‘Similar a 1929’: as “Sete Magníficas” de tecnologia dos EUA já valem mais do que quase todas as bolsas do mundo; e agora?
Situação é bastante similar à bolha pontocom, em 2000, e ao crash da Bolsa em 29, mas analistas defendem que cenário atual é mais sólido.
Um estudo recente do Deutsche Bank revelou que o valor de mercado das “Sete Magníficas” — Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla — superou a capitalização de todas as empresas listadas nas bolsas em quase todos os países do G20.
Ou seja, agora essas 7 empresas sozinhas concentram mais poder econômico do que a maioria das principais economias do mundo.
Esse cenário de alta concentração levanta preocupações de alguns analistas.
De acordo com Jim Reid, head de research em economia global no Deutsche Bank, alertou os investidores que, em termos de concentração, o mercado americano está em patamares similares aos de 1929 e de 2000.
O que há de comum entre as duas datas é o estouro de duas bolhas, sendo que a primeira levou à Grande Depressão na década de 1930.
- Em 1929, o crash da bolsa americana foi um dos maiores da história, fazendo o S&P 500 recuar até 47% nos anos seguintes.
- Já em 2000, com o crash da bolha pontocom, o Nasdaq, principal índice de tecnologia dos EUA, acumulou queda de 39%.
“Talvez desde 1929 não tenha havido uma concentração tão alta em tão poucas ações”, disse Reid à CNBC.
Leia Também
- VEJA TAMBÉM: Quer receber em primeira mão as análises dos balanços do 4T23? Clique aqui para receber relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
Mas será que a situação atual é realmente tão preocupante? Esse crescimento é saudável e sustentável a longo prazo, ou a economia americana está passando por mais uma bolha?
Como as Sete Magníficas chegaram a esse patamar — e até onde o setor de tecnologia pode ir
O estudo do Deutsche Bank analisou a trajetória das 36 empresas que já ocuparam o ranking das 5 mais valiosas dos EUA desde os anos 60.
O estudo revelou que as Sete Magníficas são mais resilientes do que suas valorizações de curto prazo levam a crer.
De acordo com Reid, a maioria dessas empresas está no top 5 há bastante tempo:
- Microsoft está no ranking desde 1997, ficando apenas quatro meses de fora;
- Apple está no ranking desde 2009;
- A Alphabet, controladora do Google, desde 2012, ficando apenas dois meses de fora.
A mais nova empresa do ranking é a Nvidia, que atingiu esse patamar no primeiro semestre de 2023, superando o valor de mercado da Alphabet, dona do Google. A fabricante de chips se beneficiou diretamente da febre das Inteligências Artificiais.
“Você pode questionar o valuation delas, mas as principais companhias do grupo têm se apresentado como as maiores e mais bem sucedidas empresas dos EUA e do mundo nos últimos anos”, comentou Reid.
- LEIA TAMBÉM: Zuckerberg abre a carteira: Meta pagará dividendo pela primeira vez na história e fará recompra bilionária
De acordo com a gestora Evelyn Partners, as Sete Magníficas entregaram um retorno de 107% em 2023.
Para efeito de comparação, isso é mais que o dobro da performance do Nasdaq, que entregou 43% de retorno em 2023 — melhor resultado do índice desde 2020.
Depois dessa excelente performance, que futuro aguarda essas empresas em 2024?
‘As oportunidades podem se ampliar’, diz CIO da Evelyn Partners
Para Daniel Casali, CIO da Evelyn Partners, 2024 pode trazer oportunidades em ações além das Sete Magníficas, por dois motivos:
- A resiliência que a economia americana vem demonstrando;
- As margens de lucro cada vez melhores.
Casali argumenta que, apesar da alta dos juros americanos nos últimos anos, o resultado financeiro das empresas americanas têm se mantido saudável.
Além disso, “apesar dos salários terem aumentado, eles não acompanharam o aumento dos preços, levando a uma queda nos custos de contratação”, argumenta o CIO.
Quando o mercado está tão concentrado em apenas sete empresas, ainda mais com todas sustentadas na mesma tese — notadamente, a febre das IAs —, o investidor pode perder boas oportunidades em outros setores.
Ou seja, para o CIO, o ideal agora é procurar oportunidades entre as outras 493 empresas do índice S&P 500. Se o rally americano continuar impulsionado por esses dois fatores, provavelmente veremos boas valorizações fora das Sete Magníficas.
No entanto, alguns argumentam que a situação atual é bem diferente do cenário da bolha pontocom.
De acordo com a Business Insider, a situação nos anos 90 era muito mais especulativa — o mercado foi inundado por empresas que traziam mais promessas do que resultados.
Dessa vez, o cenário é o oposto. As empresas por trás do rally são excelentes geradoras de caixa e trazem fundamentos muito mais sólidos.
Ou seja, por mais que existam riscos, não há nada que justifique um temor acima do normal com o desempenho dessas empresas.
A febre das IAs continua a todo vapor, com novos avanços sendo registrados praticamente todas as semanas. O tão esperado corte nos juros americanos em 2024 também pode ajudar a sustentar o rali.
*Com informações da CNBC e Insider
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Equipe de Trump quer destravar o mercado de carros autônomos e ações do setor reagem em NY — será a vez do robotáxi da Tesla e o fim da Uber?
Segundo a Bloomberg, governo de transição do republicano planeja nova estrutura federal para flexibilizar a legislação existente; ações da Tesla dispararam e concorrentes caem
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos
Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?
Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações