidas do mercado sobre o crescimento da China e disputas internas no comando da empresa.
Apesar do aumento dos lucros, o Ebitda (indicador que o mercado usa como uma medida de geração de caixa) se manteve estável na comparação anual, a US$ 3,993 bilhões.
Já a receita líquida de vendas totalizou US$ 9,920 bilhões no período, uma alta de 2% em relação ao segundo trimestre de 2023.
A mineradora informou ainda que os preços de referência do minério de ferro foram de US$ 111,80 a tonelada no segundo trimestre, 1% maior do que o praticado no mesmo período do ano anterior. Já o preço realizado dos finos de minério ficou estável em US$ 98,20 a tonelada.
As projeções da Bloomberg, em termos anuais, indicavam, lucro líquido de US$ 1,852 bilhão e receita de US$ 9,958 bilhões.
- Leia também: Santander (SANB11): lucro cresce 44% no 2T24 e fica acima do esperado; veja os destaques do balanço
Todo mundo de olho no endividamento
Um dos pontos que têm chamado atenção dos investidores é o endividamento da Vale. Em particular depois da notificação do governo sobre a cobrança pela renovação antecipada de concessões ferroviárias e também pela condenação pela tragédia de Mariana (MG) — um montante que chega a R$ 70 bilhões.
De acordo com o balanço divulgado hoje, a Vale encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma dívida líquida de US$ 8,590 bilhões, 4% abaixo dos US$ 8,908 bilhões do mesmo período de 2023.
A dívida líquida expandida, que inclui provisões relativas a Brumadinho e Samarco/Fundação Renova, atingiu US$ 14,683 bilhões, estável em relação ao segundo trimestre do ano anterior.
Já os investimentos da Vale somaram US$ 1,328 bilhão entre abril e junho ante US$ 1,208 bilhão do mesmo período do ano anterior.
Os custos e despesas totais — excluindo Brumadinho e descaracterização de barragens — foram de US$ 6,974 bilhões, um aumento de 9% em relação a igual período de 2023.
De abril a junho deste ano, as despesas relacionadas a Brumadinho e à descaracterização de barragens somaram US$ 1 milhão.
O Acordo de Reparação Integral de Brumadinho segue avançando com 75% dos compromissos acordados concluídos e dentro dos prazos, segundo a Vale. Além disso, foram pagos R$ 3,6 bilhões em remuneração individual desde 2019.
Já as provisões de Brumadinho somaram US$ 5,150 bilhões no segundo trimestre.
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Vale: os resultados em reais
Além dos resultados em dólar, a Vale também divulga o desempenho financeiro em reais. Na moeda brasileira, a mineradora reportou lucro líquido de R$ 14,586 bilhões, resultado 207% maior do que o obtido no mesmo período do ano anterior.
Já o lucro líquido atribuído aos acionistas totalizou R$ 14,592 bilhões entre abril e junho deste ano, o que representa uma alta de 219% na comparação com igual período de 2023.
A receita líquida somou R$ 51,735 bilhões, resultado 8,33% maior na comparação anual.
As projeções da Bloomberg, em termos anuais, indicavam, lucro líquido de R$ 10,305 bilhões e receita de R$ 55,402 bilhões.
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Gerdau compra controle total da Gerdau Summit, por US$ 32,6 milhões; entenda a estratégia por trás disso
Valor da aquisição será pago à vista, com recursos próprios até o fechamento da transação, previsto para o início de 2025
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Petrobras (PETR4) antecipa plano de investimentos de US$ 111 bilhões com ‘flexibilidade’ para até US$ 10 bilhões em dividendos extraordinários
A projeção de proventos ordinários prevê uma faixa que começa em US$ 45 bilhões; além disso, haverá “flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões”
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas